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Sintomas de Covid longa são novo temor gerado pela variante Ômicron


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Ômicron: A dor de garganta se torna sintoma mais comum da nova variante da covid
Giulia Granchi – Da BBC News Brasil em São Paulo

Ômicron: A dor de garganta se torna sintoma mais comum da nova variante da covid

Após a explosão de casos provocados pela variante Ômicron, os especialistas agora começam a lidar com um novo cenário da doença: o aumento de pacientes com a Covid longa deflagrado pela nova variante.

Esse conjunto de sequelas de longa duração da Covid acontece quando os sintomas duram pelo menos quatro semanas após a infecção, chegando até a 12 semanas — há relatos de pacientes cujas manifestações perduram mais de um ano.

O médico Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que, até hoje, “ainda é um mistério” prever quem vai desenvolver o problema. Além disso, é difícil precisar que tipo de sintomas surgirá.

“É um painel enorme de manifestações, não é uma doença única. Há alterações neurológicas, cardíacas… Ainda precisamos de mais tempo para essa avaliação em relação à Ômicron. Na maior parte das vezes, o problema vai se reduzindo com o passar do tempo. A queixa mais comum que temos ouvido dos pacientes é o cansaço, a moleza e a dificuldade de concentração” , conta.

Perfil de risco

Um novo estudo publicado na revista científica Cell aponta fatores que favoreceriam o desenvolvimento da Covid longa.

Os pesquisadores destacam quatro itens: diabetes tipo 2, fragmentos de material genético do coronavírus no sangue no início da infecção, a presença de certos autoanticorpos — aqueles que se voltam contra o corpo em doenças como lúpus e artrite reumatoide — e a reativação do vírus muito comum Epstein-Barr, causador da mononucleose.

Ou seja, é difícil prever, fora do ambiente hospitalar, quem estaria mais suscetível, mas é mais uma tentativa da ciência de desvendar por que a doença persiste em cerca de 10% das pessoas que têm Covid e quem são elas.

Delta vs Ômicron

Com a variante Delta, levantamento feito no Reino Unido mostrou que 2% da população tinha sintomas longos. Entre eles, fadiga, perda de olfato e concentração, cansaço. Até agora, ainda não se sabe ao certo quais efeitos a Ômicron vai deixar a longo prazo, mas já há indícios. Entre os sinais mais comuns relatados por pacientes, estão dores musculares, tosse, nariz escorrendo e cansaço.

Embora os dados sobre reflexos de longo prazo da Ômicron ainda sejam escassos, a preocupação é real.

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“A vacinação ajuda, mas o número de casos de Covid provocados pela Ômicron é muito maior do que nas ondas anteriores. Então, digamos que agora apenas 1% ou 0,5% dos infectados desenvolva a Covid longa, diante desse número gigantesco, não vai ser pouco” , alerta Salmo Raskin, geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

O fato de os casos serem menos graves, seja em razão das características da própria variante seja pelas vacinas, não significa que estão descartados problemas futuros. Pesquisa realizada por um grupo de imunologistas de Yale comprovou que, mesmo a doença leve pode levar ao desenvolvimento da Covid longa, inclusive com sintomas neurológicos.

A boa notícia é que os cientistas já comprovaram que a vacinação diminui bastante o risco desses desdobramentos. Levantamento do governo britânico constatou que duas doses da vacina diminuem em 41% a chance de relatar sintomas da síndrome, quando comparado a não imunizados.

“Precisamos entender o papel das vacinas, agora com muito mais gente vacinada, e o da própria Ômicron. Mas, da mesma forma que os casos graves se concentram entre quem não é vacinado, é o que deve acontecer na Covid longa” , afirma Chebabo.

Agora, os olhos se voltam para os grupos menos imunizados: as crianças.

Um estudo feito no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo com crianças com doenças crônicas mostrou que 43% delas tiveram pelo menos um sintoma persistente da doença nas 12 semanas após a infecção. Os mais frequentes eram dor de cabeça (19%), dor de cabeça severa (9%), cansaço (9%), dificuldade respiratória (8%) e dificuldade de concentração (4%).

Chebabo diz que isso reforça a necessidade da vacinação das crianças o mais rápido possível:

“Com a primeira dose já há um efeito benéfico de proteção, com menor risco de desenvolver Covid longa, porque há uma resposta imune, mesmo que parcial.”

Estudo publicado na revista JAMA mostrou que uma única dose de vacina reduz o risco de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) em cerca de 90%. Nenhum menor, com idades entre 12 e 18 anos com duas doses de vacina, apresentou SIM-P.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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