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FAEP reúne lideranças estaduais e nacionais em Assembleia Geral


A FAEP realizou, nesta segunda-feira (24), de forma remota, sua Assembleia Geral. O evento que ocorre anualmente teve a apresentação do balanço financeiro da entidade e dos planos da gestão para 2022. O encontro foi prestigiado por lideranças rurais de todo o Estado, deputados estaduais e federais e secretários do governo estadual.

Entre as presenças estiveram o líder do governo, deputado federal Ricardo Barros; o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza; o deputado federal Pedro Lupion; o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Marcio Nunes; e o deputado estadual Antônio Anibelli Neto, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, elencou as conquistas ocorridas em 2021, com destaque para o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Tivemos uma decisão favorável, depois de muita pressão política, que foi tirar o Paraná do bloco com outros Estados, que demorariam muito para suspender a vacinação, para colocá-lo em um bloco no qual foi possível acelerar esse processo e obter o reconhecimento internacional. Essa vitória foi de toda força produtora e de toda força política do nosso Estado”, afirmou o dirigente.

O deputado Antônio Anibelli Neto (foto acima), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), celebrou as grandes conquistas para o campo paranaense nos últimos três anos, principalmente o reconhecimento do Estado pela OIE. “Junto com o presidente Ágide Meneguette rodamos todo o Estado e isso culminou, no dia 28 de agosto de 2019, na maior audiência que a Assembleia Legislativa já fez na história”, lembrou. “A FAEP é uma entidade que a cada dia que passa se faz mais presente, mais forte, com mais credibilidade. Onde a FAEP está, sabemos que tem estudo, técnica, condições para entender o que o produtor está querendo e seguir em frente”, completou.

O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza (foto abaixo), sintetizou que a principal linha de atuação no Congresso Nacional por parte da FPA envolve redução de custo de produção e garantia de mercado. “Temos que ter uma percepção de que Brasil é autossuficiente e temos um excedente de produção. Dentro disso, precisamos vender o nosso excedente com qualidade e tecnologia. O Brasil é um país que produz alimento de forma ambientalmente correta, destaque no mundo todo. Isso principalmente por trabalhos que viemos fazendo nos últimos anos, pela utilização no plantio direto, mata ciliar e reserva legal”, enumerou.

Apesar disso, Souza reconheceu que há pontos para melhorar, trabalho diário dos parlamentares que representam o agronegócio no Congresso. “Temos alguns deveres de casa para resolver. Essa questão da redução do custo de produção tem que ser nossa meta. Precisamos vender nosso produto e reduzir custo de produção. Temos aspectos que estão ao nosso alcance, como redução nos custos de licenciamento ambiental, agilizar questão da logística, a questão do marco legal dos fertilizantes e a questão dos bioinsumos. Temos trabalhado nesse sentido”, resumiu.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, agradeceu o apoio da FAEP nos bons e nos maus momentos do agronegócio, referindo-se à atual crise hídrica que o Estado está passando. “Nós passamos um ano delicado da vida agrícola e pecuária paranaense. Estamos com a missão de conseguir mais prazo de pagamento, de reconstrução da nossa capacidade de planejamento para não esmorecermos. Não estamos pedindo perdão de dívidas ou qualquer coisa do tipo. O que queremos é um sinal de que podemos refazer nossa capacidade de produzir”, enfatizou o secretário.

Ortigara também elogiou a capacidade do Sistema FAEP/SENAR-PR de mobilizar diferentes áreas de atuação em parceria com outros elos da cadeia produtiva. “Quero parabenizar o esforço da FAEP, de a gente ter a possibilidade de interagir o tempo todo. Não são todos os Estados que têm essa habilidade, de buscarmos de forma conjunta aquilo que é melhor para todos os elos da cadeia produtiva, potencializando o ganha-pão paranaense, que é ser no processo agrícola e agroindustrial. Temos motivação o tempo todo para refinar as políticas, ajustar as legislações, trabalhar e produzir de forma mais sossegada”, revelou o secretário.

Participando de forma online do seu escritório no interior do Estado, o deputado federal Pedro Lupion parabenizou os produtores paranaenses e a diretoria da FAEP pelo trabalho desempenhado ao longo de 2021 que, segundo ele, beneficia todo Brasil. “Nós da bancada federal paranaense nos orgulhamos de ter essa diretoria trabalhado em prol do agronegócio brasileiro”, destacou. A qualidade da articulação da FAEP junto à esfera federal também foi mencionada. “A FAEP é sempre lembrada nos órgãos federais como uma das federações mais ativas, coerentes e combatentes do Brasil. Sempre que precisamos de apoio técnico e político, essa federação está junto para vencer desafios”, afirmou.

