A prisão de um primo da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, 40 anos, desaparecida e encontrada morta em Alegrete, foi um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que não descarta a hipótese de participação de organização criminosa na execução do crime.
O suspeito, de 30 anos, acusado de estar interessado em parte da herança deixada pelo pai dela, já falecido, foi detido pela Polícia Civil entre uma ação realizada entre a tarde e a noite dessa quinta-feira.
Para a promotora de Justiça Rochelle Jelinek, que conduz a investigação no MPRS, existem elementos suficientes para a imputação dos crimes ao suspeito. Ele teria encomendado os crimes aos executores que a sequestraram, com o fim de obter vantagem financeira e patrimonial e se apossar de bens e valores da vítima.
Diante disso, a promotora de Justiça Rochelle Jelinek pediu a prisão do indivíduo, que está sendo investigado pelos crimes de extorsão mediante sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
Residente em Dublin, na Irlanda, a vítima veio de férias para Alegrete. Ela foi sequestrada e desapareceu na noite de 19 de junho passado.
Na noite do desaparecimento, a enfermeira embarcou em um suposto veículo, de cor preta, após deixar a residência de um familiar no bairro Vila Nova. Conforme o MPRS, a enfermeira foi morta por espancamento e estrangulamento.
O corpo dela foi encontrado por um pescador no dia 6 deste mês às margens do rio Ibirapuitã, sendo retirado das águas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. “A investigação prossegue para desvendar as circunstâncias e todos os detalhes da execução dos crimes pelas pessoas contratadas pelo mandante”, informou o MPRS.
Já na Polícia Civil, a titular da 1ª DP de Alegrete, delegada Fernanda Mendonça, confirmou nesta sexta-feira que a motivação financeira apenas será confirmada ao final do inquérito policial, mas permanece como principal linha de investigação.
Ela disse ainda que o primo da vítima está com prisão temporária decretada. Na avaliação dela, o suspeito teria importante participação no crime desde o desaparecimento de Priscila Leonardi, que foi comunicado na manhã do dia seguinte por familiares e inclusive por ele próprio.
“Após investigação e a apresentação de provas até então colhidas pela Polícia Civil ao Poder Judiciário, foi expedido mandado de prisão temporária e mandado de busca e apreensão na residência do suspeito”, afirmou em nota oficial.
“A prisão do suspeito é mais um passo nas investigações policiais. Acredita-se na participação de outros indivíduos nos crimes que levaram à morte de Priscila”, declarou a delegada Fernanda Mendonça.
Qualquer informação sobre o caso, mesmo sob anonimato, pode ser repassada ao telefone (55) 3427-0300 (plantão) ou ao WhatsApp (55) 98451-1689 (WhatsApp)
Com informações do C.P