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Personalidade felina: pesquisa visa melhorar compreensão sobre gatos
Um estudo científico recente sobre descobertas em relação à personalidade dos gatos, denominado “Cat-Tri+” traz o complemento de uma linha de pesquisa relacionada aos traços de personalidade dos felinos e a convivência deles com as pessoas.
Como base, o estudo mostra que os felinos contam com traços de psicopatia, mas como alerta Juliana Damasceno , especialista em comportamento e bem-estar felino, o termo “psicopatia” remete a um sentindo muito negativo e possivelmente degradante para a imagem do felino. Porém, o sentido do estudo visa justamente melhorar a forma como os gatos de estimação são vistos pelas pessoas.
É preciso, antes de tudo, deixar claro que o estudo mostra traços da personalidade padrão dos gatos herdadas de seus ancestrais selvagens e que os ajudavam a sobreviver na natureza, sendo o instinto felino e que não se deve levar de forma negativa a palavra que, aqui no Brasil, é entendida de forma muito negativa.
Entendendo a pesquisa e os traços da personalidade dos felinos
O CAT-Tri + traz uma série de questionamentos para que os tutores possam definir os traços de personalidade de seus gatos de estimação, levando em conta características básicas como: mesquinhez, desinibição e ousadia (que são ligadas à psicopatia).
- Mesquinhez: ou falta de empatia, seria um comportamento que traria benefícios para os ancestrais de nossos gatos domésticos para conseguir recursos, como território e alimentos, por exemplo.
- Desinibição: caso de gatos que têm um gosto todo especial em escalar, arranhar ou derrubar objetos pela casa.
- Ousadia: gatos mais desinibidos, que tendem a ser mais dominantes e menos tímidos/sem medo.
O teste tem como objetivo principal fazer com que os tutores consigam identificar o perfil de seus gatos e, por meio disso, buscar uma forma de corrigir ou diminuir certos comportamentos considerados mais indesejáveis, como mudanças de humor. Isso, segundo os pesquisadores, ajudaria a diminuir o abandono e sacrifício de gatos mal compreendidos.
De acordo com Juliana, que é doutora em psicobiologia, o termo usado se refere à dificuldade social dos gatos, ligadas à genética – ou ancestralidade dos felinos.
“Quando nós pensamos na ontogenia e filogenia dos gatos, nós não temos um animal social. Então ele é um animal que está em construção de características sociais, de acordo com o ambiente doméstico, tanto para interações entre gatos, assim como interações com pessoas”, explica a especialista.
Mesmo um gato que possa ser identificado como um gato não sociável, por meio da realização do teste, existem outras formas de tornar o gato um animal mais sociável. “No entanto, depende muito de como são colocadas em prática algumas formas de comunicação, porque o natural do gato é se comunicar de uma maneira diferente socialmente, além de ser uma espécie diferente, mas também de não ter um repertório social extenso”, conta a especialista.
Existem muitas divergências entre comunicações sociais entre diferentes espécies. Enquanto nós, humanos, nos comunicamos pelo olhar, os gatos, ao se contatarem pelos olhos, estão se confrontando. “Há muitas divergências nas nossas comunicações. Então é sempre importante trazer bastante conhecimento aos tutores de gato sobre as comunicações felinas para que nós encontremos vias de comunicações positivas”, afirma.
Quando o gato é muito vocal
Uma das questões abordadas no Cat-Tri+ se refere aos gatos muito vocais, ou seja, que costumam fazer muito barulho, especialmente durante a madrugada, e atrapalham o sono dos tutores.
“Como a própria pesquisa salienta, as questões comportamentais precisam de investigação, tanto física, quanto comportamental. As vocalizações noturnas, por exemplo, podem ter uma conotação de reprodução. Então nós precisamos avaliar se o gato é ou não castrado, e como foi castrado. Vocalizações noturnas podem também ser falta de gasto energético diurno. Então é importante ajustar os níveis de energia”, ressalta Juliana.
Conforme a especialista explica, quando se é feita uma avaliação de personalidade de um gato e, muitas vezes, essa avaliação vai dar indícios de questões comportamentais que merecem tratamento. A hipervocalização pode ser gerada por diversas questões, como hipertireoidismo, dor, conflitos e estresse.