O líder do governo na Câmara Federal, deputado Ricardo Barros, também participou da cerimônia de maneira remota. O parlamentar falou do grande esforço feito para aprovar no legislativo federal matérias de interesse dos produtores paranaenses. “Já aprovamos o licenciamento ambiental e a regularização fundiária. Agora temos outras pautas como a questão dos defensivos agrícolas e da mineração em terras indígenas, que tem relação com a produção de fertilizantes, que precisamos avançar”, elencou.

Além das questões diretamente ligadas à produção rural, Barros destacou o trabalho empreendido no governo federal para redução do chamado Custo Brasil. “Na questão da infraestrutura, o presidente enfrentou o lobby dos pneus e são milhões de quilômetros de ferrovias que terão sua construção iniciada. Também tivemos aprovada a navegação de cabotagem [na costa brasileira], o que deve contribuir para reduzir o custo do frete e aumentar a nossa competitividade”, apontou.

Sustentabilidade

O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Marcio Nunes, também participou da Assembleia, de maneira remota. Sua pasta teve grande importância para o desenvolvimento rural do Estado nos últimos três anos, por meio de programas que tiveram grande impacto na atividade agropecuária, a exemplo do Descomplica Rural, que desburocratizou diversas operações na área ambiental, e também o “Paraná Energia Sustentável”, que tem como objetivo agilizar e racionalizar o licenciamento da atividade com foco na produção de energias renováveis.

“Na minha visão, o trabalho da secretaria deu certo. Licenciamos mais de R$ 100 bilhões em novos empreendimentos. Foi o Estado que mais licenciou no Brasil, gerando 400 mil empregos nos últimos três anos”, destacou. Nesse sentido, o secretário mencionou o reconhecimento que o Estado recebeu da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como Estado mais sustentável do Brasil. “Que a gente posa agregar mais valor aos nossos produtos, que eles possam levar a marca ‘feito no Paraná’, que indica uma produção sustentável”, apontou.

Prejuízos da estiagem

Durante a reunião, o coordenador do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, Jefrey Albers, relatou a viagem realizada pelo Paraná com integrantes do Ministério da Agricultura e da Conab, com objetivo de avaliar a amplitude da crise causada pela estiagem no Paraná.

Realizada entre os dias 10 e 14 de janeiro, a viagem percorreu 10 municípios se reunindo com produtores, lideranças rurais, representantes do poder público, cooperativas e agentes financeiros. “A quebra foi generalizada, mas pudemos observar que existe uma diferença muito grande que vai de 20% a 90% de perdas na produção. Esses relatos evidenciaram que algumas ações ainda precisam ser tomadas, para que possamos amenizar os problemas enfrentados pelos produtores”, afirmou.

Dentre as dificuldades encontradas, Albers observou duas vertentes principais: crédito e seguro rural. “Na parte de crédito, muitos pedem prorrogação de dívidas, uma questão que está contemplada no manual de crédito rural. O seguro ameniza muitos problemas, mas existem algumas questões pontuais que merecem atenção”, afirmou.

Com base nas informações coletadas durante a viagem, a FAEP, em conjunto com outras entidades representativas do agronegócio paranaense, encaminhou ao Mapa um documento formalizando os pedidos do Paraná.

Energia renovável

Luiz Eliezer Ferreira, técnico do DTE, fez um apanhado geral sobre alterações nas questões relacionadas à geração de energia elétrica renovável nas propriedades rurais e à manutenção de benefícios aos agricultores nas contas de luz. Ferreira previu uma intensificação nos investimentos de energia eólica e painéis fotovoltaicos, especialmente, pela promulgação da Lei 14.300, em 7 de janeiro de 2022. “A legislação promove maior segurança jurídica para investimentos, já que até então a geração era regulada por resoluções da Aneel. Isso deve estimular a geração de energia, democratizar o acesso e a comercialização de energia elétrica, novidade trazida com esse Lei”, pontuou Ferreira.

Outro aspecto trazido pelo técnico foi sobre a Resolução 901/2020, da Agência Nacional de Energia Elétrica. “É preciso ter atenção, pois a partir dessa norma todo produtor tem que atualizar cadastro para recebimento de benefícios tarifários. A autodeclaração e o seu protocolo serão aceitos. Estamos preparando uma nota técnica detalhando essas questões e o DTE permanece à disposição para esclarecer esses assuntos em detalhes a quem se interessar, basta entrar em contato conosco”, orientou.

