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Chuvas na Bahia aumentam casos de diarreia e sarna


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Governo do Estado da Bahia visita o município de Ubaíra, para implementar ações de ajuda às vitimas das fortes chuvas no estado
Fernando Vivas/GOVBA

Governo do Estado da Bahia visita o município de Ubaíra, para implementar ações de ajuda às vitimas das fortes chuvas no estado

Desde o fim de dezembro, quando o Rio Cachoeira subiu nove metros e inundou boa parte do município de Ilhéus, no Sul da Bahia, diarreias, micoses e até sarna têm sido frequentes entre os moradores das comunidades atingidas. São as primeiras manifestações após o contato com a água suja e a lama que atingiram pelo menos 500 residências e deixaram mais de 2 mil desabrigados. Para piorar, a água danificou 20 das 55 unidades de saúde da cidade e uma delas terá de ser reconstruída.

“As inundações terão impacto na área da saúde por quatro ou cinco meses”, diz Daniela Navarro, secretária de Saúde de Ilhéus.

A leptospirose, por exemplo, causada por contato com urina de rato, demora cerca de 30 dias para se manifestar. A incidência das arboviroses (dengue, zika e chicungunha) deve crescer. A tendência é que as inundações facilitem a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito que transmite também a febre amarela urbana. O trabalho, agora, revela Navarro, é combater os focos de larvas para evitar que o problema se instale.

O surgimento de doenças diretamente ligadas às inundações pressiona ainda mais o sistema de saúde dos estados atingidos, que, como quase todo o país, enfrentam o aumento das síndromes gripais e da Covid-19.

No Sul da Bahia, onde 64 dos 68 municípios foram alagados, já foram identificados 1.447 casos de diarreia, 213 de sarna, 117 de leptospirose, 273 de dengue, 122 de chicungunha e 38 de zika.

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“Intensificamos as ações de controle. Depois de um desastre como esse, aliado à crise econômica, é difícil os municípios atingidos se reorganizarem sozinhos para voltar a fazer os atendimentos”, diz Domilene Borges Costa, coordenadora do Núcleo Regional de Saúde.

No município de Dário Meira, duas unidades de saúde foram totalmente destruídas e o almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde alagou. Foi preciso refazer estoques de emergência de remédios e curativos.

Evangelina Vormittag, diretora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, afirma que as tragédias naturais desencadeiam ainda doenças mentais e psicológicas, como depressão e ansiedade. E é comum que ocorram falhas nos tratamentos de doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, já que o acesso a médicos e remédios acaba dificultado.

“O serviço de saúde trabalha no limite, nunca está totalmente preparado para situações como essas. A assistência à saúde é também prejudicada porque os profissionais locais estão entre os afetados”, diz ela.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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