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Regalado. Chuva intensa acaba por revelar gargalos da maior obra urbana de Alegrete

Obra orçada em R$ 18 milhões está longe de amenizar problemas da zona ribeirinha

 

A chuva que castiga a cidade em praticamente todos os pontos, com mais de 200 mm de precipitação ( o número não é da Defesa Civil, que não conseguiu informar o quanto choveu até agora) começa a revelar um quadro dramático na concepção e execução da obra de revitalização do arroio Regalado. A população vizinha, consequentemente, já sofre as consequências conforme vídeo exibido nesta semana pelo Canal Em Questão. 

https://www.youtube.com/watch?v=sxjF1SJJhbE

Nesta quinta-feira a situação se agravou. Moradores enviaram vídeos da rua Peru. A galeria que substitui o antigo valão, se tornou um grande problema. É como se fosse uma taipa e é ali que alaga todo um setor do bairro Vera Cruz. Os moradores protestam porque não nenhuma boca de lobo para captar as águas que descem tanto da parte alta do bairro quanto do bairro ao lado, Sepé Tiaraju. O local, antes das ocupações era uma espécie de esponja natural das águas que desciam desde a avenida Rondon e ía para o arroio.

Se morar ali e conviver com os constantes alagamentos desde que a obra chegou a este ponto, o tormento vai ser rotineiro novamente em outros pontos, caso a obra continue a apresentar problemas hidráulicos segundo um engenheiro consultado pelo EQ.

“É evidente que interrompeu o fluxo normal. Deveriam ter canalizado as águas com estruturas com dimensionamento que absorvesse todo o volume de águas. Poderão alegar que as obras ainda não foram concluídas… aí reside algo ainda mais sério pois, com isso, estarão admitindo o problema e não tomaram medidas preventivas”, disse. Ele pediu anonimato, por questão de ética profissional.

“O Regalado é o segundo mais importante talvegue da cidade, para lá são dirigidas grande parte das águas de precipitações, portanto deveria ser desobstruído de “jusante para montante”(princípio básico de drenagem) e o que fizeram ficou resumido a uma dragagem na parte intermediária, resolvendo pequena parte do problema. Além disso, as canalizações adjacentes aparentemente estão longe do dimensionamento correto.

 

Veja imagens onde os bueiros estão quase “afogados”, isto pode levar a ruptura das estruturas por pressão excessiva.

Segundo o engenheiro falta uma maior proteção das laterais, onde aparecem novos fluxos dágua. “São três linhas dágua. Falta drenagem lateral. A situação é que aparecem muitos problemas porque, apesar do volume ser o mesmo, a concentração de chuvas tem sido maiores”, enfatiza.

 

“Hoje o que temos é um trecho central com boa aceitação das águas, mas logo abaixo por deficiência de vazão ocorre o transbordamento, algo que deveria ter sido previsto. Todo o Projeto parece ter sido considerado apenas como uma estrutura viária e o caso merece um tratamento de engenharia hidráulica”, disparou.

As enxurradas que acabavam por criar problemas na Prado, agora trocaram de endereço. Tem a avenida criando uma taipa nos fundos da Sepé Tiaraju e a obra das galerias criando alagamentos na Vera Cruz e Sepé. O problema dos bairros Vila Isabel, Macedo e Santo Antônio, por enquanto estão longe de serem resolvidos, conforme era promessa dos criadores da obra.

O Regalado recebe água desde a Br 290, depois todas as águas formadas à esquerda da avenida Assis Brasil e rua dos Andradas, no sentido bairro centro, e não tem mais a calha profunda como há 40 anos. Com a obra, a carga de água está muito mais veloz. “Ainda tem toda a água que desde abaixo do Corredor dos Papagaios e dos quartéis. O problema é hidráulico e não viário”, reforça o engenheiro consultado pelo EQ.

Há outros profissionais que avaliam que a obra deveria ser iniciada de baixo para cima. “Se não for feito a limpeza e ampliação do canal na parte de baixo, inclusive com a ampliação da ponte sobre a rua Barão do cerro Largo, não vai resolver. Esta situação tem que ser estendida até o rio, porque senão mais pessoas serão atingidas, o que nega todo objetivo do projeto”, conclui.

 

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Alegrete está entre os locais de risco de exploração sexual de criancas e adolescentes no RS

Pesquisa Mapear, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), estudou 655 pontos em 120 municípios do Rio Grande do Sul para identificar locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado.

Os dados são relativos ao biênio 2023 e 2024 e estão incluídos no portal da ferramenta SmartLab de monitoramento, projeto conjunto entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desses pontos, foi constatada exploração sexual de crianças e adolescentes em 12 deles.

