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Violência contra LGBTs é crescente no Brasil

 Nesta quinta-feira (17) celebra-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. Nessa data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tirou o “homossexualismo” da Classificação Internacional de Doenças, sendo uma das maiores conquistas da comunidade LGBT até hoje. No entanto, o Brasil ainda anda a passos lentos no caminho para se tornar um país livre da intolerância contra a comunidade LGBT.

Só no ano passado, um homossexual foi assassinado a cada 19 horas no país. A informação é do Grupo Gay da Bahia (GGB), especializado em levantamento de dados sobre violência de natureza homofóbica.  A entidade estima que 99% dos crimes foram motivados por homofobia. A pesquisa destaca que o número de assassinatos de homossexuais cresceu 30% no último ano, registrando um total de 445 mortes em 2017.

A cada cinco gays ou transgêneros assassinados no mundo, quatro são brasileiros. Segundo agências internacionais de direitos humanos, matam-se mais homossexuais no Brasil do que nos 13 países do Oriente e África onde há pena de morte contra os LGBTs.

Ainda de acordo com o GGB, os gays lideram as estatísticas de vítimas: 194 (43,6%), seguidos por 191 trans (42,9%), 43 lésbicas (9,7%), 5 bissexuais (1,1%) e 12 heterossexuais (2,7%) ligados de alguma forma à comunidade LGBT. O que mais chama atenção é o significativo aumento de 6% nos óbitos de pessoas trans. Enquanto nos últimos cinco anos as/os transgêneros representavam em média 37% dos assassinatos, no último ano subiram para 42,9%.  Apenas um quarto dos acusados de terem cometido o crime foi identificado nos inquéritos policiais, segundo o levantamento.

O Secretário de Saúde de Alegrete, José Fábio Pereira, é homossexual e postou o seguinte texto em sua página no Facebook:

“Quem eu amo não deveria definir a atitude ou postura dos outros. O amor por si só é um sentimento que nos transforma, nos torna melhores, é grandioso! Ele é entregue espontaneamente, não se cobra, não se devolve. Quem o detém expressa em sua face a alegria de viver. Porém, algumas pessoas por desconhecimento, medo, PRÉconceito! Transformam estes sentimentos em raiva, agressão, algumas vezes físicas, outras verbais e há quem faça isto em pensamento, isto não menos grave. Quando pensamos algo fixamos em nosso consciente e se de forma repetitiva, se tornará em atitude futuramente, desencadeando o que de pior há dentro de nós. Portanto, pense em algo bom, ame, aceite. Isto te trará a PAZ, a convivência, o carinho e o afeto. Tenha pensamentos positivos, que te fornecerá substrato para atitudes boas. Por que eu amo quem eu sou, amo a pessoa que está ao meu lado e pratico o bem! Não use estes meus sentimentos para justificar o mal ou praticá-lo.”  

Segundo ele, a postagem não trata de nenhum caso específico, e foi feita apenas como forma de manifestação pela data de hoje.

2,7 bilhões de pessoas vivem em países que consideram homossexualidade crime

Segundo pesquisa realizada pela Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA), não há sequer um país no mundo em que homossexuais tenham os mesmos direitos legais que heterossexuais. Oficialmente, há pena de morte para Gays e Lésbicas em cinco países: Irã, Mauritânia, Sudão, Arábia Saudita e Iêmen. Em outros 71, ser homossexual gera punições como prisões e torturas físicas. São cerca de 2,7 bilhões de pessoas vivendo nesses países – quase um terço da população mundial e sete vezes mais que a população residente em lugares onde é permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por outro lado, 53 países aplicam leis antidiscriminação. Desses, apenas 26 reconhecem a união homoafetiva.

Nascidos no corpo errado

O termo transgênero surgiu como uma tentativa de se criar um denominador geral dentro do amplo espectro de comportamentos que caracterizariam alguma forma de distúrbio de gênero. Transsexuais não são necessariamente gays. Existem dois sexos: masculino e feminino. A orientação sexual é o que diferencia heterosexuais, homossexuais, bissexuais e assexuados.  Os travestis e transsexuais se encaixam na categoria da identidade de gênero, quando os indivíduos não se identificam com seu corpo biológico.

Para a pesquisadora de gênero e sexualidade da UFRGS Márcia Veiga, o principal motivo para que ainda haja preconceito é o fato de que a transgeneridade ainda é tratada como patologia. Márcia afirma que “a sociedade é a única responsável por patologizar e estigmatizar pessoas que ‘desobedecem’ os rígidos códigos de conduta de gênero que ela própria cria e exige que todos cumpram como se fosse uma determinação biológica”.

