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Sistema Faepa/Senar discute utilização de pó de rocha para fertilização de solos na Paraíba


Eder Martins (Embrapa), Domingos Lélis (Senar), Raphael Beirigo (UFPB), Ricardo Farias

O Sistema Faepa/Senar Paraíba promoveu nesta sexta-feira (4) um debate sobre a utilização de pó de rocha para remineralização de solos. A prática, também chamada de rochagem, pode levar a substituição de fertilizantes sintéticos e apresenta relevante potencial no Estado a partir do aproveitamento de resíduos de mineradoras e da geologia paraibana.

O pó de rocha é um subproduto da atividade de mineração. O pesquisador da Embrapa Cerrados, Eder Martins, fez uma apresentação sobre o cenário nacional da utilização desses fertilizantes naturais e também falou sobre contexto paraibano, a partir de um estudo realizado em parceria entre a instituição e a UFPB.

“Sabemos que essa atividade é economicamente viável para a agricultura se houver fontes de pó de rocha em até 300 km de distância. Na Paraíba, identificamos que é possível cobrir todo o território com distâncias máximas de até 40 km. Então isso representa um potencial altíssimo”, explicou o pesquisador.

O encontro contou ainda com a participação de produtores rurais, presidentes de sindicatos paraibanos técnicos agrícolas, equipe técnica do Senar e representantes de instituições como Asplan e UFPB. O técnico Ricardo Farias falou sobre a experiência que ele já desenvolve com a remineralização na região do litoral sul e revelou os benefícios da prática.

“Já trabalha com o pó de rocha no Conde, na produção de banana, e posso dizer que o resultado é um espetáculo. Vejo como um dos melhores insumos. Ele tem solubilidade lenta, o que ajuda a fixar os nutrientes no solo e melhorar a produção. O principal problema hoje é o custo logístico, que muitas vezes supera o valor do próprio produto”, resumiu.

Outros benefícios da rochagem são: 1) aumento da capacidade de troca catiônica, que diz respeito ao potencial de retenção de nutrientes na terra; 2) aumenta o pH do solo; diminui a perda de nutrientes e 4) estimula a atividade biológica do solo e das raízes.

Reprodução da apresentação de Eder Martins (Embrapa Cerrados)

O debate sobre a ampliação da prática de remineralização dos solos, ou uso do pó de rocha, ganha mais relevância diante da atual crise no fornecimento de fertilizantes sintéticos por causa da guerra entre Ucrânia e Rússia, principal fornecedora do insumo para o país.

Segundo pesquisador da Embrapa, o país importa em torno de 85% dos fertilizantes utilizados nas atividades agropecuárias. Por isso mesmo, Eder Martins defendeu o desenvolvimento de soluções locais e regionais, assim como o aumento da eficiência no uso dos recursos disponíveis.

O primeiro passo, de acordo com Martins é identificar quais os setores de mineração existentes no Estado e quais são os resíduos que eles produzem. A partir disso, verificar se esses subprodutos estão contaminados e se já se encontram no tamanho apropriado para o consumo na agricultura e fazer as devidas correções através de técnicas como moagem, britagem ou peneiramento.

A sugestão foi aceita pelos representantes do Sistema Faepa/Senar-PB. “Também é papel do nosso Sistema fomentar essas oportunidades. É importante articular outras entidades como a Federação da Indústria para fortalecer o Estado. O que beneficiar o produtor, nós queremos estar por perto. Por isso, vamos capitanear a criação de um grupo gestor para avançar na construção dessa iniciativa”, defendeu o superintendente do Senar, Sérgio Martins.

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Fonte: CNA Brasil

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Produtores de Alegrete se mobilizam por solução para dívidas

Nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, produtores rurais de Alegrete, iniciaram uma importante mobilização para chamar a atenção para a crescente crise de endividamento que afeta o setor agrícola local.

O ponto central do protesto foi a concentração de um grande número de produtores com suas máquinas agrícolas ao longo da BR-290. Essa ação visou dar visibilidade à urgência da situação e pressionar por uma resposta efetiva das autoridades.

A principal reivindicação dos produtores é a securitização de suas dívidas. Essa medida permitiria o alongamento dos prazos de pagamento, oferecendo um fôlego financeiro essencial para a continuidade de suas atividades. Eles também clamam por uma ação urgente do governo federal para encontrar soluções concretas para a crise que se instalou no campo.

A mobilização é resultado da difícil situação financeira enfrentada pelos agricultores de Alegrete. Nos últimos tempos, eventos climáticos extremos, como secas e inundações, impactaram severamente as produções, dificultando o cumprimento de seus compromissos financeiros.

O movimento conta com o apoio de diversas organizações ligadas ao setor agropecuário, como a Compre Rural e a SOS Agro RS, que também defendem a necessidade de medidas emergenciais para amparar os produtores rurais do estado.

Os produtores de Alegrete esperam que a sua mobilização sensibilize as autoridades e resulte em ações que possibilitem a renegociação de suas dívidas e garantam a sustentabilidade econômica das famílias que dependem da agricultura na região.

A situação demonstra a fragilidade do setor diante de eventos climáticos adversos e a importância de políticas públicas que ofereçam suporte e segurança aos produtores rurais.

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China suspende importações de carne de frango do Brasil devido à gripe aviária no RS

A China suspendeu a compra de carne de frango do Brasil por 60 dias após o País registrar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (16). A doença foi detectada em Montenegro, no Vale do Rio Caí.

“Então, a partir de hoje [desta sexta], por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, afirmou Fávaro.

O Ministério da Agricultura reforçou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. “O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas vivas ou mortas”, afirmou a pasta.

Com a confirmação da doença, a granja em Montenegro foi isolada, e as aves sacrificadas. A Secretaria da Agricultura do RS está investigando se há outros casos em um raio inicial de 10 km da região da identificação do foco.

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Fronteira Oeste já colheu 95% da lavoura de arroz

Nesta quinta-feira (24), a colheita do arroz no Rio Grande do Sul atingiu 85,7% da área semeada. A Fronteira Oeste e a Planície Costeira Externa são as regionais mais próximas de concluir a colheita, com 95,3% e 95,1% da área já colhida, respectivamente.

A Planície Costeira Interna contabiliza 86,4% da área colhida seguida pela Zona Sul com 83,9%, Campanha com 76,3% e Região Central com 65,5%.
Segundo Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural, apesar das condições climáticas favoráveis, o período diário de trabalho na lavoura é menor, fazendo com que a colheita avance lentamente.

De acordo com os dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), até o momento a produtividade média do grão é de 9.022 kg por hectare. No entanto, a tendência é que a média se ajuste com a colheita das lavouras tardias.

“A produtividade final poderemos dar apenas quando todas as regionais concluírem a safra, mas sabemos que a média poderá cair”, avalia Siqueira.

Os dados sobre a colheita do arroz são coletados e divulgados semanalmente pelo Irga, por meio da plataforma Safra, que oferece informações precisas e detalhadas sobre o andamento da semeadura e da colheita. A plataforma é alimentada pelos 37 escritórios do Irga distribuídos em todas as regiões arrozeiras do Estado.

 

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