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Paulo de Tarso

Hoje é dia de relembrar Oswaldo Aranha, o alegretense que moldou a história

Osvaldo Aranha morreu em 27 de janeiro de 1960, no Rio de Janeiro. De Ministro da Justiça a presidente da Assembleia Geral da ONU, Aranha teve papel chave na criação do estado de Israel. Contribuições de Aranha vão desde a Revolução de 1930 até a decisiva Resolução 181 que recomendou a partilha da Palestina

Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, nascido em Alegrete, RS, em 15 de fevereiro de 1894, destacou-se como um influente político, diplomata e advogado brasileiro.

Sua carreira é notável por importantes contribuições tanto no Brasil quanto no exterior. Aranha teve um papel decisivo na Revolução de 1930, apoiando Getúlio Vargas pela Aliança Liberal.

Com a vitória, assumiu como Ministro da Justiça e Assuntos Internos no governo provisório de Vargas.

Entre 1938 e 1944, Aranha foi Ministro das Relações Exteriores, aproximando o Brasil dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1947, presidiu a Assembleia Geral da ONU, sendo fundamental na aprovação da Resolução 181, que recomendava a partilha da Palestina e a criação do Estado de Israel. Esse feito lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 1948.

Osvaldo Aranha (1894-1960) foi um diplomata e político brasileiro que desempenhou um papel importante na história do Brasil, especialmente durante a Era Vargas (1930-1945) e na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).

Aqui está um resumo de sua vida e carreira:

Osvaldo Aranha nasceu em 15 de fevereiro de 1894, em Alegrete, Rio Grande do Sul. Era filho de um fazendeiro e estudou direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Carreira Política

Aranha começou sua carreira política em 1919, quando foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul. Em 1922, foi eleito deputado federal e, em 1926, tornou-se ministro da Justiça e Negócios Interiores do governo de Washington Luís.

Era Vargas

Em 1930, Aranha apoiou a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Durante o governo Vargas, Aranha ocupou vários cargos, incluindo ministro da Justiça (1930-1931), ministro das Relações Exteriores (1938-1944) e ministro da Guerra (1944-1945).

Conferência de São Francisco

Em 1945, Aranha foi nomeado chefe da delegação brasileira à Conferência de São Francisco, que criou a Organização das Nações Unidas (ONU). Aranha desempenhou um papel importante nas negociações e foi um dos signatários da Carta das Nações Unidas.

Anos Posteriores

Após a conferência, Aranha voltou ao Brasil e continuou a atuar na política. Em 1950, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul e, em 1954, tornou-se presidente do Senado Federal.

Morte

Osvaldo Aranha morreu em 27 de janeiro de 1960, no Rio de Janeiro.

Legado

Aranha é lembrado como um dos principais articuladores da política externa brasileira durante a Era Vargas e como um dos fundadores da ONU. Sua atuação na Conferência de São Francisco foi fundamental para a criação da organização e para a definição dos princípios e objetivos da ONU.

 

Importante saber…

 

Oswaldo Aranha começou sua vida política em um movimento estudantil, fazendo oposição a figuras importantes da política gaúcha, como o já ex-presidente marechal Hermes da Fonseca e o senador Pinheiro Machado.

De acordo com o Centro de Pesquisa e Documentação da História Contemporânea do Brasil (CPDOPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), já advogando, em 1917, Aranha conheceu Getúlio Vargas, que na época também era advogado.

Essa aproximação dos dois se consolidou em 1928, quando Vargas, então presidente do Rio Grande do Sul, convidou o jurista para ser seu secretário do Interior.

De acordo com o CPDOC/FGV, Aranha também foi uma das peças centrais da Revolução de 1930, que subverteu o resultado da eleição presidencial daquele ano, impedindo a posse do vencedor Júlio Prestes e levando ao poder Getúlio Vargas, o candidato derrotado.

Oswaldo Aranha teria sido uma das vozes que propagandearam as fraudes nas eleições de 1930 e, segundo o CPDOC/FGV, chefiou o primeiro ataque armado da revolução, em 3 de outubro daquele ano. Aranha também foi quem negociou a passagem do poder da junta militar que depôs o presidente Washington Luís, em meio à revolução, para Getúlio Vargas.

 

Com prestígio no novo governo, Aranha tornou-se ministro da Justiça e depois ministro da Fazenda. Depois de um tempo como embaixador em Washington, nos Estados Unidos, foi nomeado ministro das Relações Exteriores, justamente durante o período em que eclodiu a Segunda Guerra Mundial.

No fim do governo de Vargas e sem prestígio com o presidente, Aranha afastou-se da vida política para voltar a advogar, em 1944.

Em 1947, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, foi nomeado chefe da delegação brasileira na ONU, cargo que deixou no mesmo ano, depois de resolvida a questão israelense-palestina.

