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Reajuste de aluguéis teve o menor índice do ano em julho

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), conhecido como a inflação do aluguel, ficou em 0,21% em julho, após ter registrado variação de 0,59% no mês anterior, informou nesta quinta-feira (28) a FGV (Fundação Getulio Vargas).

Essa é a menor taxa desde novembro de 2021. Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses. Em julho de 2021, o índice variou 0,78%.

O IGP-M é composto por três índices: IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

O IPA variou 0,21% em julho, ante 0,30% em junho. Na análise por estágios de processamento, o grupo bens finais variou 0,69%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,58%.

O IPC caiu 0,28% em julho, após alta de 0,71% em junho. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (0,09% para -2,42%). Nessa classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -0,19% em junho para -7,26% em julho.

Já o INCC subiu 1,16% em julho, ante 2,81% em junho. Os três grupos componentes do índice registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: materiais e equipamentos, de 1,58% para 0,62%; serviços, de 0,50% para 0,49%; e mão de obra, de 4,37% para 1,76%.

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Mercado

Veio a conta. Combustíveis ficam mais caros

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis sofrerá um reajuste em 1º de fevereiro. A alíquota da gasolina e do etanol aumentará em R$ 0,10 por litro, passando para R$ 1,47. O diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, para R$ 1,12.

A elevação será aplicada em todos os Estados do Brasil e ocorre em um momento de intensas discussões sobre a política de preços da Petrobras.

O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) explicou o reajuste como uma medida para garantir um sistema fiscal equilibrado, alinhado às flutuações do mercado e promovendo uma tributação mais justa.

A alta nos preços dos combustíveis gera um efeito cascata na economia, influenciando vários setores e impulsionando a inflação geral. A gasolina, em especial, teve alta de 9,71% e foi o subitem que mais teve peso no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O etanol subiu 17,58%.

DEFASAGEM

O aumento ocorre em meio à pressão do mercado sobre a Petrobras por ajustes. Segundo o relatório de 6ª feira (24.jan.2025) da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor no mercado internacional chega a 9% para a gasolina e 18% para o diesel.

A defasagem prejudica a Petrobras a longo prazo, reduzindo sua capacidade de investir, aumentando a dependência de importações de combustíveis e atrasando a transição para fontes de energia alternativas.

Contudo, o aumento do ICMS não resolverá o problema da defasagem dos preços. “Todos os impostos, eles incidem da mesma forma, do mesmo valor, tanto no produto produzido no Brasil quanto o importado. Ele impacta apenas no preço para o consumidor”, explica Sérgio Araújo, presidente da Abicom.

O último reajuste na gasolina da Petrobras foi feito em julho do ano passado. O tema deverá fazer parte da próxima reunião do Conselho Administrativo, na próxima semana.

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Mercado

Reservas internacionais do Brasil caem 7,1% em 2024

Ações incluem venda de US$ 20,07 bilhões no mercado à vista e leilões de linha, em resposta a fatores externos e interno. Governo gasta mais do que arrecada, mas procura culpados na Faria Lima

Em 2024, o Brasil viu suas reservas internacionais diminuírem, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) em 05.jan.2025. O país encerrou o ano com US$ 329,7 bilhões, uma redução de 7,1% ou US$ 25,3 bilhões em comparação com 2023, que teve US$ 355 bilhões.

Essa queda resultou principalmente da venda de dólares pelo BC no mercado à vista, totalizando US$ 20,07 bilhões, e de leilões de linha, que somaram outros US$ 15 bilhões. Estas ações foram uma resposta à valorização do dólar, que subiu 27% em 2024, fechando a R$ 6,17.

A alta do dólar foi influenciada por fatores externos, como conflitos geopolíticos e as taxas de juros nos Estados Unidos, e internos, incluindo as eleições nos EUA e as expectativas sobre as contas públicas do Brasil.

 

A eleição de Donald Trump nos EUA e o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo brasileiro no final de novembro também tiveram impacto significativo.

No final de 2024, a atenção se voltou para o quadro fiscal do Brasil, com preocupações sobre a capacidade do governo de implementar medidas de austeridade.

Isso contribuiu para a pressão sobre o real e levou à intervenção do BC no mercado cambial. A redução nas reservas internacionais, apesar de ser uma proteção contra a volatilidade cambial, reflete os desafios da economia brasileira em um cenário de incertezas.

 

 

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Mercado

Mercado reage negativamente à política econômica do Brasil

Investidores adotam postura de aversão ao risco diante da incerteza fiscal e ações governamentais questionáveis

Investidores estão retirando suas aplicações do Brasil devido a preocupações com a gestão fiscal do governo, conforme relatório da Bloomberg publicado nesta terça-feira (18 de dezembro de 2024).

A desvalorização do real e a queda do índice Ibovespa são reflexos dessa crise de confiança, agravada pela atuação do Congresso que enfraqueceu um pacote de austeridade.

O déficit fiscal do país, que atinge 10% do orçamento anual, e a resposta considerada insuficiente do Banco Central para conter a alta do dólar, intensificam a fuga de investidores.

A situação econômica do Brasil tem gerado reações negativas no mercado financeiro. Sergey Goncharov, da Vontobel Asset Management, caracterizou o mercado brasileiro como de “venda primeiro, pergunte depois”, indicando uma postura de aversão ao risco por parte dos investidores.

Jack McIntyre, da Brandywine Global Investment Management, destacou a necessidade de ações mais assertivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reconquistar a confiança do mercado.

As modificações feitas pela Câmara dos Deputados no plano de gastos do governo, que incluíam a remoção de medidas restritivas ao uso de créditos tributários por empresas e o adiamento de reformas no sistema de pensões dos militares, contribuem para a incerteza econômica.

A relutância do governo em implementar cortes de gastos significativos, deixando para o Banco Central a tarefa de controlar a inflação por meio de aumentos na taxa de juros, suscita dúvidas sobre a eficácia da política monetária em um contexto de dominância fiscal.

 

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