É verdade também que manter essas regras trará outros desafios, como a questão da fiscalização, que recaiu sobre os prefeitos, e a de sensibilizar a população, especialmente quando existem tantos conteúdos falsos e com informações equivocadas, que só dificultam a conscientização. Porém, os dados não deixam de ser alarmantes. Por exemplo, na quarta-feira, às 18h, a taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado era de 100,09%.
Há uma semana, quando Leite suspendeu a cogestão com prefeitos no Modelo de Distanciamento Controlado, o índice era de 91,9%. No detalhamento, a ocupação nas regiões Metropolitana, dos Vales e a da Serra ultrapassava a 100%.
Outro ponto é que, no balanço das hospitalizações desta quarta-feira, os pacientes de Covid-19 passaram gradativamente a ocupar leitos que, até então, vinham sendo ocupados por pacientes com outras enfermidades. Assim, ao longo dessa semana, a situação não deu sinais de que retrocederá. Ao contrário. Além do aumento no número de óbitos e a ocupação do sistema de saúde que extrapolou a capacidade, foram registradas transmissões comunitárias da variante de Manaus em Porto Alegre, a chamada P1, que tem se mostrado mais agressiva.