O número de locais considerados vulneráveis no período 2023/2024 diminuiu em relação ao biênio anterior, no qual foram mapeados 967 pontos em todo o Estado. O levantamento considera “pontos vulneráveis” aqueles que apresentam características passíveis de aumentar o risco de ocorrências, como ausência de atuação do Conselho Tutelar ou a existência de pontos de prostituição, de consumo de drogas e bebidas alcoólicas.

Pontos de parada em rodovias, como hotéis, motéis, postos de abastecimento também fazem parte do levantamento. Neste domingo (18), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

No Rio Grande do Sul, a cidade com mais pontos de risco em números absolutos é Uruguaiana, com 38 pontos identificados. Entre as regiões abrangidas pelas unidades do MPT no Interior, outros municípios abarcados pela Procuradoria do Trabalho no Município de Uruguaiana, como Santana do Livramento (25) e Alegrete (21), também se incluem entre as vinte cidades com mais pontos de risco identificados.

A região Norte do Rio Grande do Sul, atendida em sua maior parte pela unidade do MPT em Passo Fundo, é a que apresenta mais cidades entre as vinte com mais pontos críticos verificados: Sarandi (22), Erechim (17), Carazinho (12), Frederico Westphalen (11) e Passo Fundo (11).

Segundo levantamento divulgado este ano pela entidade Safernet no Dia da Internet Segura, em 11 de fevereiro, as denúncias sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil na internet registraram uma queda em 2024 em comparação com 2023, ano que a ONG recebeu número recorde de queixas. A ONG recebeu 52 mil denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes, o que representou 26% a menos que em 2023.

Ranking de cidades gaúchas com mais pontos de risco de exploração sexual

1º) Uruguaiana: 38;
2º) Santa Maria: 26;
3º) Sant’Ana do Livramento: 25;
4º) Sarandi: 22;
5º) Lagoa Vermelha: 22;
6º) Alegrete: 21;
7º) São Leopoldo: 17;
8º) Erechim: 17;
9º) Rosário do Sul: 16;
10) Eldorado do Sul: 15;
11º) Cachoeira do Sul: 14;
12º) Rio Pardo: 12;
13º) Carazinho: 12;
14º) São Gabriel: 12;
15º) Frederico Westphalen: 11;
16º) Pantano Grande: 11;
17º) Passo Fundo: 11;
18º) Tapes: 11;
19º) São Sepé: 11;
20º) Camaquã: 10.

 

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Cidade

Prefeitura faz drenagem inédita na avenida Alexandre Lisboa

A Prefeitura de Alegrete, por meio da Secretaria de Infraestrutura, está implementando uma ação de drenagem urbana que visa combater os problemas de alagamento na cidade.

Com o objetivo de retirar a água acumulada das vias e direcioná-la para a galeria fluvial, a iniciativa promete trazer mais segurança e um trânsito mais fluido para todos os cidadãos. Inicialmente, as equipes trabalharam na avenida Alexandre Lisboa.

Esta ação é inédita na cidade tem planejamento cuidadoso. O objetivo segundo a Prefeitura, é garantir que as vias permaneçam seguras e acessíveis, especialmente em períodos de chuvas intensas.

Com essa intervenção, a Prefeitura busca não apenas minimizar os alagamentos, mas também proporcionar um ambiente urbano mais seguro e confortável para motoristas e pedestres.

A Secretaria de Infraestrutura reafirma seu compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos alegretenses, investindo em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável da cidade.

 

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Heilli explica na Câmara o plantão 24h para a Zona Lste

A Secretária de Saúde iniciou falando dos avanços e dificuldades à frente da pasta. Sobre o projeto, esclareceu que ainda está vigente o Plano Municipal de Saúde 2022, que termina agora final de 2025.
 
Informou que este não contempla a estratégia na saúde na Zona Leste, e que na Conferência Municipal de Saúde pautará o Plano Municipal para os próximos 4 anos.
 
O evento ocorre dentro de algumas semanas, e segundo a Secretária, será neste a construção e aprofundamento do que a comunidade necessita na unidade. Afirmou que o atendimento 24 horas desafoga o sistema de saúde, mas precisa ser resolutivo.
 
“Vamos construir a saúde que nós queremos para Alegrete e buscar estratégias para atender a todos”, completou a Secretária Heilli.

Nas manifestações, os vereadores pediram para repensar a espera até a Conferência, e que seja feito um planejamento estratégico com um estudo completo, apontando o que precisa de recursos humanos, infraestrutura, orçamento mensal e equipamentos.

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