Contato

Saúde

Covid: o que revelou estudo com voluntários infectados de propósito


source

BBC News Brasil

Covid: o que revelou estudo com voluntários infectados de propósito
James Gallagher – Reporter de ciência de saúde

Covid: o que revelou estudo com voluntários infectados de propósito

James Gallagher – Reporter de ciência de saúde

O primeiro estudo de infecção deliberada com covid-19 do mundo oferece novas informações sobre os estágios iniciais da doença.

O estudo deu uma carga de covid para 36 voluntários jovens, saudáveis ​​e não vacinados no hospital Royal Free, em Londres.

Os resultados mostram onde e quando o vírus se instala no corpo – e que algumas pessoas resistem à infecção.

Futuros estudos do tipo podem ajudar a desenvolver a próxima geração de vacinas e medicamentos para covid. Eles permitem que os cientistas estudem os estágios iniciais de uma infecção, mesmo antes que os sintomas se desenvolvam.

Garota assoando o nariz

SCIENCE PHOTO LIBRARY
A carga viral é um dos fatores que influencia a contaminação

Primeiros sintomas

Cada um dos voluntários, com idades entre 18 e 30 anos, recebeu uma carga viral idêntica de covid – equivalente à quantidade em uma única gota lançada do nariz de alguém durante o pico da infecção por covid.

Mas apenas metade dos voluntários foi infectada. O foco de pesquisas futuras deve ser entender como os demais – não vacinados e sem imunidade de infecções anteriores – resistiram ao vírus.

Naqueles que desenvolveram uma infecção, o vírus decolou rapidamente: os primeiros sintomas e os resultados positivos dos testes apareceram em apenas 42 horas. O entendimento anterior era que o tempo desde a exposição ao vírus até os primeiros sintomas é de cerca de cinco dias.

O estudo mostrou também que, embora o vírus se instale na garganta, uma quantidade ainda maior pode ser encontrada no nariz, levando os pesquisadores a enfatizar a importância do uso de máscaras cobrindo ambos.

Leia Também

“É um estudo realmente único”, diz o imunologista Christopher Chiu, professor do Imperial College London, no Reino Unido.

A quantidade de vírus atingiu o pico cerca de cinco dias após a infecção e permaneceu detectável até 12 dias depois. Os sintomas foram leves, mas alguns voluntários tiveram uma perda prolongada do olfato.

“Os testes de covid feitos paralelamente com os voluntários tiveram uma boa porcentagem de detecção da presença do vírus em quantidade suficiente para infectar outras pessoas”, diz Chiu.

“Mesmo que no primeiro ou segundo dia de infecção os testes tenham menos sensibilidade, se você usá-los corretamente e repetidamente, e tomar atitudes se eles forem positivos, é possível causar um grande impacto na interrupção da propagação viral”.

Informações estratégicas

O vírus usado no estudo foi uma variante retirada de um paciente no início da pandemia. Novos estudos do tipo devem explorar variantes mais recentes.

A principal descoberta – que é relativamente seguro realizar estudos de infecção deliberada – abre novos caminhos de pesquisa.

Os estudos de infecção deliberada produziram avanços na medicina, como uma nova vacina contra febre tifoide, e espera-se que a mesma abordagem possa levar a uma nova geração de vacinas e antivirais contra a covid.

As descobertas foram publicadas online, mas ainda não passaram por peer review , ou seja, não foram formalmente revisadas por outros cientistas;

“Este importante estudo forneceu mais dados importantes sobre a covid-19 e como ela se espalha, o que é inestimável para aprender mais sobre esse novo vírus, para que possamos ajustar nossa resposta”, disse Jonathan Van-Tam, principal conselheiro médico do governo do Reino Unido.


Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal .

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!

Fonte: IG SAÚDE

Publicidade
Comentários

Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

Continue lendo

Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

Continue lendo

Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

Continue lendo

Popular