No segundo governo Vargas, voltou a ser ministro da Fazenda, cargo que ocupou até o suicídio do presidente. Ainda retornaria à ONU, como chefe da delegação brasileira, em 1957.

 

 

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Paulo de Tarso

Morre o cronista social Gerson Gonçalves

Morreu nesta segunda-feira, aos 77 anos, o cronista social, Gerson Gonçalves, que durante décadas manteve um tradicional espaço no jornal Gazeta de Alegrete, onde retratava fatos ligados à sociedade local.

Era ligado ao carnaval, realizou diversos eventos públicos e vinha lutando há anos contra a diabetes cada vez mais agressiva.

Quando jovem foi um apaixonado defensor do Juventus, time varzeano, onde era goleiro, diretor e relações públicas.

Gerson estava internado na Santa Casa de Caridade. O corpo está sendo velado na Capela da Angellus, na rua Daltro Filho.

Deixa uma lacuna dentro da cobertura da sociedade local e um vasto círculo de amizades não só em Alegrete, mas em todo o RS.

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Paulo de Tarso

A longa sombra das pernas curtas: Uma imersão na efemeridade da mentira em um mundo hiperconectado

O texto tem o apoio de uma IA, após um leve diálogo…o impacto da desinformação no cotidiano merece esta rápida reflexão

O ditado popular ecoa através dos séculos: “a mentira tem pernas curtas”. Uma sentença simples, quase infantil em sua construção, mas que encerra uma profundidade filosófica e prática assustadoramente relevante para o nosso tempo. Longe de ser apenas um conselho moral antiquado, a fragilidade da falsidade ressoa com uma intensidade inédita na era da informação instantânea, dos algoritmos opacos e da proliferação de narrativas fabricadas.

O Dia da Mentira, com sua tradição de brincadeiras e enganos inofensivos, serve como um portal para uma reflexão mais extensa sobre as ramificações da desonestidade em suas múltiplas camadas, do micro ao macrocosmo social.
As Raízes da Sabedoria Popular: Uma Verdade Incrustada na Experiência Humana
A metáfora das pernas curtas evoca a imagem de algo que não consegue sustentar uma longa jornada. A mentira, por sua própria natureza, é uma construção instável, erguida sobre alicerces de omissão, distorção ou invenção pura.

Diferente da verdade, que se apoia na solidez dos fatos e na coerência da realidade, a mentira necessita de manutenção constante, de uma teia de outras inverdades para se manter de pé. Cada nova interação, cada questionamento, representa um risco de desmoronamento.

Essa percepção não surgiu do nada. Ela é fruto da observação atenta das consequências da falsidade ao longo da história humana. Indivíduos que trilharam o caminho do engano invariavelmente se viram enredados em suas próprias tramas, expostos e, muitas vezes, isolados.

A confiança, um dos pilares das relações sociais, uma vez quebrada pela mentira, raramente é restaurada em sua totalidade. A cicatriz da decepção permanece, lembrando a fragilidade da palavra empenhada.

O Dia da Mentira como um Espelho Distorcido da Realidade

O 1º de abril, com sua permissividade para a invenção momentânea, funciona como um experimento social em pequena escala. Permite-nos vivenciar, de forma lúdica e geralmente sem grandes consequências, o poder e o potencial destrutivo da falsidade. Uma brincadeira inofensiva pode gerar risos, mas também expõe a facilidade com que narrativas não factuais podem ser criadas e aceitas, mesmo que por um breve período.

Essa leveza, no entanto, contrasta fortemente com a realidade sombria da desinformação e das fake news que permeiam o nosso cotidiano. A linha tênue entre a piada do Dia da Mentira e a manipulação deliberada de informações se torna cada vez mais borrada. Notícias falsas com motivações políticas, financeiras ou ideológicas se propagam com a velocidade de um clique, influenciando opiniões, polarizando debates e, em casos extremos, incitando violência e minando a confiança nas instituições.

O Labirinto Digital: Onde as Pernas Curtas Ganham Asas Velozes

A internet e as redes sociais revolucionaram a forma como nos comunicamos e acessamos informações. No entanto, essa mesma infraestrutura se tornou um terreno fértil para a disseminação de mentiras em uma escala sem precedentes. Algoritmos que priorizam o engajamento, muitas vezes em detrimento da veracidade, podem impulsionar narrativas falsas a viralizarem em questão de minutos, alcançando milhões de pessoas antes que qualquer mecanismo de verificação possa intervir eficazmente.

Nesse ambiente digital saturado de informações, a capacidade de discernir a verdade da falsidade se torna uma habilidade crucial, mas cada vez mais desafiadora. A sobrecarga informacional, a polarização de opiniões e a criação de bolhas de informação reforçam as crenças preexistentes, tornando os indivíduos mais suscetíveis a acreditar em informações que confirmam suas visões de mundo, mesmo que desprovidas de evidências.

