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Março Amarelo: Cólica não é frescura e pode ser endometriose


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Endometriose: pesquisa aponta que riscos são maiores para mulheres que trabalham à noite
Reprodução: Alto Astral

Endometriose: pesquisa aponta que riscos são maiores para mulheres que trabalham à noite

Você tem  cólica? Qual é a intensidade dessa cólica? Quando ela é incapacitante, dentro e fora do período menstrual, pode ser sinal da  endometriose, uma doença caracterizada pelo implante de um tecido semelhante ao que reveste a cavidade do útero, fora do útero. 

Foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021, um problema de saúde pública pela forma como interfere na qualidade de vida da mulher, já que, muitas vezes, ela não consegue sequer levantar da cama para o seus afazeres diários ou trabalhar. E ainda pode atrapalhar os sonhos de quem deseja ser mãe, pois é a principal causa da infertilidade feminina.

“A dor severa pode ser intensificada ainda na evacuação, na micção e nas relações sexuais, sendo a principal causa de dor pélvica e de absenteísmo na mulher. De 40 a 50% das adolescentes com cólicas incapacitantes podem sofrer de endometriose”, alerta o ginecologista Mauricio Abrão, professor de Ginecologia da FMUSP e o atual presidente da Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica (AAGL).  

A psicóloga Vânia Camanzi passou por isso. “Por muitos anos ouvi médicos dizendo que sentir dor era normal. Me receitaram anti-inflamatório, injeção para dor…e nada funcionava. Depois de muito tempo descobri que as dores eram da endometriose”, explica. 

São 7 milhões de brasileiras sofrendo com o problema, segundo a OMS, sendo que em 2019, 11.790 precisaram de internação. Uma delas foi a enfermeira Tathiane Fátima Bastos da Cruz (38 anos), que começou com cólicas fortes aos 13 anos, desde a primeira menstruação, mas só foi diagnosticada portadora da doença aos 27.

“Estava tentando engravidar e acabei descobrindo a endometriose. Passei por nove cirurgias até 2019, sendo 5 videolaparoscopias e 4 laparotomias exploratórias, e em uma delas, acabei com uma perfuração no intestino. Foram cinco meses no hospital, ficando um mês em coma e dois meses na UTI. Saí em uma cadeira de rodas, tive que aprender a andar, escrever e me alimentar.”

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“Com o intestino grosso totalmente removido, usei uma bolsa de colostomia, que foi retirada apenas em 2019, quando passei por uma cirurgia de reconstrução intestinal. Hoje, faço sondagens 4 vezes ao dia, com sonda específica, para evitar infecções urinárias, pois tenho uma lesão permanente na bexiga causada pela endometriose. É triste quando a pessoa acha que cólica é frescura. Não é”, confessa. 

O que causa a endometriose?

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As causas da endometriose são multifatoriais e não são totalmente esclarecidas, mas sabe-se que o tecido que reveste a cavidade do útero (endométrio) pode refluir de forma retrógrada pelas tubas uterinas e a baixa imunidade pode facilitar o implante deste tecido fora do útero.  O problema é que o diagnóstico leva, em média, de 7 a 10 anos e precisa ser realizado com exame clínico, de acordo com as queixas, e com ultrassom especializado com preparo intestinal. 

“A endometriose pode ser classificada como superficial, quando apresenta lesões com menos de 5mm de profundidade, principalmente no peritônio, camada que reveste internamente o abdômen. Como ovariana, com cistos a partir de meio centímetro, compostos por um líquido chamado de endometrioma ovariano.E, por fim, a profunda, que são lesões de mais de 5mm de profundidade com nódulos de vários tamanhos. Pode-se infiltrar em ligamentos, em vários órgãos da cavidade abdominal ou até mais distante”, conta Mauricio Abrão, que estuda a doença há mais de 30 anos e é o idealizador da nova classificação da endometriose, utilizada mundialmente desde novembro do ano passado.   

Tratamento da endometriose

O tratamento vai depender da intensidade do problema e das queixas da paciente, mas  pode ser pela prescrição de hormônios e analgésicos/anti-inflamatórios para tratar a dor.

“Essas medicações não reduzem o foco da doença, por isso, o acompanhamento com os exames de imagem periódicos é essencial e, se for o caso, a indicação da laparoscopia, cirurgia minimamente invasiva, para remoção dos focos”, explica o especialista, que é Coordenador do Setor de Ginecologia Avançada da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. 

Vale lembrar que a endometriose não tem cura, mas quando muito bem tratada pode ser administrada. “Precisamos informar as mulheres sobre a doença. Quanto mais o diagnóstico demora, mais chances os focos têm de se espalharem e afetarem outros órgãos, como a bexiga e o intestino”, avisaAbrão. 

Fonte: IG Mulher

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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura

Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h

A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.

Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.

Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.

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Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres

Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.

Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

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