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Meio Ambiente

O que esperar deste outono de 2022? Confira o que a MetSul alerta

O outono, que começou às 12h33 deste domingo (20) com o equinócio, caracteriza-se como uma estação de transição do calor do verão para o frio do inverno. A estação começa com o Pacífico ainda com a presença do fenômeno La Niña no Pacífico. A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) projeta a continuidade do fenômeno que perduraria ao menos até o inverno com 53% de probabilidade de La Niña no trimestre junho a agosto.

O outono marca a expectativa pela chegada do frio, mas o começo da estação normalmente ainda tem características térmicas por vezes de verão. A chegada do outono não significa que o calor fica para trás, adverte a MetSul. Alguns dias quentes são normais em abril e maio e devem ocorrer agora em 2022. Mesmo em junho podem ser esperados alguns dias quentes para os padrões da estação e deve ser o caso também desse ano. Quando há período quente mais prolongado após dias frios há a ocorrência do chamado veranico, mas ele não ocorre todos os anos em maio.

A MetSul espera um outono com predomínio de dias agradáveis com temperatura próxima das médias históricas na maior parte da estação. Os episódios de frio tendem a ser mais pontuais, eventualmente fortes. Uma vez que a estação transcorrerá com La Niña, a possibilidade de episódio de frio intenso mais cedo aumenta. Mesmo a neve é um fenômeno que não se pode afastar ocorra mais cedo em 2021, a despeito de somente em curtíssimo prazo ser possível prever. A tendência, entretanto, é que não ocorra frio persistente ou prolongado em grande parte deste outono.

Mesmo a neve é um fenômeno que não se pode afastar ocorra mais cedo em 2021, a despeito de somente em curtíssimo prazo ser possível prever. A tendência, entretanto, é que não ocorra frio persistente ou prolongado em grande parte deste outono.

O outono, em regra, possui três períodos. No primeiro, até o fim da primeira quinzena de abril, costumam prevalecer as marcas mais elevadas nos termômetros com períodos esporádicos de calor mais forte. Na segunda metade de abril se dá o segundo, quando a freqüência de dias amenos ou frios aumenta e já podem ocorrer, dependendo do ano, até algumas noites com geada. Este período perdura até a metade de maio, quando tem início o terceiro com características climáticas já próximas daquelas observadas no inverno.

Outra marca do outono é a grande diferença de temperatura da noite pro dia. “Trata-se de um dos períodos do ano com maior amplitude térmica e que também proporciona um aumento nos dias de nevoeiro, especialmente a partir de maio”, destaca a meteorologista Estael Sias. Com freqüência, sob condições de céu limpo e ar seco, a temperatura pode variar até 20ºC ou mais no mesmo dia, o que força o uso de roupas mais pesadas no começo da manhã e vestuário mais leve no período da tarde. O Oeste e o Sul do Estado têm maior propensão a sofrer influência de massas de ar frio durante a estação. Comum no outono é a ocorrência de bruscas mudanças de temperatura.

“Muitas vezes na estação frentes frias avançam e as marcas nos termômetros que podem estar acima de 30ºC imediatamente antes da chegada da frente podem cair para valores abaixo de 10ºC em poucas horas”, destaca Estael Sias.

Tais mudanças não raramente são acompanhadas de vento forte do quadrante Oeste, do tipo Minuano, quando da presença de um ciclone mais intenso no Atlântico. O vento forte costuma acompanhar ciclones extratropicais (sistemas de baixa pressão), fenômeno que se torna mais freqüente justamente a partir do outono e que impulsiona o ar polar para o Sul do Brasil. As rajadas costumam variar, em média, entre 50 e 100 km/h, dependendo do posicionamento do sistema de baixa pressão. Em alguns casos mais extremos, as rajadas ultrapassam 100 km/h no Sul e no Leste gaúcho com fortes ressacas do mar na costa.

