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Delação premiada leva o MP indiciar nove pessoas pela morte de Priscila Leonardi

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou nesta semana nove pessoas por envolvimento na morte da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos, em Alegrete, na Fronteira Oeste. Ela desapareceu dia 19 de junho deste ano, após vir da Irlanda para o Brasil. O corpo foi encontrado às margens do rio Ibirapuitã no dia 6 de julho. A denúncia foi possível após a promotora de Justiça Rochelle Jelinek realizar a negociação da primeira colaboração premiada — chamada de “delação” premiada — da história do município.

Os acusados foram denunciados por extorsão com restrição da liberdade da vítima e resultado morte, ocultação de cadáver e associação criminosa. Foram três meses de apuração envolvendo oitiva de testemunhas e dezenas de medidas cautelares como quebras de sigilo bancário, fiscal, interceptações telefônicas, mandados de busca e apreensão de celulares, extração de dados telemáticos de mensagens.

 

Ainda antes da denúncia, já se tinha indícios do envolvimento do primo da enfermeira como sendo o idealizador do crime. Conforme a acusação, ele cooptou os demais envolvidos e executores do sequestro, extorsão e morte, além da ocultação do cadáver, bem como, acionou quatro comparsas que teriam sequestrado a vítima e a mantido em cativeiro.

 

 

A promotora destaca que “existia uma dificuldade de montar o quebra-cabeça para o deslinde do caso, um dos mais complexos já ocorridos na cidade, inclusive porque houve participação de integrantes de uma organização criminosa, o que dificulta sobremaneira a investigação — dada a chamada profissionalização do crime — quando planejada e executada por membros de facção”.

A Polícia Civil encerrou o inquérito policial indiciando cinco suspeitos. No entanto, foi a negociação da colaboração premiada que possibilitou identificar um total de nove envolvidos nos delitos. Segundo a promotora, a negociação possibilitou que o MPRS recebesse informações importantes sobre o caso, sem as quais não teria sido possível, pelos meios comuns de investigação, desvendar por completo o caso.

O colaborador confessou os crimes e todos seus detalhes, ajudando a entender como funcionava o esquema criminoso e a participação de todos os comparsas. Desta forma, foi negociada a redução da pena dele.

O juiz da Vara Criminal de Alegrete recebeu a denúncia em relação a quatro acusados, entendendo que ainda não há provas suficientes em relação aos demais apontados como envolvidos. Os quatro já estão presos.

MOTIVAÇÃO

Priscila morava desde 2019 em Dublin, na Irlanda, onde trabalhava como enfermeira em um lar de idosos.

Ela regressou em 2023 a Alegrete para resolver pendências do inventário do seu pai, falecido em 2020. A promotora Rochelle Jelinek concluiu que o objetivo do grupo era extorquir a vítima e, desta forma, sacar e transferir valores das contas bancárias de Priscila Leonardi.

Conforme a denúncia criminal, o primo da vítima, acreditando que esta tinha mais de um milhão e meio de reais, entrou em contato com um dos envolvidos e falou sobre os valores que ela possuía. Ambos então cooptaram os demais comparsas, entre eles integrantes de facção, para executarem o crime.

 

O objetivo era sequestrá-la e, mediante extorsão, retirar o máximo possível de dinheiro da vítima para depois dividir entre os envolvidos. Os denunciados planejaram todo o esquema criminoso durante semanas antes da chegada da vítima no Brasil. Eles obtiveram um veículo clonado para sequestrá-la, criaram um perfil falso de motorista de aplicativo e conseguiram contas bancárias para depositar o dinheiro que fosse extorquido da enfermeira.

Coube ao primo da vítima, durante encontro com ela em Alegrete, acionar um motorista de aplicativo que, na verdade, era um comparsa encarregado do sequestro.

No dia 19 de junho, durante a suposta “corrida”, o motorista pegou mais dois comparsas e levaram a vítima até um cativeiro. O plano era mantê-la mediante ameaça e violência até que fornecesse senhas para que as transferências bancárias fossem efetuadas.

