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Agricultura e tecnologia: Chaves para o Brasil segundo Paulo Guedes

Falando em Porto Alegre, Guedes aponta setores agrícola e tecnológico como fundamentais para adaptação do Brasil a mudanças globais

No evento da Fecomércio-RS em Porto Alegre (04 de novembro de 2024), Paulo Guedes discutiu o cenário econômico global e o papel do Brasil. A palestra atraiu 500 participantes, incluindo empresários e políticos.

Guedes, ministro da Fazenda de 2019 a 2022, enfatizou a reconfiguração das cadeias produtivas e o potencial agrícola brasileiro. Ele criticou a trajetória econômica da América Latina e previu uma tendência global de conservadorismo, com redução de impostos e barreiras à imigração.

Guedes destacou as conquistas de sua gestão, como a redução de impostos e o crescimento econômico, e recebeu o prêmio Economista Destaque do Ano do Corecon-RS. O evento contou com a presença de figuras como Ernani Polo, Luis Carlos Heize e Onyx Lorenzoni. Luiz Carlos Bohn, da Fecomércio, elogiou as políticas de Guedes, alinhadas com a liberdade econômica e o incentivo à iniciativa privada.

Paulo Guedes, ao falar no evento realizado neste 4 de novembro de 2024, destacou a importância da adaptação do Brasil às mudanças tecnológicas e geopolíticas. Ele apontou a agricultura como um setor chave para o país diante do crescimento populacional.

Paulo Guedes fez um retrospecto do progresso global sob a Pax Americana e criticou a América Latina por escolhas econômicas desfavoráveis. Ele também discutiu o aumento do conservadorismo, associando-o a uma defesa dos valores ocidentais.

Durante sua gestão como ministro, Guedes afirmou ter implementado políticas para reduzir impostos e promover o crescimento, mesmo diante de desafios como a epidemia. Ele enfatizou a necessidade de taxar os super-ricos e destacou o potencial do Brasil em energia limpa e segurança alimentar.

 

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Reservas internacionais do Brasil caem 7,1% em 2024

Ações incluem venda de US$ 20,07 bilhões no mercado à vista e leilões de linha, em resposta a fatores externos e interno. Governo gasta mais do que arrecada, mas procura culpados na Faria Lima

Em 2024, o Brasil viu suas reservas internacionais diminuírem, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) em 05.jan.2025. O país encerrou o ano com US$ 329,7 bilhões, uma redução de 7,1% ou US$ 25,3 bilhões em comparação com 2023, que teve US$ 355 bilhões.

Essa queda resultou principalmente da venda de dólares pelo BC no mercado à vista, totalizando US$ 20,07 bilhões, e de leilões de linha, que somaram outros US$ 15 bilhões. Estas ações foram uma resposta à valorização do dólar, que subiu 27% em 2024, fechando a R$ 6,17.

A alta do dólar foi influenciada por fatores externos, como conflitos geopolíticos e as taxas de juros nos Estados Unidos, e internos, incluindo as eleições nos EUA e as expectativas sobre as contas públicas do Brasil.

 

A eleição de Donald Trump nos EUA e o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo brasileiro no final de novembro também tiveram impacto significativo.

No final de 2024, a atenção se voltou para o quadro fiscal do Brasil, com preocupações sobre a capacidade do governo de implementar medidas de austeridade.

Isso contribuiu para a pressão sobre o real e levou à intervenção do BC no mercado cambial. A redução nas reservas internacionais, apesar de ser uma proteção contra a volatilidade cambial, reflete os desafios da economia brasileira em um cenário de incertezas.

 

 

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Mercado

Mercado reage negativamente à política econômica do Brasil

Investidores adotam postura de aversão ao risco diante da incerteza fiscal e ações governamentais questionáveis

Investidores estão retirando suas aplicações do Brasil devido a preocupações com a gestão fiscal do governo, conforme relatório da Bloomberg publicado nesta terça-feira (18 de dezembro de 2024).

A desvalorização do real e a queda do índice Ibovespa são reflexos dessa crise de confiança, agravada pela atuação do Congresso que enfraqueceu um pacote de austeridade.

O déficit fiscal do país, que atinge 10% do orçamento anual, e a resposta considerada insuficiente do Banco Central para conter a alta do dólar, intensificam a fuga de investidores.

A situação econômica do Brasil tem gerado reações negativas no mercado financeiro. Sergey Goncharov, da Vontobel Asset Management, caracterizou o mercado brasileiro como de “venda primeiro, pergunte depois”, indicando uma postura de aversão ao risco por parte dos investidores.

Jack McIntyre, da Brandywine Global Investment Management, destacou a necessidade de ações mais assertivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reconquistar a confiança do mercado.

As modificações feitas pela Câmara dos Deputados no plano de gastos do governo, que incluíam a remoção de medidas restritivas ao uso de créditos tributários por empresas e o adiamento de reformas no sistema de pensões dos militares, contribuem para a incerteza econômica.

A relutância do governo em implementar cortes de gastos significativos, deixando para o Banco Central a tarefa de controlar a inflação por meio de aumentos na taxa de juros, suscita dúvidas sobre a eficácia da política monetária em um contexto de dominância fiscal.

 

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Mercado

Dólar atinge recorde frente ao real e fecha a R$ 6,26

Alta reflete preocupações com políticas econômicas do Brasil e impacto de medidas de austeridade do governo

O mercado financeiro brasileiro registrou um marco na economia do país nesta quarta-feira (18 de dezembro de 2024), com o dólar atingindo a cotação mais alta frente ao real, fechando a R$ 6,26.

Esse aumento reflete preocupações do mercado com as perspectivas econômicas do Brasil, especialmente em relação às políticas do governo federal.

A desvalorização do real ocorre em um contexto onde o governo implementa cortes de gastos para melhorar a saúde fiscal do país. Na noite anterior, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que proíbe a expansão de benefícios tributários em períodos de desempenho negativo das contas públicas.

A proposta inclui um mecanismo de “gatilho” para limitar o aumento de gastos com pessoal do governo em caso de déficit primário.

A Câmara deve votar em outros aspectos do pacote de austeridade, incluindo alterações nas regras do salário mínimo e nos abonos salariais. Após a aprovação na Câmara, as propostas seguirão para o Senado.

O pacote visa economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, com uma economia total de R$ 375 bilhões até 2030. No entanto, a eficácia dessas medidas para controlar o endividamento público tem sido questionada.

Declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicam que o governo pode não estar totalmente comprometido com a contenção de despesas.

O governo tem como meta zerar o déficit público nos próximos dois anos, buscando equilibrar as contas em 2024 e 2025, e gerar superávits a partir de 2026.

O mercado esperava que o governo abordasse gastos estruturais no pacote de cortes, como a Previdência e os pisos de investimento em saúde e educação, mas essas áreas não foram incluídas nas medidas anunciadas. Além do cenário interno, a economia brasileira observa a agenda internacional, com destaque para a reunião do Federal Reserve (Fed), que deve decidir sobre a nova taxa de juros americana. A maioria dos analistas espera um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas, o que ajustaria a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.

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