O outono caracteriza-se ainda por uma mudança no regime de chuva. Enquanto no verão as precipitações se originam mais de nuvens carregadas que se formam pelo calor e a umidade alta, portanto são muito mal distribuídas, a partir do outono a chuva passa a ter como causa principal a passagem de frentes frias e a atuação de centros de baixa pressão, o que faz com que a chuva seja mais generalizada. Em junho, não raro, se produz a atuação de frentes quentes, muito menos comuns aqui que as frentes frias e que quando ocorrem trazem altos volumes de chuva e ainda temporais com muitos raios e, principalmente, granizo. Nos casos mais extremos, frentes quentes causam até vendavais fortes ou tornados.

Vale lembrar que o outono é a época do ano com menor freqüência de temporais no território gaúcho, mas esses ocorrem em qualquer época do ano. Tempestades ocorrem no outono quando há bruscas trocas de massas de ar e podem ser até muito severas e com danos, inclusive com histórico de tornados, especialmente quando da passagem de frentes frias fortes associadas a ciclones extratropicais. Frentes quentes, especialmente em junho, igualmente costumam gerar tempestades localmente fortes a severas.

Quanto à chuva, observam os meteorologistas da MetSul, a expectativa é que o outono deste ano seja marcado por precipitações abaixo da média na maior parte da estação, o que fará com que o déficit hídrico acumulado nos últimos meses não seja recuperado e possa mesmo se agravar. Abril e maio, pela climatologia média histórica, são os meses com menos de chuva na área de Porto Alegre. O fato de, no geral, não se esperar uma estação chuvosa não significa, contudo, que esteja afastado o risco de episódios pontuais de chuva volumosa e excessiva com altos acumulados, mas em curto período. Episódios mais localizados ou regionais de chuva volumosa devem ser esperados, entretanto serão pontuais.

O fato de, no geral, não se esperar uma estação chuvosa não significa, contudo, que esteja afastado o risco de episódios pontuais de chuva volumosa e excessiva com altos acumulados, mas em curto período. Episódios mais localizados ou regionais de chuva volumosa devem ser esperados, entretanto serão pontuais. Os volumes e a frequência da chuva tendem a aumentar à medida que se aproximar o inverno, quando cresce a possibilidade destes eventos pontuais de chuva com volumes muito altos, mas neste ano existe o risco de junho não ser um mês de elevados volumes de chuva, como normalmente ocorreria pela climatologia histórica. Junho é o mês, por exemplo, que tem a maior média de chuva entre todos em Porto Alegre no calendário anual.

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Meio Ambiente

Vento, chuva e alerta da Defesa Civil neste início de semana

O Centro de Monitoramento da Defesa Civil atualiza as condições do RS para os próximos dias. Status de ALERTA (laranja) para chuva forte e persistente, pontualmente volumosa, com descargas elétricas e temporais isolados no Oeste, Sul, parte da Campanha, Costa Doce, RMPOA, Serra, Vales, Norte e Litoral.

Para as demais áreas o status é ATENÇÃO (amarelo), com chuva moderada a pontualmente forte e descargas elétricas. Nesta segunda-feira, há condições para tempo instável em grande parte do território gaúcho, com chuva forte e persistente, rajadas de vento pontualmente fortes (50 e 80 km/h), descargas elétricas e alagamentos.

Os acumulados variam de 40 a 80 mm/dia nas Missões, Fronteira Oeste e Centro, podendo chegar a 100 mm/dia em áreas da Campanha e Oeste. Nas demais
regiões os acumulados serão inferiores a 40 mm/dia.

Na terça-feira, o sistema de baixa pressão permanece contribuindo nas condições de tempo instável em parte do Estado, com chuva forte e persistente, descargas elétricas, alagamentos, rajadas de vento entre 50 e 80 km/h e temporais isolados.