Pelo fato de adotar e expressar valores, hábitos e atitudes socialmente atribuídos e reservados ao gênero oposto ao seu, o transgênero viola as regras da sociedade com relação à conduta admitida como normal para homens e mulheres. Por exemplo, a sociedade determina que rapazes não devem se vestir, nem se maquiar, nem se expressar socialmente como as moças. Ao vestir-se, maquiar-se, comportar-se ou até mesmo viver como uma mulher em tempo integral, um homem viola o código social de conduta estabelecido para o gênero masculino, tornando-se, assim, um transgênero.

Pode-se definir transgênero como sendo toda pessoa cujo comportamento diverge, total ou parcialmente, do padrão de conduta fixado e aceito pela sociedade para o gênero que lhe foi atribuído ao nascer. O que preocupa de fato,é que o termo  está longe de ser aceito por todos como designação geral dos indivíduos portadores de quaisquer tipos de desvios de gênero.

 

 

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Primo de enfermeira morta após viajar de Dublin ao RS é preso, diz polícia

primo da enfermeira Priscila Leonardi, encontrada morta em Alegrete, na Fronteira Oeste do RS, foi preso temporariamente nesta quinta-feira (13), por suspeita do crime.

Segundo a polícia, ele é suspeito de ser o principal autor da morte de Priscila, e também da ocultação do cadáver. A enfermeira ficou mais de 20 dias desaparecida.

A polícia não informou a identidade do homem preso, que tem 30 anos. Segundo a Polícia, ele teve “importante participação” no crime, e teria inclusive comunicado o desaparecimento de Priscila à polícia, com demais familiares.

Relembre o caso

A enfermeira foi vista com vida pela última vez em 19 de junho, após sair da casa de um primoA polícia não informa se este primo é o homem que foi preso nesta quinta. De lá, Priscila iria para a casa de uma prima, a 5 km de distância, onde estava hospedada.

O homem prestou depoimento acompanhado pela advogada, Jo Ellen Silva da Luz. O g1 contatou a advogada para posicionamento, e não havia obtido retorno até a publicação mais recente desta reportagem.

O corpo da enfermeira, que estava sendo procurada desde meados de junho, foi encontrado pela polícia em 7 de julho às margens do Rio Ibirapuitã, que corta a cidade da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Priscila foi enterrada no mesmo dia, na presença de familiares e amigos.

Como Priscila foi morta

De acordo com a necropsia feita no Posto Médico Legal (PML) de Alegrete, Priscila apresentava lesões possivelmente causadas por espancamento. A suspeita é de que a causa da morte tenha sido estrangulamentoUma fita teria sido usada ao redor do pescoço da vítima.

O corpo dela foi localizado na quinta-feira (6) por um pescador em um local de difícil acesso às margens do Rio Ibirapuitã, que corta a cidade. Foram necessários botes do Corpo de Bombeiros para que o corpo fosse retirado do local. A Polícia Civil investiga como o corpo foi parar neste lugar.

O que ela fazia no Brasil

A investigação policial aponta que Priscila viajou a Alegrete, cidade onde nasceu, para visitar parentes.

Priscila teria viajado de volta ao estado também para tratar sobre uma herança deixada pelo pai, o que é investigado pela polícia.

Desde quando ela estava desaparecida

Priscila chegou ao Rio Grande do Sul em 1º de junho e estava desaparecida desde o dia 19 do mesmo mês. Ela planejava ficar cerca de um mês no Rio Grande do Sul.

A enfermeira foi vista com vida pela última vez entrando em um carro preto, cujo motorista estaria prestando serviço de transporte por aplicativo, na noite de 19 de junho, após sair da casa de um primo no bairro Vila Nova. De lá, iria para a casa de uma prima, no bairro Cidade Alta, onde estava hospedada. A distância entre os dois locais é de cerca de 5 km.

A Polícia Civil começou a investigar o caso no dia 20 de junho, quando um primo e uma prima de Priscila registraram o desaparecimento dela em uma delegacia.

O que diz a polícia

De acordo com a polícia, o caso é tratado como homicídioA relação da morte com uma possível disputa por herança também é investigada.

“O resultado da necropsia indicou a prática do crime de homicídio, pelas lesões que o perito constatou que ela tinha. A gente sabe que existia uma herança, um inventário em andamento, que ainda estava em aberto. É uma possibilidade para a gente”, diz a delegada Fernanda Mendonça, responsável pela investigação.

