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BA.2: estudo mostra que subvariante é mais agressiva que a Ômicron


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Foto: Governo de MG

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Um estudo feito por pesquisadores japoneses das universidades de Tóquio, Kumamoto, Hokkaido e Kyoto demonstrou que a subvariante BA.2 da Ômicron é mais agressiva que a cepa original. O trabalho, ainda não revisado por pares, apontou que as cargas de RNA viral da BA.2 nos pulmões de camundongos foram “significativamente maiores” do que em ratos infectados com BA.1.

A preferência da Ômicron original pelas vias aéreas superiores em vez dos pulmões era apontada por especialistas como um dos motivos de menor letalidade da nova variante. No entanto, seu novo subtipo parece infectar também as células dos pulmões, o que aumenta o risco de morte.

— O novo estudo sugere que talvez a BA.2 tenha todas as características ruins da BA.1, mas também as que ela não tinha. Por exemplo, essa facilidade de infectar o pulmão como outras variantes anteriores faziam, em especial a Delta. Muitas pessoas morriam em decorrência da pneumonia desenvolvida pela infecção — explica o médico Salmo Raskin, geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

Na pesquisa, os cientistas observaram que a capacidade de reprodução da BA.2 é 1,4 vezes maior que a apresentada por BA.1. Eles concluíram também que a subvariante é resistente à imunidade induzida pela Ômicron original. Ou seja, quem se infectou com uma cepa pode ser contaminado com a outra posteriormente.

“Nossas investigações em multiescala sugerem que o risco de BA.2 para a saúde global é potencialmente maior do que BA.1”, escreveram os pesquisadores.

Segundo Raskin, este é o primeiro trabalho científico que ponta um maior risco de gravidade da BA.2 em comparação com BA.1.

— Esse estudo serve de alerta. Muito se fala sobre o risco de a BA.2 superar a BA.1 como cepa dominante, como já ocorreu na Dinamarca, Índia, Filipinas e Singapura. Uma possível disseminação dessa subvariante no Brasil poderia interromper nosso início de declínio dos casos, gerando novos picos e mortes — diz o médico.

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Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostrou que ainda não há sinais de crescimento da subvariante BA.2, da Ômicron, no Brasil. Na última semana analisada (6 a 12 de fevereiro), 98,9% dos casos positivos apontam para a sublinhagem BA.1.

Os cientistas ponderaram no estudo que as diferenças genéticas entre BA.1 e BA.2 são grandes, refletindo nas características virológicas e na maior patogenicidade (risco de agravamento da doença) da subvariante quando comparada à Ômicron original. Por isso, os pesquisadores sugerem que a BA.2 deveria ser declarada como uma nova variante de preocupação e ganhar sua própria letra grega.

Resistente a vacinas e a anticorpos monoclonais

Os pesquisadores testaram a resistência da BA.2 à imunidade gerada por vacinas e anticorpos monoclonais — anticorpos “prontos” que são usados como tratamento contra a Covid-19.

Assim como a BA.1, a subvariante se demonstrou altamente resistente à imunidade gerada pelas vacinas Moderna e AstraZeneca. No entanto, a BA.2 foi “quase completamente resistente” a dois anticorpos monoclonais terapêuticos — o Casirivimab e o Imdevimab — e foi 35 vezes mais resistente ao Sotrovimab quando comparado com a Ômicron original.

Tanto BA.1 quanto BA.2 se mostraram altamente resistentes aos soros convalescentes de pessoas que já tinham se infectado com outras variantes de preocupação, como Alfa e Delta.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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