Os acumulados variam entre 30 e 60 mm/dia no Norte, Nordeste, RMPOA, Vales, Serra e no Litoral Norte e Médio, podendo ultrapassar os 100 mm/dia em áreas da região Norte, Sul, Litoral Sul e Médio. Nas demais regiões os acumulados ficam em cerca de 30 mm/dia, e o mar fica agitado

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Meio Ambiente

Incêndios se alastram no interior de Alegrete

O fogo avança em regiões como o Vasco Alves e Rivadávia Correa. O campo de algumas propriedades foram atingidos. Uma aviação agrícola se associa no combate aos incêndios

A aviação agrícola da Itagro, liderada pelo proprietário Marco Antônio Camargo, atuou intensamente nesta quarta-feira (19) no combate a incêndios que atingiram cerca de 300 hectares na região de Alegrete.

A empresa mobilizou seus recursos para tentar conter a propagação das chamas, demonstrando a crucial importância da aviação no apoio ao combate a sinistros em áreas rurais.


Em contato, Marco Antônio Camargo fez um apelo enfático à população e às autoridades locais sobre a importância da detecção precoce de focos de incêndio.

“É importante que o pessoal nos avise muito cedo, não espere. Fogo é fácil de combater quando no início”, alertou o proprietário da Itagro.

Camargo também ressaltou a necessidade de investimentos em infraestrutura para otimizar as operações de combate a incêndios por via aérea. “Venho a tempos pleiteando com o executivo municipal para termos pistas estratégicas. O avião maior requer uma pista mais ampla, e inclusive a facilidade da água tem que estar presente”, explicou.

Na operação desta quarta-feira, a proximidade do Aeroporto de Alegrete foi fundamental, servindo como base para o reabastecimento da aeronave. A Itagro inclusive enviou um caminhão com tanque de água para o local, agilizando o processo.

 

Camargo também destacou o apoio da Aero Agrícola do Alegrete, na pessoa do Sr. Oswaldo Guerra, que disponibilizou 15.000 litros de água para auxiliar no combate às chamas. Além do suporte aéreo, a operação contou com o auxílio de equipes em solo para o abastecimento da aeronave.

A atuação da Aviação Itagro e o alerta de seu proprietário reforçam a urgência de medidas preventivas e da estruturação de recursos adequados para o enfrentamento de incêndios, especialmente em períodos de tempo seco, visando minimizar os danos ambientais e patrimoniais em Alegrete e região.

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Meio Ambiente

Onda de calor dispara consumo de energia; veja como economizar

RGE orienta seus consumidores sobre práticas para reduzir o impacto na conta durante período de altas temperaturas

Com a onda de calor intensa que atinge grande parte do país, o consumo de energia elétrica bateu recordes consecutivos na última semana, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As altas temperaturas têm levado ao uso intensificado de equipamentos como ar-condicionado, ventiladores e geladeiras, impactando diretamente as contas de luz.

Em muitos dos 381 municípios onde a RGE atua no Rio Grande do Sul, a Defesa Civil emitiu alertas para temperaturas extremas, com sensação térmica acima dos 40°C. Esse cenário exige atenção dos consumidores para evitar desperdícios e equilibrar o conforto com o consumo consciente.

Pensando nisso, a RGE reuniu algumas dicas práticas para ajudar a reduzir o impacto da onda de calor na conta de luz sem abrir mão do bem-estar:

Chuveiro elétrico: O chuveiro pode representar até 35% do consumo de energia em uma residência. No calor, use a posição “verão”, que reduz significativamente o gasto, e procure diminuir o tempo de banho.

Ar-condicionado: Para equilibrar conforto e economia, ajuste a temperatura para 23°C ou 24°C, em vez de 18°C. Outra estratégia eficiente é utilizar o ar-condicionado junto com um ventilador, que ajuda a distribuir melhor o ar frio pelo ambiente.

Geladeiras: Aparelhos de refrigeração trabalham mais para manter a temperatura programada em dias quentes, aumentando o consumo. Para otimizar o uso, abra a geladeira apenas quando necessário, evite deixá-la aberta por muito tempo e mantenha-a longe de fontes de calor. Além disso, nunca use a parte traseira para secar roupas ou tênis.

Iluminação: Aproveite ao máximo a luz natural e substitua lâmpadas fluorescentes ou incandescentes por modelos de LED, que consomem até 80% menos energia e duram mais.

 

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