O que dizem amigos e o advogado

 

Priscila Leonardi foi enterrada nesta sexta-feira (7), em Alegrete — Foto: Reprodução/RBS TV

Priscila Leonardi foi enterrada nesta sexta-feira (7), em Alegrete — Foto: Reprodução/RBS TV

Uma amiga afirmou, durante o enterro de Priscila, que a morte trouxe perplexidade a quem tinha relação com a enfermeira.

“Essa notícia nos trouxe um grau de perplexidade muito grande, porque ela era uma menina tranquila, tinha muitos amigos, conseguia construir uma amizade. Estamos desoladas com essa situação, essa situação trouxe uma tristeza imensa pra nós”, disse Liége Monteiro, amiga de Priscila.

O advogado Rafael Hundertmark, que representava a enfermeira, confirma que ela tinha desafetos na família.

”Ela tinha desentendimento com alguns parentes, mas, entre os herdeiros diretos do pai, não havia problema”, afirma o advogado.

Uma perícia indicou morte por estrangulamento e apontou lesões causadas por espancamento. A Polícia Civil afirma que os indícios apontam homicídio e investiga se o crime tem a ver com uma herança deixada pelo pai de Priscila.

Quem é a vítima

Priscila Leonardi, morta aos 40 anos, era enfermeira. Ela morava e trabalhava em Dublin, na Irlanda, desde 2019. O último emprego de Priscila no Brasil foi em um hospital de Bento Gonçalves, e ela se mudou para a Europa para aprender inglês e se qualificar na profissão.

Os pais de Priscila já são falecidos, e a polícia investiga se uma disputa por herança tem a ver com o homicídio.

O advogado Rafael Hundertmark, que representava a enfermeira, afirma que ela tinha desafetos na família. De acordo com Hundertmark, Priscila tem uma irmã mais nova, por parte do pai, falecido em 2020. Após a morte, foi aberto um inventário para formalizar a divisão e tramitar a transferência dos bens.

Priscila e a irmã não tinham contato. No entanto, segundo Rafael, a enfermeira fazia questão que o processo fosse transparente e contemplasse a caçula. “Em momento algum, ela teve ódio dessa irmã”, acrescenta.

Neste ano, Priscila entrou com outra ação contra um parente. Conforme o advogado, o processo se tratava de uma cobrança envolvendo a alienação de um imóvel que não foi paga, mas a ação ainda estava em fase inicial.

Por: Janaína Lopes e Pâmela Rubin Matge, g1 RS e RBS TV

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Ninguém leva prêmio milionário e Mega acumula

O sorteio do concurso 2.542 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (24). Nenhuma aposta acertou as seis dezenas e o prêmio estimado para o próximo sorteio é de R$ 57 milhões. As dezenas sorteadas foram 12, 20, 22, 25, 26 e 55.

  • 5 acertos – 74 apostas ganhadoras, R$ 42.474,10
  • 4 acertos – 5.246 apostas ganhadoras, R$ 855,91

O próximo sorteio está previsto para o sábado (26).

Apostas

As apostas podem ser feitas até as 19h, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade e preencher o número do cartão de crédito.

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Morre em POA o jornalista Timóteo Lopes

TIMÓTEO LOPES (69), jornalista, natural do Alegrete, partiu hoje, numa Clínica no Menino de Deus. Desenganado pelos médicos com Câncer no cérebro. Muitas pequenas lesões. Sem chance de cirurgia ou quimio.

Para quem quiser e puder se despedir, o velório acontecerá na Capela 03, crematório metropolitano, Av. Oscar Pereira, 584, em Porto Alegre, a partir 07h da manhã desta segunda-feira. Cerimônia de despedida 11h.
Timóteo Lopes, era ouvinte da radio São Miguel nos anos 70.

Formado em jornalismo pela PUC. Começou a carreira como repórter do jornal Zero Hora, depois foi repórter da RBS TV em Porto Alegre.

Como repórter de televisão fez cobertura jornalística de várias Califórnias da Canção. E cobriu a histórica visita do presidente Figueiredo em Uruguaiana, quando o general prometeu de fazer deste país UMA DEMOCRACIA.

No Rio de Janeiro, onde morou por 35 anos, trabalhou no jornal do Brasil, jornal Estadão de SP, O Globo e Sportv.

Com colaboração de Gilberto Jasper

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