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Cavalarianos são presos por desacato após tumulto no centro de Rosário do Sul

Um tumulto envolvendo cavalarianos e Brigada Militar, na Praça Borges de Medeiros, em Rosário do Sul, no último domingo (17), resultou na prisão de três pessoas por desacato e um homem atingido por disparo de bala de borracha, desferido pela BM. Os policiais, que abordaram o grupo a pé, alegam que precisaram fazer uso de munição não-letal pois os cavalarianos teriam avançado com os animais para cima dos PMs. O órgão de segurança pedia a saída dos tradicionalistas e seus animais da via pública, conforme estipulado em Decreto Municipal – que permite a circulação dos cavalarianos, porém não a parada. As informações são do jornal Gazeta de Rosário.

A confusão ocorreu por volta das 19h, na Rua General Osório. Uma guarnição com três policiais solicitou a um grupo de cerca de 20 cavalarianos que se encontravam ingerindo bebidas alcoólicas nas imediações para retirarem seus cavalos, que estavam parados ao lado de um estabelecimento comercial. Segundo a ocorrência policial registrada na Delegacia de Polícia de Rosário do Sul, os cavalarianos se negaram a atender a solicitação da BM.

Os policiais relataram que dois dos envolvidos, um militar reformado do Exército, de 55 anos, e seu amigo, de 53 anos, questionaram a autoridade da BM para fazer a exigência e teriam ameaçado avançar com os cavalos por cima dos PMs. A partir daí, o tumulto teria aumentado, envolvendo mais de 60 cavalarianos, que cercaram os policiais. Estes, por sua vez, usaram disparos de bala de borracha para dispersar o grupo. O militar reformado foi atingido por três tiros das balas anti-motim. Ele ficou ferido na mão esquerda e no lado esquerdo do abdômen. Além de avançar com o cavalo na direção dos policiais, a BM afirma que ele teria tentado desferir um golpe de relho contra um dos PMs, sem sucesso. O outro homem não ficou ferido.

Os dois estavam no plantão do atendimento do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora (HCNSA) quando receberam voz de prisão por desacato. Lá, um nova agressão contra os policiais teria sido tentada. A filha do homem de 53 anos, jovem de 19 anos, também foi presa por desacato ao se referir policiais em virtude da prisão do seu pai.

Um quarto cavalariano, que teria sido o primeiro a avançar com o cavalo para cima da guarnição na praça, foi identificado, mas não foi localizado para responder por desacato. A BM afirma que possui gravações referentes aos fatos.

Os dois homens e a jovem foram apresentados na Delegacia de Polícia, onde foi feito registro de desacato consumado. O relho usado pelo aposentado do Exército foi apreendido. Também foi apreendido um celular pertencente a uma pessoa, não identificada, que filmava as prisões no hospital.

Acusados negam desacato e agressões

O militar do exército foi levado à Delegacia de Polícia pela guarnição do 4º Regimento de Carros de Combate (RCC). Durante seu depoimento, acompanhado de seu advogado, ele negou as acusações. O homem disse que viu o tumulto e montou a cavalo para procurar seu amigo e as filhas do mesmo, que poderiam estar nas proximidades. O militar reformado também nega que teria avançado com seu cavalo para a cima dos policiais e de ter tentado golpear um deles com seu relho. Nega também que, já no hospital, para onde ele mesmo se dirigiu quando viu que estava ferido, tenha tentado uma terceira agressão contra um dos PMs.

O outro preso, de 53 anos, também prestou depoimento e negou ter ameaçado e colocado cavalos por cima da guarnição. Disse que apenas convidou por várias vezes os outros cavalarianos a saírem do local e após levar suas filhas em casa, foi ao hospital ver o estado de saúde de seu amigo, quando recebeu voz de prisão da BM. Ele foi algemado e conduzido para a DP. A filha dele igualmente negou ter desacatado os policiais e disse que não ficou ferida.

Os dois homens e a jovem foram liberados após o registro da ocorrência.

