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Como Juliette: aprenda a detectar o aneurisma cerebral


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Juliette teve diagnóstico de aneurisma cerebral
Reprodução/Instagram

Juliette teve diagnóstico de aneurisma cerebral

Ao ganhar o BBB 21, Juliette dedicou o prêmio à sua irmã, que morreu há 13 anos devido a um acidente vascular cerebral (AVC) provocado por um aneurisma no cérebro. Mais de uma década depois, em agosto do ano passado, a cantora foi confrontada novamente com a doença após exames de rotina indicarem uma suspeita de que ela teria um aneurisma no mesmo local.

“Quando eu saí (do exame), a médica já tinha reunido uma equipe de neurologistas e disse: ‘Você tem um aneurisma exatamente no mesmo lugar que a sua irmã teve’”, contou a ex-BBB em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, na última terça-feira.

A cantora recebeu o diagnóstico quando acompanhou a mãe em uma cirurgia, em São Paulo. Na ocasião, sua médica sugeriu que Juliette aproveitasse para fazer um “check-up”, e os exames identificaram o que os médicos acreditaram se tratar de um aneurisma cerebral. Porém, quando foi realizar a operação, Juliette foi surpreendida ao acordar da anestesia com a notícia de que não foi encontrado um aneurisma, e que na verdade havia uma “formação atípica” (da artéria).

“As artérias de dentro do crânio costumam fazer muitas curvaturas, e podem ter algumas irregularidades em suas paredes que não são aneurismas, mas que os exames interpretam como se fosse”, explica o neurocirurgião vascular Bruno Parente, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

Saiba o que é o aneurisma cerebral, seus principais sintomas, causas e formas de tratamento:

O que é o aneurisma cerebral

Estima-se que 2% da população mundial tenha algum tipo de aneurisma, que é uma dilatação anormal de uma artéria do corpo que forma uma espécie de balão de sangue, que pode crescer de tamanho e se tornar cada vez mais frágil até se romper. Quando essa anomalia acontece no cérebro, o rompimento pode provocar um AVC e, em casos mais graves, uma hemorragia cerebral.

A maioria dos casos são assintomáticos, com a dilatação podendo ficar por anos no cérebro da pessoa sem que ela saiba. Geralmente, os sintomas aparecem apenas no momento em que o aneurisma se rompe. Nesse caso, os principais sinais são dores de cabeça muito fortes associadas à rigidez de nuca, náusea, vômitos e oscilação do nível de consciência.

Parente destaca que os diagnósticos têm sido identificados de maneira cada vez mais precoce, e o risco de rompimento é o que determina a gravidade do aneurisma. Aqueles que têm o tamanho maior, superiores a 8 milímetros, o formato irregular e que sejam localizados em artérias mais finas têm um risco maior de ruptura. Já os que são regulares, menores que 5 milímetros e em artérias mais espessas apresentam risco menor.

“Quanto maior o risco, maior a chance do neurocirurgião indicar um tratamento. Em casos leves, pode ser indicado apenas o acompanhamento”, diz o neurocirurgião.

Formas de tratamento

No caso de ruptura, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível para o hospital para que seja realizado o fechamento do aneurisma. O tratamento mais utilizado chama-se embolização, em que um catéter (uma espécie de tubo) é introduzido pela virilha do paciente e chega até o aneurisma, onde consegue fechá-lo. No outro método, cirúrgico, o aneurisma é exposto para que seja colocado um clipe em seu início, que impede o recebimento de sangue.

“Quando o tratamento é feito no aneurisma descoberto de forma precoce, antes da ruptura, as chances de sucesso superam 95%, e o risco associado à cirurgia varia de 0,5% a 1,5%, um risco baixo. Quando o aneurisma é diagnosticado após o rompimento, a taxa de sucesso é reduzida a menos de 50%, e os riscos são bem mais altos”, diz Parente.

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O ideal, explica o especialista, é estar atento aos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do problema e, se for o caso, que a pessoa mantenha um acompanhamento médico.

Causas do aneurisma

De acordo com Parente, pode haver uma tendência genética em determinadas pessoas para que as artérias sejam mais resistentes ou mais frágeis, mas na maioria das vezes o que determina o desgaste dos vasos que venha a formar o aneurisma são os hábitos de vida e outros problemas de saúde.

Os de maior relevância são a hipertensão arterial, o aumento do colesterol do sangue (porque ele agride as paredes do vaso), a diabetes e o hábito do tabagismo. Algumas doenças também podem contribuir para a fragilidade dos vasos, como as renais ou reumatológicas. 

Além disso, a idade é o fator principal junto aos hábitos, sendo mais comum o diagnóstico entre os 40 e os 55 anos, reforça o neurocirurgião.

Por isso, Parente destaca que pessoas que tenham mais de 40 anos e um dos fatores de risco, e experimentem uma forte dor de cabeça atípica, ou qualquer sinal de disfunção neurológica, devem procurar imediatamente um neurologista.

Ele reforça, no entanto, que o tratamento tem bons resultados quando o diagnóstico é precoce e, mesmo em casos de rompimento, está cada vez mais eficiente.

“Nos últimos 15 anos, talvez tenha sido uma das áreas da medicina que mais avançou. Essas taxas elevadas de sucesso dos tratamentos são graças a esses avanços, que devem continuar nos próximos anos”, afirma o especialista.

Como prevenir

Como forma de prevenção, a principal recomendação dos especialistas é que aqueles que sofrem de hipertensão tenham a pressão arterial controlada; que seja evitado o hábito de fumar;  que sejam praticados exercícios físicos de forma rotineira e que os níveis de glicose e colesterol do sangue sejam monitorados. 

Além disso, pessoas com dois ou mais parentes de primeiro grau que têm ou já tiveram um aneurisma devem começar a consultar um neurologista a partir dos 16 anos de idade para monitorar o possível surgimento do problema.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19

 Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia

Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.

Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.

Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.

Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.

A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.

Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.

A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde. 

 

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Mulher

Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Saúde

CAPS II completa 34 ANOS

Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.

A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.

A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!

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