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Subvariante da Ômicron: Virologista diz que é preciso ampliar testagem


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BA.2 é uma subvariante da Ômicron, descoberta ano passado
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BA.2 é uma subvariante da Ômicron, descoberta ano passado

Ampliar a testagem e continuar vacinando a população: esses são os elementos fundamentais para que o Brasil consiga lidar com a sublinhagem BA.2 da variante Ômicron, que chegou ao país na última semana, segundo a virologista e pesquisadora de pós-doutorado no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Karine Lourenço.

A BA.2 foi identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda e dezembro, logo depois da primeira linhagem, em diversos países, e já é predominante em alguns deles, como a Dinamarca e a Índia. No Brasil, o primeiro paciente é um jovem de 22 anos que já recebeu duas doses da vacina, e passa bem, apresentando sintomas leves.

“O que já se sabe é que ela tem seis mutações adicionais na ‘spyke’, que é a principal proteína do Sars-Cov-2, conhecida como proteína ‘S’, alvo das vacinas contra covid-19. Ou seja, a vacina usa essa proteína como base”, explica a especialista.

Não há, por enquanto, informações sobre a letalidade ou uma eventual maior gravidada da sublinhagem. “Estudos preliminares mostram que a dose de reforço das vacinas contra covid-19 têm fornecido proteção tanto contra a primeira linhagem quanto para a BA.2. Não se sabe ainda se é mais contagiosa ou letal, não se pode dizer isso com certeza. Fato é que onde elas tem surgido, o número de casos têm aumentado, mas isso não parece ter trazido uma severidade nessa doença”, analisa.

A Ômicron chegou ao Brasil no fim de novembro, e fez as estatísticas explodirem após as festas de final de ano. Com a impressão de que a pandemia estava perto do fim, o número de testes também diminuiu – e depois, houve uma falta dos dispositivos, o que segundo Karine prejudicou o controle de infecções. Desta vez, o país pode tentar se preparar começando por esse passo.

“O país pode se preparar aumentando a testagem. A testagem estava em queda desde o final do ano passado, quando os números de covid-19 também caíram. Nesse momento, é importante que a testagem aumente, principalmente no SUS, porque existe uma quantidade imensa de pessoas infectadas com a Ômicron que não apresenta sintoma, como as pessoas com esquema vacinal completo. Essas pessoas estão assintomáticas transmitindo sem saber que estão infectadas”, diz. 

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“Nesse momento é importante que a testagem volte a patamares altos, como estavam ano passado antes da queda do número de casos. Outra importante ferramenta é a vacinação. Quanto menos o vírus circular na população, menos mutações ele sofre. Um vírus que não circula, não muta. Enquanto o vírus continuar circulando nessa proporção, ele vai sempre sofrer mutações”, completa.

Identificação de variantes

Para identificar a qual linhagem uma amostra retirada de um teste de covid-19 pertence, os pesquisadores fazem um procedimento chamado sequenciamento do genoma. Karine explica como se dá esse processo.

“Esse exame não é feito pelo SUS, não tem como saber pelo RT-PCR, é o exame faz sequenciamento do genoma total do vírus, ou seja, de todo material genético do vírus ou de parte dele. Só através desses ensaios, do sequenciamento de genoma em laboratório, é possível diferenciar variantes. Não é possível diferenciar através de sintomas, isso não acontece.”

Diante disso, ela reitera que os cuidados devem ser redobrados até que as características da BA.2 sejam descobertas.

“É muito importante que as pessoas continuem usando máscaras, se vacinem e vacinem seus filhos para que o vírus pare de circular e que a gente consiga sair dessa pandemia. O que acontece, como falei anteriormente, é que o vírus está circulando muito, e assim muta muito, porque cada individuo é um ambiente novo para ele. O mais importante é continuar usando máscara, tomar a vacina e obviamente, a testagem.”

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19

 Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia

Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.

Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.

Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.

Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.

A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.

Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.

A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde. 

 

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Mulher

Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Saúde

CAPS II completa 34 ANOS

Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.

A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.

A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!

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