Algo deu errado no plano, os denunciados não conseguiram transferir o dinheiro, espancaram e estrangularam a enfermeira até a morte. O corpo dela foi enterrado e escondido às margens do rio Ibirapuitã, mas foi descoberto dias depois por um pescador devido às enchentes, que com o fluxo da água descobriu parcialmente o corpo.

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Polícia Civil prende dupla que roubou mercado na Cidade Alta

A Polícia Civil, no dia 22/04 (segunda-feira) e no dia de hoje, na tarde desta quarta-feira (24/04), por meio dos policiais civis da Delegacia de Polícia de Alegrete, coordenados pela delegada Fernanda Mendonça, efetuou o cumprimento de dois mandados de prisão temporária expedidos em desfavor de investigados pela prática de um crime de roubo com uso de faca, ocorrido no dia 5 de abril, em um estabelecimento comercial na rua Barros Cassal, em Alegrete.

Na data de 5 de abril, dois indivíduos ingressaram no local, um mercado, já com a intenção de cometer o crime. Ambos subtraíram, juntos, uma garrafa de bebida alcoólica, e após serem vistos e abordados por funcionários, um deles, já em fuga, mostrou uma faca e ameaçou o funcionário com o intuito de garantir a subtração, e fugiu junto com o seu comparsa. Os dois indivíduos foram identificados pela Polícia Civil por meio de relatos, câmeras de segurança e autos de reconhecimento.

Diante da gravidade do fato, e tendo os dois já antecedentes policiais por outras práticas criminosas, requereu-se ao poder Judiciário as suas prisões, o que foi deferido e os mandados cumpridos nessa semana. Um deles, de 26 anos, foi encontrado saindo de um local no bairro Centro na segunda-feira. O outro, de 48 anos, foi capturado em via pública no dia de hoje, na Praça Nova. Ambos já são conhecidos no meio policial e registram antecedentes por furtos, receptação, porte ilegal de arma de fogo, posse de drogas, desobediência, lesão corporal, ameça, tráfico de drogas e associação ao tráfico, estupro de vulnerável, dentre outros delitos. Um deles já havia sido indiciado em outro inquérito policial recentemente, também por roubo com uso de faca.

Após cumpridas as exigências legais, ambos foram encaminhados à DPPA e, após, ao Presídio Estadual de Alegrete.

DENÚNCIAS À POLÍCIA CIVIL EM ALEGRETE (garantido o sigilo):
(55) 34270300 (plantão)
(55) 984511689 (WhatsApp)

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Polícia

Ladrão condenado em Alegrete é preso em Uruguaiana

Na manhã desta terça-feira (23/04), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas – DRACO – de Uruguaiana, coordenada pelo Delegado Nilson de Carvalho, cumpriu mandado de prisão contra indivíduo condenado por roubo.

O homem foi condenado por roubo praticado em Alegrete e teve mandado de prisão expedido ontem, dia 22/04/2024, pela Vara Criminal daquele Município. Após terem ciência do mandado, os policiais civis da DRACO realizaram diligências para localização do indivíduo, obtendo informações de que estaria em uma residência no Bairro Vila Júlia.

Nesta manhã, os policiais civis foram até a residência e encontraram o foragido, o qual foi preso e encaminhado à DPPA de Uruguaiana.

O foragido possui 52 anos e antecedentes por roubo, associação criminosa e crime ambiental.

Após cumpridas as exigências legais, o preso será encaminhado ao Sistema Penitenciário Estadual.

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Polícia

PRF prende casal com skunk em ônibus em Sant’Ana do Livramento

*PRF prende casal com skunk em ônibus em Sant’Ana do Livramento*

Na noite desta segunda-feira (22), a Policia Rodoviária Federal apreendeu skunk na bagagem de um casal que viajava em um ônibus, na BR 158, em Sant’Ana do Livramento.

Em ação de combate ao crime, PRFs abordaram um ônibus que saía de Livramento com destino a Porto Alegre. Na bagagem de mão de um casal de passageiros, foi localizado 1.1 quilo de skunk.

O casal, o homem de naturalidade japonesa, 25 anos, com passagens por tráfico de drogas, e a mulher, de Navegantes/SC, 23 anos, foram presos e a droga apreendida, sendo encaminhados para a polícia judiciária de Livramento.

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