Comissão de Mulheres

Ao longo da Assembleia, a coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP, Lisiane Rocha, fez um balanço das atividades do grupo ao longo de 2021 e deu um direcionamento do que deve ser realizado este ano. Entre as atividades destacadas estiveram encontros, lives, palestras sobre custos de produção em municípios como Guarapuava, Cascavel, Ipiranga, Toledo, Castro, Teixeira Soares, Campo Mourão, Toledo e Maringá. Outro destaque foi a visita técnica ao Moinho Globo, em Sertanópolis, em novembro. “Queremos que nosso trabalho seja contínuo, que não seja uma chama e que se apague. Dentro do nosso planejamento queremos continuar com formação de novos grupos de mobilização nos municípios”, previu Lisiane.

SENAR-PR

O superintendente adjunto do SENAR-PR, Carlos Augusto Albuquerque, apresentou os números da entidade referentes a 2021. “Apesar da Covid-19, que prejudicou os trabalhos presenciais pelas imposições das autoridades sanitárias, o SENAR-PR fez muita coisa nesse ano que passou”, disse. Na área de Formação Profissional Rural (FPR) foram 4.597 eventos e 49.734 concluintes ao longo de 2021, enquanto os cursos na área de Promoção Social (PS) somaram 751 eventos e 9.727 concluintes neste período.

Fonte: CNA Brasil

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Incêndio em silo de arroz em Itaqui deixa dois mortos e vários intoxicados Itaqui

Um trágico incêndio em um silo de arroz, situado na rodovia de acesso ao trevo de Itaqui, marcou a manhã deste domingo (23), resultando na morte de duas pessoas e deixando diversas outras intoxicadas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h19 para debelar as chamas que consumiam a estrutura e realizar o resgate de trabalhadores.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas fatais eram dois trabalhadores que entraram no secador de arroz sem a devida autorização da guarnição, vindo a desmaiar no interior da estrutura.

Apesar do rápido resgate e encaminhamento ao hospital, os dois homens não resistiram e faleceram.
Além das vítimas fatais, a ocorrência deixou dez pessoas intoxicadas, sendo quatro militares do Corpo de Bombeiros e seis civis.

Os militares que apresentaram sintomas foram prontamente atendidos e já receberam alta médica. Os civis, por sua vez, permanecem sob observação em unidade de saúde.

O incêndio teve início em um dos secadores de arroz do silo e demandou um intenso trabalho das equipes de bombeiros. Até o momento, os profissionais continuam no local realizando o resfriamento da estrutura para evitar novos focos.

Joicemar Ifran da Rosa(Pank), de 52 anos, e Ademir Ferreira da Roza Junior, de 34 anos, foram as vítimas fatais.

 

Os outros três colegas que foram prontamente socorridos e encaminhados ao Hospital São Patrício permanecem internados, recebendo os cuidados médicos necessários.

O Tenente Alex, comandante do pelotão do Corpo de Bombeiros, está à frente das operações no local.

As causas do incêndio e as circunstâncias que levaram à entrada não autorizada dos trabalhadores no secador estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.

A comunidade de Itaqui lamenta profundamente o ocorrido e aguarda atualizações sobre o estado de saúde dos civis que permanecem em observação. A identidade das vítimas fatais não foi divulgada até o momento.

Com informações do Portal do Ferreira

Imagem: reprodução SB News/ Portal do Ferreira

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Safra gaúcha de grãos deve atingir 36,34 milhões de toneladas, estima Conab

Levantamento da estatal aponta queda na produção de soja e aumento nas produções de arroz, feijão, milho e trigo_

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou, nesta quinta-feira (13), que o Brasil pode alcançar um novo recorde na safra de grãos. O 6º levantamento da safra 2024/2025 projeta um volume de 328,31 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% (30,56 milhões de toneladas) em comparação à safra anterior.

O crescimento da produção e produtividade, especialmente para soja, milho e arroz, somado a um aumento de 2,1% na área plantada, é atribuído à conjuntura mercadológica favorável e à expectativa de condições climáticas mais adequadas ao desenvolvimento das culturas.

