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Covid-19: imagem revela como infecção pode alterar o cérebro


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Covid: exames de imagem revelam como infecção por coronavírus pode alterar o cérebro
Rebecca Morelle – Editora de Ciência da BBC News

Covid: exames de imagem revelam como infecção por coronavírus pode alterar o cérebro

Rebecca Morelle – Editora de Ciência da BBC News

Pegar covid-19 pode causar alterações no cérebro, sugere um estudo publicado na revista científica Nature .

Cientistas encontraram diferenças significativas em exames de ressonância magnética realizados em pacientes antes e depois da infecção.

Mesmo após uma infecção leve, o tamanho geral do cérebro havia encolhido um pouco, com menos massa cinzenta nas partes relacionadas ao olfato e à memória.

Os pesquisadores não sabem ainda se as mudanças são permanentes, mas enfatizaram que o cérebro é capaz de se recuperar.

“Estávamos olhando para uma infecção essencialmente leve, então perceber que de fato podíamos ver algumas diferenças no cérebro (do paciente) e o quanto seu cérebro havia mudado em comparação com aqueles que não haviam sido infectados, foi uma grande surpresa”, afirmou Gwenaelle Douaud, principal autora do estudo, do Wellcome Centre for Integrative Neuroimaging, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O projeto UK Biobank acompanha a saúde de 500 mil pessoas há cerca de 15 anos e possui um banco de dados de exames registrados antes da pandemia, proporcionando uma oportunidade única de estudar os impactos do vírus na saúde a longo prazo.

Os cientistas realizaram exames novamente em:

– 401 participantes, realizados 4,5 meses, em média, após a infecção (96% dos quais tiveram covid leve);

– 384 participantes que não tiveram covid.

E descobriram que:

– O tamanho geral do cérebro em participantes infectados havia encolhido entre 0,2 e 2%;

– Houve perdas de massa cinzenta nas áreas olfativas e regiões ligadas à memória;

– Aqueles que haviam se recuperado recentemente da covid acharam um pouco mais difícil realizar tarefas mentais complexas.

Mas os pesquisadores não sabem até que ponto as mudanças são reversíveis ou realmente importam para a saúde e o bem-estar.

“Precisamos ter em mente que o cérebro é realmente plástico — com isso, queremos dizer que pode se curar sozinho —, então há uma boa chance de que, com o tempo, os efeitos prejudiciais da infecção diminuam”, explica Douaud.

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A perda mais significativa de massa cinzenta ocorreu nas áreas olfativas — mas não está claro se o vírus ataca diretamente esta região ou as células simplesmente morrem por falta de uso depois que pessoas com covid perdem o olfato.

Também não está claro se todas as variantes do vírus causam este dano.

Os exames foram realizados quando o vírus original e a variante alfa eram predominantes, e a perda de olfato e paladar era um dos principais sintomas.

Mas o número de pessoas infectadas com a variante ômicron que relatam este tipo de sintoma caiu drasticamente.


Paola Totaro

BBC
Paula Totaro perdeu o olfato quando pegou covid, em março de 2020

‘Sua mente é o que está sendo exercitado’

Paula Totaro perdeu o olfato quando pegou covid, em março de 2020.

“Quando desapareceu, foi como viver em uma bolha ou no vácuo — senti um isolamento”, diz ela à BBC News.

Mas após entrar em contato com a instituição beneficente AbScent, que apoia pessoas que perderam a capacidade de olfato e paladar, ela começou a treinar o olfato.

“O que o treinamento do olfato faz — especialmente se você praticar duas vezes por dia, regularmente, religiosamente — é forçar você a sentir o cheiro, permitir que ele volte para o nariz e depois pensar no que você está cheirando”, explica.

“E essa conexão entre o que está no mundo exterior e o que entra em seu cérebro e na sua mente é o que está sendo exercitado.”

Totaro recuperou agora a maior parte do olfato — embora ainda tenha dificuldade em identificar cheiros diferentes.

“É uma mistura de alegria que o sentido voltou, mas ainda um pouco de ansiedade por ainda não ter chegado lá”, diz ela.


Sobre o estudo, a cientista-chefe do UK Biobank, Naomi Allen, diz: “Isso abre todos os tipos de questões que outros pesquisadores podem seguir sobre o efeito da infecção por coronavírus na função cognitiva, na névoa cerebral e em outras áreas do cérebro — e realmente focar as pesquisas na melhor forma de mitigar isso”.

O professor David Werring, do Instituto de Neurologia da University College London (UCL), também no Reino Unido, disse que outros comportamentos relacionados à saúde podem ter contribuído para as mudanças observadas.

“As mudanças na função cognitiva também foram sutis e de relevância pouco clara para as funções do dia a dia”, observa.

“E estas mudanças não são necessariamente vistas em todos os indivíduos infectados e podem não ser relevantes para cepas mais recentes”.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19

 Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia

Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.

Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.

Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.

Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.

A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.

Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.

A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde. 

 

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Mulher

Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Saúde

CAPS II completa 34 ANOS

Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.

A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.

A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!

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