Saúde
Gripe, resfriado, Covid-19 ou dengue: entenda diferenças e sintomas
As chuvas de verão trazem consigo uma explosão de casos de uma doença já conhecida entre os brasileiros: a dengue.
Febre, dores de cabeça e no corpo, cansaço e mal-estar são alguns de seus sintomas.
Mas essas também costumam ser manifestações relatadas por quem contrai covid-19, gripe ou até mesmo resfriados.
Portanto, como diferenciar cada uma dessas doenças?
Alguns sinais, como o modo de evolução dos sintomas, podem até dar algumas pistas, mas só um exame de sangue pode confirmar o diagnóstico, advertem especialistas em saúde.
Em comum, todas essas doenças são causadas por vírus.
No entanto, eles são distintos: a covid-19 é provocada pelo Sars-CoV-2, da família do coronavírus; a gripe, pelo vírus da família influenza; o resfriado, por rinovírus, adenovírus e parainfluenza; e a dengue, por flavivírus.
E, no caso da covid-19, gripes e resfriados, há outro elemento unificador: o modo de transmissão é por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada. Já a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Confira abaixo outras diferenças.
Dengue
É uma infecção viral transmitida principalmente por meio da picada de um mosquito fêmea infectado por um flavivírus, geralmente o Aedes aegypti (também responsável pela transmissão do vírus chikungunya, febre amarela e Zika).
Há quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4), cada um com interações diferentes com os anticorpos humanos. Ou seja, as pessoas têm quatro possibilidades de serem infectadas.
Seu sintoma clássico é a febre alta, que aparece abruptamente no começo da infecção. No caso da covid-19, esse sinal não necessariamente é o primeiro e em muitos casos pode nem aparecer.
Os sintomas respiratórios, bastante comuns na covid-19, também são raros “na dengue, que não costuma causar sintomas respiratórios como coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido) ou tosse”, explicou a médica infectologista Melissa Falcão, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, em entrevista recente à BBC News Brasil.
Aliás, no contexto atual, com diversas epidemias ao mesmo tempo no país, a especialista ressalta que no caso de sintomas respiratórios os profissionais de saúde responsáveis pelo paciente “devem fazer sempre o diagnóstico diferencial entre o covid-19 e a gripe causada pelo vírus da Influenza A H3N2, o que só pode ser feito com segurança através de exames laboratoriais específicos”.
A dengue costuma durar de quatro a dez dias, mas seu impacto pode durar semanas. Pode ser não grave (com ou sem sinais de alarme) ou grave, e o diagnóstico pode ser feito por exame clínico e confirmado por exame de sangue.
• Dengue não grave sem sinal de alarme: presença de sintomas comuns como enjoo, febre, vermelhidão no corpo, vômito, dores de cabeça, nos músculos, articulações e ao redor dos olhos.
• Dengue não grave com sinais de alarme: é a fase após a febre cessar para dar início a um ou mais sintomas considerados de alarme, como vômitos persistentes, sangramentos, acúmulo de líquidos nas cavidades do corpo, a exemplo do pulmão e coração, tonturas, aumento do fígado e da concentração do sangue.
• Dengue grave: Presença de uma ou mais manifestações, pode apresentar choque (palidez e prostração, sudorese e queda da pressão arterial), dificuldade para respirar em decorrência do extravasamento plasmático (saída de líquido dos vasos sanguíneos), comprometimento grave dos órgãos, como rins, fígado, cérebro e coração, sangramentos importantes, entre outros.
“O período de extravasamento plasmático e choque leva de 24 a 48 horas, é de rápida instalação e curta duração, podendo levar ao óbito, se não tratado adequadamente, em um intervalo de 12 a 24 horas”, explica Falcão.
Por fim, ela explica que a expressão “dengue hemorrágica”, que se popularizou, deixou de ser usado por causa da “falta de precisão na identificação dos casos graves na classificação anterior, deixando passar despercebidos muitos casos graves, pois seu próprio nome sugeria que para ser grave tinha que ter hemorragia, o que não é verdade”.
Covid-19
Em todas as variáveis, a infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2 pode se dar sem ou com sintomas, que vêm alterando bastante a depender da variante ligada à infecção.
