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Quais são os sintomas da nova cepa Ômicron comparados aos anteriores


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Ômicron: quais são os sintomas da nova variante comparados aos das anteriores
Reprodução: BBC News Brasil

Ômicron: quais são os sintomas da nova variante comparados aos das anteriores

Cientistas de todo o mundo vêm estudando em detalhes a  ômicron, a nova variante do coronavírus que vem se espalhando em ritmo acelerado em vários países.

Na África do Sul, onde foi inicialmente detectada, ela já responde por mais de 90% das novas infecções. Em Londres, no Reino Unido, metade dos casos recém-notificados já são causados pela ômicron.

Algumas constatações já foram feitas, entre as quais a de que a ômicron é significativamente mais contagiosa, mas ainda há muito a ser descoberto sobre essa nova variante.

E quanto aos sintomas?

Em entrevista à BBC, o imunologista e geneticista canadense John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e conselheiro do governo britânico para Covid-19, disse que os sintomas da ômicron são “diferentes” das cepas anteriores do coronavírus.

Dor de garganta, músculos doloridos, principalmente na região da lombar, nariz entupido, problemas estomacais e fezes moles são possíveis sinais da nova variante.

“Uma das coisas que sabemos é que a ômicron é bem diferente”, disse ele, acrescentando que a mialgia (dor muscular) é uma “característica distintiva” da ômicron e que os especialistas em saúde pública não sabiam por quê.

Segundo Bell, dados da África do Sul e do aplicativo Zoe (que ajuda a reunir pesquisas sobre a disseminação e os sintomas da Covid-19 no Reino Unido) mostraram que outros sintomas incomuns da ômicron incluem “um pouco de mal-estar intestinal, fezes moles”.

“É uma das características mais interessantes. Parece que (a ômicron) está se comportando de maneira diferente”, disse ele ao programa Today, da BBC 4.

Coronavírus

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Ômicron é de duas a três vezes mais contagiosa do que delta

Médicos na África do Sul também notaram garganta inflamada em vez de dor de garganta, tosse seca, cansaço extremo e suores noturnos.

A perda do paladar ou do olfato, registrados em inúmeros pacientes que contraíram as variantes anteriores do coronavírus, não parecem estar entre os sintomas dessa variante inicialmente relatados na África do Sul.

Transmissão e reinfecção

Na entrevista, Bell acrescentou que embora algumas coisas sejam conhecidas sobre a ômicron, outras ainda não foram determinadas pelos dados.

Uma coisa que os cientistas sabem, disse ele, é sua transmissibilidade.

“Nós sabemos algumas coisas sobre esta variante e há muitas coisas que não sabemos”, afirmou.

“Sabemos que esta é uma variante altamente infecciosa, duas ou três vezes mais infecciosa que a delta, que era uma variante bastante infecciosa em si”.

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“Uma das razões pelas quais está se espalhando pelo país (Reino Unido) tão rapidamente é porque ela é muito, muito contagiosa”, acrescentou.

Um estudo preliminar sul-africano, publicado no site Medrxiv, analisou quase 3 milhões de pessoas infectadas com Covid-19. E descobriu que o risco de reinfecção pela variante ômicron é três vezes maior do que para as variantes delta e beta do coronavírus.

Os autores concluíram: “As evidências sugerem que a variante ômicron está associada a uma capacidade substancial de escapar da imunidade de uma infecção anterior.”

Ilustração do coronavírus com ômicron

Getty Images
Ainda não há dados consolidados sobre gravidade da variante ômicron, apesar de relatos da África do Sul indicarem que ela cause covid mais branda

Gravidade

No entanto, quando se trata da gravidade da doença, Bell disse “no momento, não temos realmente os dados” e acrescentou que as próximas semanas vão indicar a gravidade da variante no Reino Unido.

Um levantamento de cerca de 78 mil casos da ômicron na África do Sul, publicada na última terça-feira (14/12), descobriu que a variante está resultando em doença mais branda em comparação com as ondas anteriores, com 29% menos hospitalizações do que a cepa de Wuhan e 23% em comparação com a delta.

Richard Friedland, CEO da Netcare, o maior provedor privado de saúde sul-africano, disse ao jornal britânico The Telegraph que as primeiras tendências durante a quarta onda do país, causada pela ômicron, indicavam uma “forma muito menos severa” da Covid-19.

Durante as três primeiras ondas, 100% dos 55 mil pacientes com Covid-19 hospitalizados nas instalações da Netcare precisaram de oxigênio. Até agora, durante a nova onda, apenas 10% dos 337 pacientes hospitalizados precisaram de oxigênio, assinalou Friedland.

Ele ressalvou, no entanto, que esses resultados eram apenas preliminares e que a situação poderia mudar.

Por sua parte, autoridades britânicas recomendaram “cautela realmente séria” sobre relatos de que uma redução nas hospitalizações estava sendo observada em casos de ômicron na África do Sul.

Esse sentimento foi ecoado por Maria Van Kerkhove, líder técnica da resposta ao coronavírus da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante uma entrevista coletiva em 8 de dezembro, quando advertiu que relatos de doença leve são apenas constatações de observações em escala menor e carecem da necessária base científica e acrescentou que é “muito cedo” para tirar conclusões firmes.

Em 12 de dezembro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alertou sobre um “maremoto” da ômicron e disse: “Não cometa o erro de pensar que a ômicron não pode machucar você, não pode deixar você e seus entes queridos gravemente doentes.”

No dia seguinte, o primeiro-ministro anunciou a primeira fatalidade vítima da nova variante no país e reforçou a necessidade de vacinação, o que também foi defendido pelo imunologista John Bell.

“O melhor que podemos fazer é vacinar as pessoas que não foram vacinadas”, disse Bell à BBC.

“Isso é o que realmente prejudica o sistema.”

O Reino Unido tem tentado acelerar a vacinação no país e espera vacinar toda a população adulta com uma dose de reforço até o fim do ano.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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