“Conflitos e estresse por gatos no mesmo ambiente, por gatos fora do ambiente, ou seja, um gato no ambiente residencial avistando gatos externos que estão ameaçando o território deles”, diz. Além disso, a vocalização noturna também pode ser uma recompensa que o tutor, mesmo sem perceber, faz com que o gato tenha um padrão vocal.
“Por exemplo, se a pessoa levanta de madrugada e oferece comida na tentativa de fazer o gato parar de miar, ela recompensou o pet por chama-la de madrugada. Então, muitas vezes, os comportamentos inadequados, ou anormais, dos gatos também podem ser estimulados pelos próprios tutores. Por isso é importante a avaliação de um especialista em comportamento e também de um médico veterinário, para identificar se não há nada na saúde que esteja afetando o comportamento”, alerta.
Por que os gatos nos acordam durante a madrugada e o que pode ser feito
Como explica a especialista em comportamento felino, os gatos são mais ativos durante a noite por serem animais crepusculares, ou seja, eles têm mais energia durante os fins de tarde e início de manhã.
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“O que acontece, muitas vezes, é que os gatos não são estimulados no ambiente doméstico durante esses períodos e os curtos períodos de sono que eles têm à noite já são o suficiente. Então eles tentam ter alguma atividade durante a noite acordando os tutores”, alerta.
O ideal, para garantir que o pet e os próprios tutores tenham uma melhor qualidade de sono, seria realizar um gasto de energia, estimulando o comportamento de caça com brinquedos para os gatos, antes de dormir, e evitar atender ao chamado de madrugada. Além disso, explica a doutora em psicobiologia, oferecer um alimento antes de dormir, sendo um alimento palatável, úmido, que vai oferecer maior saciedade após as brincadeiras, auxilia bastante.
Então o ideal seria realizar um gasto energético estimulando comportamentos de caça com brinquedos para os gatos à noite antes de dormir e evitar atender os chamados de também oferecer alimento antes de dormir, algo palatável, úmido que vai promover maior saciedade após a brincadeira auxilia bastante.
Cuidado ao corrigir o comportamento do seu gato
Muitas vezes vemos indicações de que o uso de um borrifador com água pode ser usado para corrigir comportamentos considerados inadequados. Está errado! De acordo com Juliana, o uso do borrifador é uma péssima ideia.
“A ciência traz que a utilização de metodologias aversivas – como o borrifador, fazer barulho, gritar, bater palma – não são técnicas eficazes para nós tratarmos o comportamento, pois não temos uma aprendizagem duradoura”, explica.
“Quando nós interrompemos um comportamento por meio da adição de algo desconfortável, podemos até agravar aquela questão. Então, por exemplo, se eu tenho um gato que está vocalizando por estresse e o repreendo, eu posso aumentar este estresse e eu posso promover uma reação de agressividade”, alerta a especialista.
Com a repreensão, o tutor estará instituindo o medo e ele gera uma sensação de ameaça que irá fazer com que o gato se defenda. “Então nós podemos agravar a situação comportamental quando usamos um aversivo, como borrifador, por exemplo. Então o ideal é que nós identifiquemos as causas que alteram os comportamentos”, ressalta.
No caso dos miados de madrugada, por exemplo, os tutores precisam ajustar o gato energético e tentar não reforçar o comportamento de ser acordado e fazer o gato entrar na rotina da casa.
“Os gatos são muito rotineiros e é muito fácil fazer com que eles aprendam os horários que as coisas vão acontecer. Então, para nós tratarmos um comportamento, precisamos sempre identificar quais são as causas que levam até aquele comportamento. As motivações e as bases emocionais daquele comportamento. Do contrário não vamos ter uma solução e podemos até mesmo prejudicar ainda mais o estado físico e mental daquele indivíduo e também trazer prejuízos ao tutor”, completa.
Entendendo melhor os bichanos
O que muitas pessoas apontam como algo negativo, quando não conhecem os bichanos, é o olhar aparentemente frio que os felinos têm. Acontece que os gatos não têm muitos músculos faciais.
Esse olhar vazio que se recebe de um gato não é porque eles estão planejando um ataque contra a humanidade, mas porque eles se comunicam de outras maneiras, usando a cauda, as orelhas e outros sinais de linguagem corporal.
