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Estudo explica motivo de Alzheimer ser mais diagnosticado em mulheres


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Alzheimer: pesquisadores descobrem por que as mulheres têm mais risco de sofrer da doença
Reprodução: ACidade ON

Alzheimer: pesquisadores descobrem por que as mulheres têm mais risco de sofrer da doença

Embora se saiba que as mulheres têm mais risco de desenvolver a doença de Alzheimer, as causas que levam a esse fenômeno eram até então desconhecidas pela ciência. Porém, um estudo publicado na revista científica Nature, nesta semana, encontrou uma resposta para a questão.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Emory, da Escola de Medicina do Monte Sinai — ambas nos Estados Unidos — e da Academia Chinesa de Ciências descobriram que o aumento do hormônio folículo-estimulante (FSH) atua diretamente nos neurônios estimulando uma área ligada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

De acordo com a Associação Americana de Alzheimer, cerca de dois terços dos casos da doença nos Estados Unidos são na população feminina, especialmente após a menopausa.

Para descobrir o que leva a essa predominância, os pesquisadores se basearam em resultados de estudos anteriores que ligam a formação de placas de duas proteínas no cérebro, a beta-amilóide e a tau, ao estímulo de uma via neuronal chamada C/EBPβ/AEP, que, por sua vez, impulsiona o surgimento de doenças neurodegenerativas.

“Com base nessa teoria, nossa equipe procurou hormônios femininos que são drasticamente alterados durante a menopausa e testou qual deles ativa seletivamente a via”, explicou em um comunicado o professor do Instituto de Tecnologia Avançada de Shenzhen (SIAT) da Academia Chinesa de Ciências, Keqiang Ye, um dos autores do estudo.

Em uma série de experimentos envolvendo camundongos, os responsáveis pela descoberta observaram que a elevação do FSH, hormônio que atua no ciclo menstrual e na maturação dos óvulos na mulher, acelerou no cérebro a formação das placas beta-amilóides e tau. Apesar de também ser produzido pelo corpo masculino, o FSH é encontrado em maiores quantidades na população feminina, e tem seus valores aumentados durante a menopausa.

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“Estamos animados e cautelosamente otimistas de que a molécula FSH pode desempenhar um papel importante na doença de Alzheimer. Com base nessa descoberta, desenvolvemos e esperamos testar em breve um anticorpo monoclonal humanizado que bloqueia o FSH e pode ter enormes implicações para a saúde pública”, disse o professor de Medicina e Ciências Farmacológicas na Escola de Medicina do Monte Sinai, e autor do estudo, Mone Zaidi, em comunicado.

Experimento aliviou sinais da doença

O estudo teve duas frentes, uma com camundongos machos e outra com fêmeas da espécie. Na população masculina, foram injetadas doses do FSH, o que resultou no aumento de sinais ligados à patologia da doença de Alzheimer.

Já nos camundongos fêmeas, os pesquisadores retiraram os ovários dos animais e administraram um tratamento com anticorpos anti-FSH para bloquear a produção do hormônio. Além disso, eliminaram o receptor de FSH dos neurônios para impedir a sua ligação com as células do cérebro. Em todos esses métodos, a patologia do Alzheimer e a disfunção cognitiva foram aliviadas.

Este não é o primeiro estudo que liga a ação de um hormônio ao desenvolvimento da doença. Em estudo publicado na revista Alzheimer’s and Dementia, envolvendo dados de quase 160 mil pessoas, pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental identificaram que baixos índices de testosterona em homens mais velhos têm relação com aumento de casos de Alzheimer. A causa para essa ligação, no entanto, ainda não foi descoberta.

Hoje, no Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) estima que há 1,5 milhão de pessoas vivendo com a doença. Um estudo epidemiológico de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Queensland, na Austrália, publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia em 2021, mostrou que, até 2050, os casos de Alzheimer podem quadruplicar na população brasileira caso medidas de saúde não sejam adotadas.

Além disso, no último ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta em que afirmou que o mundo está falhando no combate à demência — que tem como uma das principais causas a doença de Alzheimer — e destacou que o diagnóstico pode alcançar 139 milhões de pessoas em 2050.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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