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A covid-19, doença causada por esse vírus, pode se apresentar em três formas: leve, moderada ou grave. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório em amostras colhidas no nariz, principalmente.
Os sintomas mais comuns (quando se fala da “versão” do vírus logo no início da pandemia, em 2020) eram tosse seca, febre, cansaço e perda de olfato e de paladar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) listava também sintomas menos comuns (dor de cabeça, garganta, diarreia, olhos vermelhos e irritados, e erupções na pele) e sintomas graves (falta de ar, perda de mobilidade e fala, dor no peito e confusão mental).
Mas, ao longo do tempo, surgiram cinco variantes de preocupação do coronavírus: alfa, beta, gama, delta e ômicron.
Os principais sintomas da variante delta, por exemplo, são parecidos com os da alfa, como tosse, dor de cabeça, dor de garganta, obstrução nasal, coriza, dor abdominal e manifestações na pele.
No caso da variante ômicron, a mais contagiosa delas, os sinais mais comuns identificados por pesquisadores são: dor de garganta, fadiga, nariz escorrendo, espirros e dor de cabeça e em outras partes do corpo — perda de olfato e paladar se tornou bem mais incomum. Tosse contínua e súbita, falta de ar e febre alta ainda são sintomas significativos, além de diarreia e calafrios.
O agravamento dos sintomas da covid-19 não costuma ser tão acelerado como é no caso da dengue, mas mesmo a ômicron, considerada menos grave que outras variantes da covid-19, ainda pode matar. Vale lembrar que na última semana de janeiro de 2022 morriam cerca de 300 pessoas por dia da doença, mais do que a dengue matou no ano inteiro de 2021.
Além disso, importante ressaltar que esses sintomas são os mais comuns, segundo levantamentos e estudos de especialistas ao redor do mundo, mas não quer dizer que sejam os únicos. Há dezenas de sinais associados à doença (como lesões na pele, queda de cabelo, confusão mental e ansiedade), tanto no momento da infecção quanto depois, na condição conhecida como covid longa (que afeta milhões de pacientes ao redor do mundo por semanas, meses ou até anos).
Gripe
A gripe é causada pelo vírus da influenza, que possui uma extensa família, com centenas de mutações.
Esse é o motivo pelo qual a vacina contra a gripe precisa ser atualizada e administrada todos os anos.
A gripe pode ter sintomas bem parecidos aos da covid-19, mas seu período de incubação tende a ser mais curto, ou seja, os sintomas surgem rápido (de um dia para o outro, muitas vezes) e a piora no quadro tende a ser aguda.
No caso da covid, o período de incubação é mais longo — o organismo pode levar até cinco dias para manifestar os sintomas, o que explica o grande número dos chamados “falsos negativos”, ou seja, pessoas infectadas com o coronavírus, mas que obtêm diagnóstico negativo ao realizarem o teste. Além disso, sem apresentar sintomas, o indivíduo pode acabar infectando outras pessoas.
Os sintomas mais comuns da gripe são: tosse (geralmente seca), febre, dor de cabeça, dores no corpo e mal-estar e cansaço. Podem ocorrer dor de garganta, diarreia (especialmente em crianças) e coriza ou congestão nasal (nariz entupido).
Perda de paladar e olfato não é uma manifestação comum em casos de infecção pelo vírus influenza, diferentemente da covid-19.
Apesar disso, como mencionado anteriormente, esse sintoma já não vem mais sendo mais relatado com frequência em infecções pela variante ômicron, a mais prevalente no Brasil.
Resfriados
Os resfriados são provocados por outros tipos de vírus: rinovírus, adenovírus e parainfluenza.
Diferentemente da gripe, o início dos sintomas tende a ser gradual e eles costumam ser leves.
Dor de garganta, coriza e congestão nasal são algumas de suas manifestações mais comuns.
Uma tosse leve pode surgir, assim como febre (normalmente baixa), mas esses são sintomas pouco frequentes. Diarreia, dor de cabeça e falta de ar também são raros.
Os resfriados costumam melhorar em poucos dias.
Com reportagem de Cristiane Martins, de Londres
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Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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