Os cientistas que realizaram o estudo teorizaram que comportamentos “psicopáticos” em gatos antigos provavelmente os deram melhor acesso a recursos como comida, água e o colo dos humanos.
Esses traços de personalidade também tornaram os gatos antigos mais adequados para um estilo de vida solitário, uma tendência evolutiva que acabou sendo interrompido quando as pessoas capturaram os gatos e os levaram para viver em casas e, muitas vezes, não entendem porque os felinos não se comportam de maneira “100% agradável”.
Primeiro, faça uma verificação de bem-estar. Muitos dos comportamentos negativos em que os gatos se envolvem decorrem de sofrimento físico ou mental (como explicado anteriormente). Se o gato de repente está “uivando” muito, sendo mais destrutivo ou indo ao banheiro fora da caixa de areia, o tutor deve levá-lo ao veterinário para descartar uma possível doença.
Também é sempre válido consultar um especialista em comportamento veterinário (ou terapeuta para gatos, se preferir), para determinar se os pets não estão passando por estresse ou outros gatilhos, resultando no comportamento indesejado.
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Pets
Mundo cão. Pets terão carteira de identidade
Governo Federal anunciou a criação do Cadastro Nacional de Animais Domésticos nesta quarta-feira (26 de dezembro de 2024).
O sistema teria como objetivo salvaguardar cães e gatos em todo o Brasil com uma carteira de identidade nacional a partir de 2025.
Segundo os mentores desta iniciativa o objetivo é o controle de doenças e o combate aos maus-tratos. O cadastro, em fase final de testes, será liberado em janeiro.
Ele fornecerá um número de identidade único para cada animal, reunindo informações vitais, incluindo dados do responsável e histórico de saúde.
Para obter a identidade do pet, os tutores precisarão acessar o sistema com a conta gov.br. Serão solicitadas informações para o cadastro e, uma vez completado, o sistema emitirá uma carteirinha com foto do animal e um QR Code.
Este código pode ser impresso e fixado na coleira do pet, facilitando a identificação e o acesso às informações por autoridades e profissionais da saúde.
Vanessa Negrini, diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Diretos Animais do Ministério do Meio Ambiente, destacou a importância do cadastro. “Por meio desse sistema, nós vamos saber quantos cães, quantos gatos, nós temos no Brasil, em que bairro, em que município, em que Estado. Quem está castrado, quem não está castrado, ou seja, quanto mais pessoas cadastrarem e informarem seus animais, mais dados teremos para direcionar os esforços dessa política pública”, explicou Vanessa.
ONGs e municípios também poderão realizar o cadastramento, ampliando o alcance do sistema. O processo de cadastro será gratuito, facilitando a adesão dos tutores de animais domésticos em todo o país.
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Abrigo de animais é atingido por deslizamento em São Paulo
Abrigo para animais abandonados é atingido por deslizamento de terra após as fortes chuvas na última sexta-feira (11), as imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que a terra invade a rua e para a poucos centímetros das casinhas que ficam na calçada em frente, disponíveis para abrigar cães em situação de rua.
Câmeras de segurança registraram o momento do deslizamento.
Segundo Liliane Lima, dona do Pancinha Feliz, alguns moradores da região se uniram para ajuda a limpar o local, que foi invadido pela água. A prefeitura, de acordo com ela, apenas limpou parte da via obstruída.
“A prefeitura veio, retirou um pouco da sujeira, mas ainda não terminou de limpar a via. Graças a Deus, alguns amigos me ajudaram a fazer a limpeza do Pancinha Feliz, mas enquanto a prefeitura não dá um posicionamento, nós ficamos com o medo e a insegurança”, diz Liliane ao Canal do Pet.
O Pancinha Feliz funciona como um hotel para animais de rua, com casas, comedouros e bebedouros disponíveis para que animais de ruam tenham onde passar a noite e se alimentarem, além de fazer diversos resgates de animais abandonados e em situações graves de maus-tratos.
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Liliane conta com a colaboração de doações de rações para cães e gatos, produtos de limpeza, cobertores, medicamentos, e consultas ao veterinário. Por meio do Instagram é possível acompanhar o trabalho e a evolução de muitos animais resgatados.
