Em Campo
Estados com agronegócio forte darão o impulso à economia
Os estados cujas economias são atreladas ao agronegócio devem registrar em 2021 um crescimento maior do que o nacional e liderar a retomada da economia brasileira até 2022, segundo levantamento da MB Associados.
A consultoria estima que 15 estados deverão ter um avanço acima da média nacional neste ano, sendo 8 deles das regiões Centro-Oeste e Norte, além de grandes produtores agrícolas do Nordeste como Piauí e Bahia.
O maior crescimento deverá ser observado no Mato Grosso (4,97%) e o menor no Rio de Janeiro (2%). Para o PIB do Brasil a projeção é de um crescimento de 3,2%, após o tombo de 4,1% em 2020.
“A tendência que já temos visto nos últimos anos e que permanece é que estados com uma base de commodities fortes tendem a ter uma recuperação um pouco mais forte, como é o caso dos estados do Centro-Oeste especialmente”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.
Entre os primeiros colocados do ranking, Amazonas e Rio Grande do Norte são os únicos estados cuja projeção de crescimento não está relacionada diretamente ao agronegócio, e sim a uma base de comparação mais fraca, uma vez que registraram em 2020 um tombo maior que o do PIB do Brasil.
“A Zona Franca de Manaus teve dificuldades no ano passado. Teve toda questão de ser uma cadeia de produção que depende de insumos e teve muita paralisação por conta disso”, explica.
Novo ciclo de alta das commodities
A alta demanda externa por commodities agrícolas e metálicas tem impulsionado as exportações brasileiras e contribuído para a melhora das projeções para o crescimento da economia em 2021. O preço do minério de ferro teve uma alta de mais de 40% em cinco meses, e a soja um aumento da ordem de 20%.
“O que vai salvar o PIB neste ano de fato é essa questão das commodities, que estão tendo essa performance bem forte”, diz o economista.
Embora a agricultura e a pecuária tenham um peso da ordem de 5% nos números oficiais do PIB, o economista destaca que, quando é considerada toda a cadeia industrial, de serviços e de exportação relacionada ao setor, o PIB do agronegócio já representa atualmente uma participação da ordem de 30%. Nos estados do Centro-Oeste, o peso do agronegócio no PIB chega a ser superior a 80%.
“Praticamente um terço do PIB brasileiro é do agronegócio. Se junto as outras commodities –petróleo e gás, e mineração –, estamos falando de 40% a 45% do PIB do Brasil”, afirma o economista. Ele destaca, porém, que as commodities agrícolas têm uma difusão mais forte na economia, contribuindo significativamente para impulsionar a renda e o consumo nas regiões produtoras.
“São mais empresas relacionadas ao segmento do agronegócio, mais produtos, mais gente contratada e é mas espalhado regionalmente também. Então acaba tendo um impacto mais forte do que o minério de ferro e o petróleo”, diz.
A consultoria projeta que a renda total gerada pelo agronegócio deverá atingir em 2021 o volume recorde de R$ 965 bilhões, com um salto de 40% na comparação com 2020 (R$ 687 bilhões).
Sudeste e Nordeste na lanterna
O levantamento mostra ainda que, considerando os resultados oficiais desde 2010 e as projeções até 2022, os estados do Sudeste devem ter a menor taxa de crescimento acumulada.
Os cinco primeiros colocados em crescimento deverão ser Mato Grosso, Piauí, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul.
“As novas fronteiras agrícolas que foram surgindo, especialmente na região do Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) e que colocaram o Piauí e o Tocantins entre os 5 de maior crescimento, ajudam a contar a narrativa de desenvolvimento desses estados”, afirma Vale.
Já os 5 estados com o pior desempenho acumulado estão no Sudeste e Nordeste: Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe.
“Os cincos piores estados em termos de crescimento são aqueles relacionados às estruturas tradicionais da economia, especialmente com forte base em serviços, ou que tiveram menos apoio do Estado com crescimento menor do Bolsa Família e do salário mínimo”, diz o economista, acrescentando ainda que é natural que estados mais pobres cresçam mais que os mais ricos, como os do Sudeste.
Com relação à região Sul, o estudo destaca que se trata de uma economia madura tanto para a economia tradicional como para agronegócio, com estados com elevada taxa de produtividade e sem grandes extensões de área para crescimento.
Apesar das diferenças regionais e de performance, a MB avalia que, até o final de 2022, todos os estados conseguirão ter recuperado o que se perdeu com a crise da pandemia do novo coronavírus.
Na avaliação da consultoria, o Sudeste, tende a recuperar o que se perdeu com a crise pela força de sua base de serviços (São Paulo) e commodities (Minas Gerais e Espírito Santo). Já o Rio de Janeiro, apesar da forte cadeia de óleo e gás, “tem sofrido com as inúmeras turbulências políticas que acabam sendo um elemento negativo para o investimento
Em Campo
Palestra sobre as perspectivas do clima abre a Semana Arrozeira
Palestra sobre as perspectivas do clima abre a Semana Arrozeira
A partir desta terça-feira o Agro do RS volta o olhar para Alegrete. A Semana Arrozeira de Alegrete se transforma na referência para debates imprescindíveis ao setor produtivo que só no município representa 25% de retorno do ICMS.
