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Dose da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos é menor; intervalo será o mesmo


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Crianças abaixo de 11 anos também poderão se vacinar
André Carvalho/ Smed

Crianças abaixo de 11 anos também poderão se vacinar

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou hoje (16) a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante produzido pela Pfizer. A vacina já tem registro definitivo no Brasil, e agora terá sua bula alterada para inclusão da faixa etária.

De acordo com o Gerente Geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, trata-se de uma dose menor, porém mais concentrada.

“A diferença [para a vacina de adultos] está na quantidade de princípio ativo em cada dose. Em crianças, temos uma concentração de 0,1 miligrama de partícula de RNA, o que significa 10 microgramas por dose. Na vacina de adultos, é 0,5, ou seja, 30 microgramas por dose”, explica.

O volume da injeção nas crianças também será menor – 0,2 ml. Em adultos, a quantidade é 0,3 ml. “A substância que compõe a formulação da vacina para crianças é mais concentrada, mesmo sendo menor. Por isso que o frasco tem mais doses – 10, diferente do frasco de adulto, que tem 8”, completa.

O intervalo entre a primeira dose e a segunda será o mesmo, de 21 dias. Ainda não se sabe se a dose de reforço será necessária nessa faixa etária.

Mistura com outras vacinas

A vacina contra covid-19 não deve ser intercalada com as outras que integram o calendário de vacinação. Suzie Marie Gomes, Gerente Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, orienta que os pais priorizem a imunização contra covid-19.

“O intervalo [entre a vacina contra covid-19 e vacinas contra outras doenças] tem que ser de pelo menos 15 dias. Como a recomendação é de que a 2ª dose contra covid aconteça depois de 21 dias, é conveniente essa seja priorizada”.

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Miocardite e pericardite

Sobre o risco da ocorrência da miocardite e da pericardite, inflamações nos tecido do coração, após a vacina, Suzi reforça que a incidência da doença é muito maior em quem teve a doença.

“Temos que deixar claro para que as pessoas não acreditem que é frequente. São eventos raros, que podem acontecer em uma população maior”, esclarece.

“Se há 3 mil pessoas em um estudo, e vacinamos 5 milhões, um caso ou outro pode ser identificado. Mas é importante fazer a notificação para que a Anvisa tenha conhecimento e faça a analise da causalidade. É importante também orientar os pais: não tem problema ter uma notificação de quem vacinou e uma dos pais. Temos como fazer o filtro e tratar as duplicidades no sistema”.

Vale reforçar que durante os estudos da Pfizer com a vacina nessa faixa etária, mais de 4 mil crianças foram acompanhadas, e não houve nenhum tipo de reações adversas consideradas graves.

Vacina do Butantan

Ontem (15), a Anvisa recebeu o pedido de análise para a aplicação da vacina Coronavac, do Instituto Butantan, também na população infantil. Mendes reforça que os critérios serão os mesmos utilizados com a vacina da Pfizer.

“O critério que vamos aplicar para avaliar é o mesmo que aplicamos para vacina da Pfizer. O relato de segurança nos estudos controlados, que tem aprovação de agência reguladora e apresenta todos os dados regulatórios, precisam estar disponíveis pra gente. Não pode estar em bancos que não temos acessos. Também vamos querer avaliar a questão da imunogenicidade, a capacidade de gerar anticorpos nessa população, o que embasou a decisão da Pfizer.”

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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