Interessados em ajudar, podem entrar em contato por meio por telefone ou via WhatsApp. Além de acompanhar o andamento do trabalho e prestações de conta (destino das doações arrecadadas) pela rede social.
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Gatos escondem sinais de dor e o tutor precisa entender os detalhes
Vivendo na natureza os gatos ficam vulneráveis aos predadores e, por isso, precisam mostrar agilidades e força para não se tornarem alvos fáceis. Mascarar sinais que indicam dor faz parte do instinto de defesa desses felinos, para não demonstrarem fraqueza. Mesmo já domesticados há cerca de 10 mil anos, os gatos domésticos ainda preservam esse instinto, tornando mais difícil para os tutores perceberem quando os pets estão com algum problema.
Ainda assim, com atenção ao comportamento do bichinho, é possível perceber quando ele está sentindo dor ou algum tipo de desconforto, um dos sinais mais comuns é a falta de apetite. Além disso, ficar quieto, se isolar, alterar hábitos alimentares e de higiene também podem ser indícios de desconforto.
Como diz a médica veterinária Alessandra Farias, quando um gatinho que normalmente é amoroso mostra incômodo ao receber carinho, chegando a ficar agressivo ou até mesmo perdendo o interesse de brincar, é um sinal de alerta de que algo de errado está acontecendo com o pet.
Dificuldades de locomoção, muitas vezes, estão relacionadas a doenças que causam inflamação nas articulações do gato e provocam dor. Um claro sinal de que o animal pode estar sentindo um incômodo é a dificuldade de saltar, como em subir e descer de móveis – algo que gatos fazem naturalmente no dia a dia.
Por isso é fundamental que o tutor preste atenção na rotina do gato e observe se os movimentos do pet estão diferentes, como andar curvado ou até mudança na posição de dormir.
“A doença articular degenerativa (DAD), caracterizada pela degeneração e inflamação nas articulações, é a causa mais comum de dor crônica em gatos, prejudicando muito a qualidade de vida dele”, explica a veterinária.
Também é importante ficar atento ao ato de urinar do felino, caso haja alguma mudança, pode indicar que o gato não está bem. Quando o pet vai até a caixa de areia tem dificuldade para urinar, não conseguindo ou fazendo em pouca quantidade, ou até fazendo em locais inapropriados, são indícios de uma possível cistite, inflamação na bexiga que pode causar obstrução da uretra e micção dolorosa.
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Alteração de apetite e aumento da sede também podem estar relacionados a outros problemas renais, que geralmente provocam dor conforme o avanço da doença, mas que precisam de um diagnóstico mais precoce possível para o devido tratamento e acompanhamento.
Alessandra explica ainda que, ao sentir dor, o felino também pode apresentar depressão, perda de peso, se lamber excessivamente e ter sensibilidade ao ser tocado em determinada região do corpo e alerta que apenas um médico veterinário é capacitado para fazer um diagnóstico, por meio de uma análise clínica e exames e, assim direcionar o pet para o tratamento mais adequado e seguro.
“O gatinho pode sentir dor ou desconforto por vários motivos e cada caso é um caso. Como nós, seres humanos, os pets precisam passar por consultas de forma periódica, porque também podem ser acometidos por doenças infecciosas, degenerativas, articulares, distúrbios gastrointestinais, doenças de pele, entre outras”, comenta.
Mais conforto ao medicar os pets
Identificar o problema é apenas o começo, outro desafio para os tutores costuma ser a hora de dar o medicamento ao bichano. Uma dica é recorrer aos medicamentos manipulados, como um meio de facilitar o tratamento.
“Formas farmacêuticas diferenciadas e manipuladas com sabores mais agradáveis para o gato reduzem o estresse do animal, que geralmente não aceita comprimidos e tenta se defender no momento de ingerir a medicação”, diz a veterinária, que sugere três opções de medicamentos.
- Filme oral: pode ser colocado no céu da boca, onde o medicamento é absorvido rapidamente.
- Pasta oral: pode ser colocada na boca ou na pata do pet para ele lamber.
- Caldas e molhos: soluções ideais para colocar sobre a ração ou alimento úmido.
“Mas é importante ressaltar que qualquer diagnóstico e tratamento só podem ser indicados por um médico veterinário”, completa.
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