Comandante da BM confirma reforço no policiamento e diz que instituição não tolerará badernas

Diante dos fatos ocorridos no último domingo (17) e em finais de semana anteriores, quando três motos e um carro foram danificados por cavalarianos, além de um motorista que teria sido ameaçado de agressão por outro homem montado, o comando da Brigada Militar de Rosário do Sul anunciou reforço de PMs de outras cidades. A medida foi acertada com o comando regional da BM até o dia 20 de setembro, quando encerram os festejos farroupilhas.

O comandante da BM de Rosário, Capitão Magno Siqueira, gravou declaração à imprensa sobre o ocorrido, e afirmou que a Brigada Militar não tolerará essas condutas. “O comando da Brigada de Rosário tem tentado, de forma preventiva, evitar a situação ocorrida hoje”, declarou ele, referindo-se a alguns cavalarianos que estariam protagonizando cenas de “arruaças na área central, atrapalhando o trânsito, agredindo pessoas, muitas vezes armados de faca”. Ele também se refere à falta de exame para a doença mormo e da Guia de Trânsito Animal (GTA).

Siqueira adiantou que o Ministério Público deve solicitar a interrupção de circulação de cavalos na área central da cidade até o dia 20 de setembro. O trânsito de cavalarianos seria permitido apenas durante o Desfile Farroupilha. A decisão ainda carece de acordo com o município, que faria reunião com as entidades tradicionalistas na tarde dessa segunda-feira (18).

“A Brigada Militar informa a comunidade de Rosário que desrespeito e anarquia jamais serão tolerados nesse município. (…) Peço aos covardes em cima de cavalo que tomem juízo. A BM não tolerará tais condutas”, concluiu o comandante da BM.

MANIFESTAÇÃO – Um dia antes do tumulto envolvendo cavalarianos, mais de 100 tradicionalistas a cavalo realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura Municipal, solicitando a liberação de um espaço destinado aos cavalarianos, em que eles pudessem transitar e permanecer com seus cavalos. O protesto foi pacífico e não houve a presença dos órgãos promotores dos festejos farroupilha no município. Os organizadores da manifestação ressaltam que o evento não tem relação com a confusão ocorrida no domingo.

Reportagem: Julio Lemos / Gazeta de Rosário
Foto: Renato Moraes / Gazeta de Rosário
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Júri do “Caso Priscila” ainda em andamento

 Iniciou nesta sexta-feira, dia 26 de abril, no Foro de Alegrete, o julgamento de quatro acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por extorsão e morte da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos. Ela desapareceu dia 19 de junho de 2023, após vir da Irlanda para o Brasil. O corpo foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã no dia 6 de julho.

Os réus foram denunciados pela promotora de Justiça Rochelle Jelinek, no final de novembro do ano passado, após realizar a negociação da primeira delação premiada da história do município da Fronteira Oeste. Eles respondem por extorsão qualificada com restrição da liberdade da vítima e resultado morte, além de ocultação de cadáver.

O julgamento iniciou nesta sexta-feira com a audiência de instrução para ouvir as testemunhas. Após o término da audiência, o juiz Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca de Alegrete, deve proferir a sentença. No entanto, a audiência pode se estender até outro dia devido ao grande número de pessoas que prestam depoimentos.

 DENÚNCIA

O MPRS havia denunciado nove suspeitos após três meses de apuração envolvendo oitiva de testemunhas e dezenas de medidas cautelares como quebras de sigilo bancário, fiscal, interceptações telefônicas, mandados de busca e apreensão de celulares, extração de dados telemáticos de mensagens. O juiz da comarca entendeu que não havia provas suficientes em relação aos outros cinco suspeitos. Assim como, pelos mesmos motivos, não recebeu a acusação em relação à associação criminosa de todos os nove investigados.

A promotora Rochelle Jelinek recorreu deste afastamento do delito de associação criminosa para todos e também da decisão do magistrado de indeferir a acusação contra os demais cinco envolvidos. O julgamento do recurso ainda é aguardado, portanto, o processo segue em relação a quatro acusados. Dos quatro acusados que estão respondendo ao processo, o primo da vítima é apontado como o mandante do crime e os outros três são apontados como integrantes de uma facção que teriam executado o sequestro e morte.