As “pernas curtas” da mentira, paradoxalmente, parecem ganhar asas velozes no espaço virtual, impulsionadas pela arquitetura da própria internet.

A Arte da Manipulação no Mundo Tangível: Estratégias e Consequências

A mentira não se restringe ao universo digital. No mundo real, a manipulação é uma ferramenta frequentemente utilizada em diversas esferas, desde relacionamentos interpessoais até negociações comerciais e discursos políticos. Indivíduos com tendências manipuladoras tecem teias de falsidades para obter vantagens, controlar situações ou simplesmente alimentar seu próprio ego.

Lidar com manipuladores exige discernimento, autoconfiança e a capacidade de estabelecer limites claros. A identificação de padrões de comportamento enganosos, a análise crítica do discurso e a busca por evidências concretas são ferramentas essenciais para se proteger das artimanhas da manipulação. As consequências de se deixar enganar podem ser profundas, afetando a saúde emocional, a estabilidade financeira e a confiança em si mesmo e nos outros.

Além da Efemeridade: O Legado Duradouro da Mentira

Embora a expressão “a mentira tem pernas curtas” enfatize a sua natureza transitória, é fundamental reconhecer que o impacto da falsidade pode ser duradouro e reverberar por muito tempo após a sua exposição. A quebra de confiança deixa cicatrizes profundas nas relações. A desinformação pode gerar danos irreparáveis à reputação de indivíduos e instituições. Golpes financeiros podem arruinar vidas.

Portanto, a reflexão sobre a mentira não deve se limitar à sua inevitável revelação, mas também às suas consequências a longo prazo. Promover a cultura da verdade, da transparência e do pensamento crítico é um antídoto fundamental contra os efeitos corrosivos da falsidade. Investir em educação midiática, fortalecer os mecanismos de verificação de fatos e cultivar a honestidade em nossas interações são passos essenciais para construir um mundo mais íntegro e confiável.

Em última análise, a sabedoria contida na singela frase “a mentira tem pernas curtas” nos convida a uma reflexão contínua sobre o valor da verdade em um mundo cada vez mais complexo e desafiador.

Que o espírito do Dia da Mentira sirva não apenas para o humor passageiro, mas como um lembrete constante da importância de cultivarmos a honestidade em todas as esferas de nossas vidas, reconhecendo que, apesar da velocidade com que a falsidade pode se propagar, a verdade, ainda que por vezes mais lenta, sempre encontrará o seu caminho. E seu legado, ao contrário da mentira, é perene e construtivo.

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Paulo de Tarso

Brasil celebra Dia da Conquista do Voto Feminino em 24 de fevereiro

Apesar de mais de 52% dos votantes serem mulheres, a representatividade feminina em cargos eletivos ainda é desproporcional”

No Brasil, a celebração do Dia da Conquista do Voto Feminino ocorre em 24.fev. Esta data simboliza um avanço significativo na luta pelos direitos políticos das mulheres. A Lei nº 13.086 instituiu a comemoração, remetendo ao Código Eleitoral de 1932.

Esse código foi pioneiro ao garantir às mulheres o direito de votar e serem votadas, independentemente do gênero. Tal marco não só reconheceu as mulheres como eleitoras, mas também incentivou sua participação ativa na política do país.

A aprovação do Código Eleitoral em 1932 marcou o ápice de longas lutas pela inclusão feminina no espaço político. Antes dessa conquista, a possibilidade de voto feminino já era discutida, porém sem êxito.

Com a mudança na legislação, Carlota Pereira de Queiroz se tornou, em 1933, a primeira mulher eleita para um cargo federal no Brasil, marcando o início da presença feminina na Assembleia Nacional Constituinte.

A jornada em direção ao sufrágio feminino começou no final do século XIX, com movimentos em busca de reconhecimento e igualdade de direitos.

O Rio Grande do Norte se destacou em 1927 ao permitir que mulheres votassem e fossem votadas, com Celina Guimarães Viana sendo a primeira eleitora do país. Esse avanço regional precedeu a mudança nacional, evidenciando a influência feminina na sociedade.

A inclusão do voto feminino na Constituição de 1934 solidificou o direito das mulheres ao voto, ainda que com restrições iniciais. Somente com a Constituição de 1946 o voto feminino se tornou obrigatório, equiparando-se aos direitos políticos masculinos.

Atualmente, o eleitorado feminino supera o masculino, constituindo mais de 52% dos votantes. Esse número reflete a conquista do direito ao voto e a crescente participação feminina na política e na sociedade.

Contudo, a representatividade feminina em cargos eletivos permanece desproporcional, sinalizando a necessidade de avanços para uma igualdade plena.

 

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