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Mulher morre de hepatite após tomar medicamento emagrecedor


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Mara Abreu
Reproducao: Facebook

Mara Abreu

A enfermeira Edmara Abreu morreu nesta quinta-feira em São Paulo após ser diagnosticada com hepatite fulminante, passando a precisar de um transplante de fígado com urgência . O corpo dela rejeitou o órgão transplantado. Mara, como era conhecida, teve o quadro de saúde agravado depois de ingerir um produto composto por ervas e que fazia promessas de causar emagrecimento.

O corpo de Mara foi velado e cremado no Funeral Tatuapé, em São Paulo, nesta sexta-feira (04). Ela trabalhava no Hospital Santa Joana. Na véspera do falecimento, Mara havia entrado em morte cerebral.

Amigos usaram as redes sociais para lamentar a morte de Mara. “O quão forte você foi para conscientizar as pessoas a importância da doação, todos nós lutamos com você, compartilhando, orando, pedindo doações de sangue e de um fígado”, escreveu uma amiga.


“Ela foi uma guerreira, ela lutou até o fim, ela foi forte e isso que iremos guardar dela. A força dela, a alegria, a dedicação e amor que ela tinha por todos nós”, escreveu uma amiga de infância.

Hepatite fulminante

Mara foi diagnosticada com hepatite fulminante, passando a precisar de um transplante de fígado com urgência, após ingerir um produto com promessas de causar emagrecimento. A médica Liliana Ducatti, doutora em ciências em gastroenterologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), publicou um alerta em seu perfil de Instagram sobre o caso, pedindo atenção ao consumo de substâncias.

Ducatti, do departamento de gastroenterologia na Divisão de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo, afirmou no vídeo, postado em 24 de janeiro, que Edmara sofreu uma “falência aguda e gravíssima do fígado”, com necessidade por um transplante “urgente”, correndo alto risco de morte caso não o faça num período curto de tempo. A médica disse que é comum pacientes apresentarem esta condição mediante o uso de algum medicamento. No entanto, no caso de Mara, não havia acompanhamento por um profissional de saúde.

“Os familiares trouxeram pra gente uma medicação que a paciente estava fazendo uso, que se chama 50 ervas emagrecedoras. Quando olhamos o rótulo dessa medicação, a gente pôde identificar diversas ervas que são conhecidas já por serem hepatotóxicas. Entre elas, o mais conhecido, chá verde. Então, é muito bem descrito na literatura, há vários relatos, papers, que mostram casos de hepatite fulminante por uso de chá verde, mas não só ele, carqueja, mate verde, outras ervas. Muitas delas a gente nem sabe e outras já estão descritas na literatura por serem hepatotóxicas. Então nós recomendamos não fazer uso desse tipo de medicação: chá que desincha, chá detox, natural, erva de não se o quê, não faça uso”, destacou Ducatti, descrevendo tais produtos como “charlatanismo”.

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O que diz a Anvisa sobre o 50 Ervas Emagrecedor

Procurada pelo GLOBO a respeito da substância 50 Ervas Emagrecedor, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que “esse produto não é regularizado como medicamento fitoterápico nem como produto tradicional fitoterápico”. Caso seja enquadrado como alimento, tal classificação é uma responsabilidade de cada empresa.

No entanto, a Anvisa destacou que “a composição e indicação de uso (inibidor de apetite, regulador intestinal, gordura localizada, celulites, estrias, colesterol, diabetes e ansiedade, atua nas causas da obesidade) não são compatíveis com alimentos, incluindo suplementos alimentares”.

“Ademais, as alegações usadas em suplementos alimentares também devem estar listadas na IN 28/2018. Destaca-se ainda que caso constem do rótulo, podem ser consideradas indicações terapêuticas, principalmente ‘ansiedade’, ‘diabetes’ e ‘inibidor de apetite’, contrariando o artigo 56 do Decreto-Lei 986/1969, que veda o uso de indicações terapêuticas em alimentos”.

Ainda de acordo com a Anvisa, os termos “emagrecedor” e “natural” também não estão permitidos para uso em alimentos e podem levar o consumidor a erro ou engano em relação à composição e finalidade do produto, contrariando as regras gerais aplicáveis aos alimentos embalados.

Essas normas determinam que os alimentos embalados não devem ser descritos ou apresentar rótulo que:

  • “utilize vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou outras representações gráficas que possam tornar a informação falsa, incorreta, insuficiente, ou que possa induzir o consumidor a equívoco, erro, confusão ou engano, em relação à verdadeira natureza, composição, procedência, tipo, qualidade, quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do alimento;

  • atribua efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser demonstradas”.

Além disso, a Anvisa lembrou que já ter publicado uma medida preventiva para proibir a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso, além de apreender e inutilizar um tipo de 50 Ervas Emagrecedor produzido por uma determinada marca, após comprovação de que estava sendo vendido num site.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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