Contato

Saúde

Universidade começa a testar vacina universal contra a Covid -19


source
Cambridge começa a testar vacina universal para Covid -19
Lloyd Mann/Universidade de Cambridge/Divulgação

Cambridge começa a testar vacina universal para Covid -19

Uma nova vacina contra a Covid-19 começou a ser testada em humanos na terça-feira, no Reino Unido. Trata-se de um imunizante inovador — tanto na forma de se administrado quanto no tipo de proteção que vai proporcionar. Sem fazer o uso de agulha, a vacina será dada através de um jato de ar que injeta o composto na pele.

Além disso, a vacina usa como alvo várias estruturas comuns de coronavírus-beta, e não a proteína Spike — que vem sofrendo mutações. Assim, os cientistas acreditam que ela poderá proteger não só contra futuras variantes, como também de novas pandemias causadas por outros coronavírus.

Os primeiros ensaios do DIOS-CoVax estão sendo realizados pelo NIHR Southampton Clinical Research Facility. Podem participar voluntários saudáveis com idade entre 18 e 50 anos e que morem na área de Southampton. Os participantes devem ter recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas não o reforço.

O ensaio da vacina de fase I em Southampton acompanhará os voluntários por aproximadamente 12 meses para garantir que seja seguro.

“A resposta das comunidades científica e médica ao desenvolvimento e entrega das vacinas COVID-19 tem sido incrível, mas conforme surgem novas variantes e a imunidade começa a diminuir, precisamos de tecnologias mais novas”, disse Jonathan Heeney, professor da Universidade de Cambridge e responsável pelo desenvolvimento da vacina. “É o primeiro passo em direção a uma vacina universal de coronavírus que estamos desenvolvendo, protegendo-nos não apenas de variantes da Covid-19, mas de futuros coronavírus”.

Como funciona a vacina

O Sars-CoV-2 usa as proteínas Spike em sua superfície para entrar nas células humanas.  Essas proteínas se ligam ao ACE2, um receptor de proteína na superfície das células em nossas vias aéreas, permitindo que o vírus libere seu material genético. O vírus “sequestra” a maquinaria da célula hospedeira para se replicar e espalhar.

As vacinas informam nosso corpo sobre a aparência de infecções perigosas e como reagir a elas. Isso é muito mais seguro do que se infectar com o vírus vivo, porque evita os efeitos fatais que todo o vírus pode ter. A imunização arma nosso sistema imunológico para procurar e bloquear o vírus, ou destruir células que carregam a proteína Spike, nos protegendo da Covid-19.

Leia Também

Infelizmente, o coronavírus está em constante mutação e a própria proteína Spike do vírus está mudando. Isso levanta a perspectiva de “fuga da vacina”, na qual mudanças na proteína do pico significam que o sistema imunológico não é mais capaz de reconhecê-la.

Para contornar esse problema, a equipe de Cambridge buscou novos tipos de antígenos — regiões-chave do vírus — que são os mesmos em coronavírus que ocorrem na natureza, incluindo em animais que os carregam, como morcegos.

Enquanto a maioria das vacinas Covid-19 usam a sequência do RNA para a proteína Spike das primeiras amostras isoladas do coronavírus sequenciado em janeiro de 2020, esta nova tecnologia DIOSvax usa métodos preditivos para codificar antígenos mais amplos, que aparecem em variados tipos de coronavírus, dando assim uma proteção mais ampla.

As células imunológicas do corpo captam o vetor, decodificam o antígeno da vacina DIOS e apresentam as informações ao sistema imunológico. Isso, por sua vez, produz anticorpos neutralizantes, que bloqueiam a infecção pelo vírus, e células T, que removem as células infectadas pelo vírus. Essa tecnologia está bem estabelecida e o DNA do plasmídeo da vacina não é incorporado ao material genético humano.

“As vacinas DIOS-CoVax têm como alvo elementos da estrutura do vírus que são comuns a todos os ‘beta-coronavírus’ conhecidos – aqueles coronavírus que são as maiores ameaças de doenças aos humanos. Essas são estruturas de vital importância para o ciclo de vida do vírus, o que significa que podemos ter certeza de que é improvável que mudem no futuro”, explicou Heeney.

As vacinas  DIOSvax de próxima geração devem nos proteger contra as variantes que vimos até agora — variantes alfa, beta, delta, por exemplo — visando proteger também contra variantes emergentes e potenciais pandemias de coronavírus, afirmam os desenvolvedores.

Fonte: IG SAÚDE

Publicidade
Comentários

Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

Continue lendo

Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

Continue lendo

Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

Continue lendo

Popular