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Mais metade das brasileiras já foram vítimas discriminação de gênero


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77% das mulheres citam atuais cônjuges, companheiros e namorados como agressores
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77% das mulheres citam atuais cônjuges, companheiros e namorados como agressores

Pesquisa feita pela FEBRABAN-IPESPE, Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, revela que oito em cada dez entrevistadas se dizem insatisfeitas ou muito insatisfeitas com a forma como as mulheres são tratadas na sociedade brasileira. A  violência e o  assédio, seguidos do  feminicídio e da  desigualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, são os principais pontos negativos.

O estudo, realizado entre os dias 19 de fevereiro a 02 de março, entrevistou 3 mil mulheres das cinco regiões do País, com o objetivo de traçar um quadro sobre o preconceito e a violência contra a mulher no Brasil. Nesse levantamento ficou óbvia a impressão de que os casos de violência contra a mulher aumentaram durante a pandemia da Covid-19. Juntamente aos dados nacionais, registra-se um recorte sobre o sentimento nas cinco regiões do país.

Noção de violência

De acordo com a pesquisa, as mulheres têm uma percepção muito clara sobre o aumento da violência durante a pandemia. Essa opinião é maior entre as mulheres pretas com 87%, do que entre as brancas (81%) e as pardas (83%). Para 70%, homens e mulheres sofreram igualmente os impactos da pandemia nos setores econômico e de trabalho, enquanto 25% creem que as mulheres sofreram mais do que os homens impactos nesses setores.

“Indo direto ao ponto, a pesquisa nos faz um sério alerta de que, mesmo com os avanços dos últimos anos, as mulheres no Brasil ainda são, com frequência, vítimas de violência, assédio, preconceito e discriminação e de que precisamos de políticas e ações afirmativas que enfrentem esse grave problema social”, diz Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “Não podemos pensar em desenvolvimento e crescimento social e até econômico sem combater esse tipo de mazela.”

55% das mulheres entrevistadas afirmam já ter sido vítimas de violência verbal, física ou sexual ou terem tomado conhecimento de mulheres próximas que foram vítimas de ameaça, insulto, assédio ou agressão; chegando esse número a 63% na faixa etária de 18 a 24 anos. Mais mulheres pretas (61%) do que brancas (52%) e pardas (58%) declaram ter sido vítimas ou tomaram conhecimento de alguém que foi vítima de violência verbal, física ou sexual. A casa comparece como principal local da violência contra a mulher, sendo apontada por 77%.

Machismo

Os resultados obtidos também revelam que o machismo (31%) é apontado como principal motivação para os crimes violentos cometidos contra as mulheres. A impunidade ou falta de leis mais rigorosas contra o agressor (20%).

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Uma série de outras razões associadas ao machismo também são citadas, que somam 40%, como  ciúme (19%), sentimento de posse em relação às mulheres (10%), não aceitação do fim de um relacionamento (7%), restrição à independência profissional, econômica, social ou intelectual da mulher e  manifestação de desprezo pela mulher (4%).

Quando olhada para o ambiente de trabalho o preconceito e a violência continuam expressivos, 40% das entrevistadas afirmam já terem sido vítimas ou conhecerem alguém que já sofreu algum tipo de assédio moral nesse espaço por ser mulher. Percentual semelhante também aponta assédio sexual. Em ambos os casos, apenas um terço das entrevistadas declara que houve denúncia formal à empresa.

A falta de busca por ajuda não se restringe ao ambiente de trabalho, grande parte das vítimas contra a violência de gênero não denunciam. Quando questionadas sobre o assunto 51% das entrevistadas acredita que as mulheres vítimas de agressão, assédio ou ameaça não procuram ajuda ou denunciam junto a órgãos oficiais ou policiais. Somente 30% das vítimas agem dessa forma. Além desses, 14% buscam apoio informal de amigos, familiares ou conhecidos; e apenas 1% procura os diretores/gestores das empresas ou instituições onde ocorreu o fato.

Na opinião da maioria isso acontece em função do medo de represália e de perseguição (59%), sentimento que sinaliza uma relação de poder entre o agressor e a vítima. Uma relação assimétrica ou de dependência com o agressor também está na base de duas outras respostas: não perder ou se prejudicar no trabalho (11%) e depender financeiramente do agressor (2%).

Um quinto (19%) refere-se à vergonha, 15% expressam o medo de que não acreditem no fato e 10% citam a falta de confiança na Justiça.

A Delegacia da Mulher aparece como a referência mais positiva em termos de proteção e apoio nas situações de violência de gênero, sendo citada por quase oito em cada dez entrevistadas como a principal opção a recorrer.

Fonte: IG Mulher

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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura

Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h

A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.

Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.

Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.

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Mulher

Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Mulher

Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres

Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.

Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

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