 JULGAMENTO

De acordo com a promotora Rochelle, é importante deixar claro que os réus — no caso da enfermeira morta em Alegrete — não serão julgados pelo Tribunal do Júri. No entendimento do MPRS, o objetivo do crime era extorquir a vítima, que acabou morrendo durante o sequestro em decorrência de agressões sofridas, o que elimina um caso de homicídio propriamente dito (quando a intenção principal é de matar).

“É o que a gente entende por adequação ou enquadramento da conduta criminosa à lei. No crime de homicídio, o investigado tem a intenção principal de matar a vítima. Neste caso da Priscila, porém, o objetivo principal do grupo era extorqui-la, mas, algo deu errado durante o sequestro e ela acabou morta. Não foi possível identificar o motivo, ou seja, se foi um acidente, se algo deu errado no plano, se ela tentou fugir e então a mataram, ou, até mesmo, se algum deles decidiu, durante o sequestro, assassiná-la. Mas sabemos que queriam transferir o dinheiro das contas da enfermeira durante o sequestro. Este foi o objetivo desde o começo e por isso respondem por extorsão com resultado morte”, ressalta Rochelle.

A promotora ainda destaca que a pena da extorsão com resultado morte, de 24 a 30 anos de prisão, é maior que a de homicídio doloso qualificado, de 12 a 30 anos de reclusão. Rochelle Jelinek diz que a lei considera mais forte, mais repugnante, o crime de extorsão com resultado morte, porque o interesse é financeiro. Segundo ela, a pena é maior porque é ainda mais grave que o homicídio. Dessa forma, os quatro réus serão julgados pelo juiz e não pelo Tribunal do Júri, que é reservado apenas para casos de crimes contra a vida (homicídio consumado ou tentado).

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Santa Casa disponibiliza cirurgia de catarata pelo SUS

Com ênfase na prevenção e na manutenção da saúde ocular, a Santa Casa está ofertando para a população da região cirurgias de catarata. Os atendimentos estão disponibilizados para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), no Ambulatório de Especialidades da Santa Casa.

Em 2023, foram realizadas 316 cirurgias. A ideia da diretoria, é que no decorrer deste ano esse número atinja a marca de 400 cirurgias de catarata.

Para ter acesso ao serviço, que é uma parceria com as secretarias Estadual e Municipal da Saúde, o paciente deve passar por uma avaliação médica para analisar se é necessário, ou não, a realização do procedimento.

Na Secretaria Municipal de Saúde são feitos os trâmites necessários ao procedimento e a Santa Casa executa a cirurgia de catarata, realizada pelo médico oftalmologista Gustavo da Rosa.

Para pacientes do CariSaúde, o atendimento também está disponível, com ações pré e pós cirúrgicos, com agendamento feito diretamente na Santa Casa.

O que é a cirurgia de catarata?

A cirurgia de catarata ou facectomia é a remoção do cristalino do olho, uma lente natural, que com o passar dos anos e devido às variações metabólicas das fibras do cristalino, perde a transparência, ficando opaca, amarelada. Isso é o que é chamado de catarata.

A perda de transparência do cristalino causa diminuição da acuidade visual. Durante a cirurgia a lente natural é removida e substituída por uma lente sintética e transparente.

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PRF participa de evento em comemoração ao dia mundial de conscientização do autismo

O evento foi organizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e ocorreu em Alegrete_

Na manhã de hoje (02), juntamente com a APAE e Guarda Municipal, a Polícia Rodoviária Federal marcou presença no evento “Caminhada Azul” que ocorreu na Praça Getúlio Vargas no centro da cidade de Alegrete. Mais de 150 pessoas estiveram presentes, incluindo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de familiares, alunos e professores da APAE

 

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De acordo com a presidente da APAE em Alegrete, a instituição atualmente conta com 426 alunos. A realização de eventos como este tem como objetivo principal aumentar a conscientização e promover a inclusão, buscando também maior apoio e respeito por parte da sociedade.

 

Hoje, em todo o Brasil, a PRF está engajada em atividades educativas sobre o tema, em colaboração com outros órgãos de segurança viária, com o intuito de ampliar o alcance das iniciativas de conscientização sobre o autismo, enquanto cumpre sua função e atribuição constitucional.

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