O trabalho é intenso nos estandes desde ontem. As empresas preparam a decoração enquanto o auditório recebe os detalhes finais.
Um palco novo, com 11 metros já está montado. Para a primeira noite, dia 30, o professor Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade Federal de Alagoas, que já esteve no ano passado e encantou com sua palestra sobre o clima, abordará desta vez, sobre Perspectivas para o Clima para 2024 e tendências para os próximos 10 anos. Será moderador Gilberto Pilecco.
Na quarta-feira, dia 31, num primeiro momento, às 19h30min, a apresentação dos resultados do Projeto Agro verde oliva e entrega dos certificados aos participantes. Logo após, apresentação dos resultados do Núcleo de Assistência Técnica (NATE) IRGA nos anos 23/24 e a entrega do Selo Ambiental, a cargo de Ivo Mello, coordenador do 9º. NATE/IRGA Alegrete.
O segundo momento, às 20h30min, palestra com Marjorie Kauffmann e Marcelo Camardelli, respectivamente secretária e secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura que vão abordar o tema “Avanços conseguidos nas políticas ambientais voltadas para o desenvolvimento do Agro”, tendo como moderadora Mônia Schluter.
Em Campo
Cientista polêmico é o plastrante de hoje à noite na Semana Arrozeira
Alegrete abre o período de programações sobre esta cultura no RS. Para um Estado que já produziu 1 milhão de hectares por safra, e que vê a queda acentuada de área, ano a ano, mas com aumento da produtividade, há o dilema anual da comercialização da safra e otimização do excedente.
Por isso mesmo, a pauta abrange desde a questão ambiental do planeta, passa pelo cenário da produção e comercialização, debaterá a segurança jurídica e encerra com o cenário político nacional.
Para uma lavoura que viu um aumento de 20% no custo dos da produção, devido aos fertilizantes que dobraram de preço, em um ano, tem agora, um produtor muito preocupado, não só com o custo, de diversas variáveis, o clima e o medo de saber o que pode acontecer contra o agro, por decisões governamentais e ratificações jurídicas contra quem produz no campo.
Política tributária, taxa de câmbio, mercado latino e americano, logística e consumo interno, são alguns dos componentes que entram na mesa quando o assunto é arroz.
Nesta terça-feira, no pavilhão de ovinos, adaptado para o evento, o professor Molion, um dos maiores especialistas mundiais neste tema, fará sua conferência.
É a segunda vez que ele participa como palestrante, e é um ícone deste segmento, sendo um crítico da tese globalista sobre o aquecimento global.
SAIBA MAIS QUEM É O PALESTRANTE
Palestrante principal desta terça-feira, na abertura….
Luiz Carlos Baldicero Molion
Possui graduação em Física pela Universidade de São Paulo (1969), PhD em Meteorologia, University of Wisconsin, Madison (1975), pós-doutorado em Hidrologia de Florestas, Institute of Hydrology, Wallingford, UK (1982) e foi fellow do Wissenschaftskolleg zu Berlin, Alemanha (1989-1990). Foi por muitos anos pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais diretor da área de ciências espaciais e atmosféricas em 1985 e diretor associado em 1986, ano em que co-coordenou um projeto de pesquisa sobre a Amazônia em parceria com cientistas da NASA. Foi diretor da Fundação para Estudos Avançados no Trópico Úmido em Manaus, professor palestrante convidado da Western Michigan University de 15 a 30 de janeiro de 2001,e delegado do Brasil na 15ª reunião da Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial em 2010. É Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas.
A Associação dos Arrozeiros estará disponibilizando a transmissão em sua página no endereço abaixo..
wLhttps://www.facebook.com/arrozeirosde.alegrete?mibextid=ZbWKwL
Em Campo
SEMANA ARROZEIRA. Pesquisador faz palestra sobre evolução do plantio
O que faz a planta evoluir? Uma boa nutrição, com certeza. Este é o tema que será explorado nesta manhã pelo professor Ibanor Aghinoni, dentro da programação da Semana Arrozeira.
O manejo, que muda constantemente, o uso racional de adubo ( a partir de novas regras) faz com que o aprendizado das pesquisas cheguem até às lavouras.
Anualmente, pesquisadores como o Professor Ibanor testam e validam produtos e estratégias de fertilização de sistemas de produção.
É sobre estas novas tecnologias e o impacto na produtividade que tecnicos e produtores estarão dialogando. Não é por acaso.
No Congresso Sulbrasileiro de Arroz Irrigado, do ano passado, realizado em Santa Maria , estas recomendações foram revisadas com a coordenação do Professor Ibanor que liderou o processo até sua aprovação na plenária do Congresso.
QUEM É O PALESTRANTE
Ibanor é uma das maiores autoridades deste tema no país.
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (1969), mestrado em Ciência do Solo pela UFRGS (1972) e doutorado em Agronomia /Ciência do Solo – Purdue University (1979). Possui dois treinamentos de Pós-Doutorado: um na Purdue University, em 1986/87, e outro no Appalachian Soil and Water Conservation Laboratory/USDA, em 1993/94. Atualmente atua como Professor Titular no Departamento de Solos da UFRGS. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente no manejo da fertilidade do solo em sistemas de produção agrícola (plantio direto e integração lavoura pecuária), envolvendo as culturas de soja, milho e arroz irrigado e bovinos de corte.
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