No Rio Grande do Sul, a produção deve atingir 36,34 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação à safra passada. O estado se mantém na posição de terceiro maior produtor de grãos no país, atrás de Mato Grosso e Paraná, seguido por Goiás. Já a área plantada está prevista em 10,45 milhões de hectares, um aumento de 0,3%.

A queda na produção foi motivada pela estiagem, que impactou principalmente a cultura da soja. No entanto, há perspectiva de excelente produção nas safras de arroz e milho.

Durante o levantamento, realizado no final de fevereiro, a estiagem persistia no estado. As lavouras foram impactadas por chuvas irregulares e mal distribuídas, com temporais associados às altas temperaturas, o que gerou a escassez de precipitações significativas, afetando reservatórios de água.

“O nosso estado, que produz 11% da safra nacional de grãos, enfrentou novamente desafios climáticos que impactaram negativamente a cultura da soja. No entanto, o 6º levantamento apresenta perspectivas positivas para as safras de milho e arroz, o que representa um benefício significativo para o estado e para o Brasil, já que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional de arroz e de milho 1ª safra”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.

*Os números da safra gaúcha

Arroz e feijão – A produção de arroz deve atingir 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 15,9% em relação ao ciclo anterior. A área plantada está estimada em 951,9 mil hectares, com crescimento de 5,7%. A expectativa é de aumento da área cultivada em todas as regiões produtoras, especialmente na Sul e na Fronteira Oeste, devido à boa rentabilidade da cultura no momento do plantio, ao bom volume de água nas barragens e rios durante o plantio e à possibilidade de preparo antecipado das áreas, o que favorece boas produtividades.

A produção de feijão deve alcançar 76,9 mil toneladas, um aumento de 7,3%. A área plantada está prevista em 48,5 mil hectares. O cultivo de feijão cores da 1ª safra está concentrado no Planalto Superior, onde se utiliza de bons pacotes tecnológicos. A semeadura começou em dezembro e foi concluída em janeiro. Mais de 60% das lavouras estão no enchimento de grãos e 30% em florescimento. Embora a estiagem tenha impactado o desenvolvimento, as condições climáticas na região foram menos severas, e as lavouras ainda apresentam bom potencial produtivo.

A semeadura do feijão preto da 2ª safra continua no estado. Iniciada em janeiro, a operação avançou lentamente até fevereiro, quando as chuvas melhoraram as condições do solo, permitindo um aumento rápido da área semeada, que atingiu 88% no final do mês. No Planalto Médio, que é a principal região produtora, as expectativas são boas, especialmente devido à alta proporção de lavouras irrigadas. Nessa região, 90% da área foi semeada, 20% está em emergência e 80% em desenvolvimento vegetativo.

Soja – A produção de soja está estimada em 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior, posicionando o estado como o 4º maior produtor da oleaginosa, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. A área cultivada deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um incremento de 74,4 mil hectares (1,1% a mais que na safra 2023/2024).

As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares. As semeadas mais tarde sofreram prejuízos significativos, com perdas que podem ser irreversíveis. A estimativa de produtividade é de 2.495 kg/ha, uma redução de 7,5% em relação ao levantamento anterior, 16,1% abaixo da estimativa inicial e mais de 30% em relação ao potencial da cultura.

Milho – O RS é o maior produtor de milho 1ª safra. A semeadura foi concluída, e a colheita já ultrapassa 80%. A produção está prevista em 5,5 milhões de toneladas, um aumento de 13,7%. A área plantada pode chegar a 719,6 mil hectares, uma redução de 11,7%. A estimativa de produtividade média foi ajustada para 7.664 kg/ha, um aumento de 16% em relação ao mês anterior. Embora as lavouras ainda no campo tenham apresentado perdas, as lavouras já colhidas possibilitaram esse incremento. Apesar dos resultados positivos, algumas lavouras apresentaram perdas consolidadas devido à estiagem.

Trigo (safra 2025) – O estado gaúcho é o maior produtor de trigo no país. Para a safra de inverno de 2025, a produção deve crescer 4,4%, chegando a 4,1 milhões de toneladas. A área cultivada está prevista em 1,29 milhão de hectares, uma redução de 3,8% em relação ao ciclo de 2024. A produtividade média estimada é de 3.172 kg/ha. Os dados para o trigo, que será implantado por volta de maio, são baseados em modelos estatísticos e análises de mercado.

Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa

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Rio Grande do Sul enfrenta perdas bilionárias devido à estiagem

De 2020 a 2024, estado acumula prejuízo de R$ 117,8 bilhões em sua produção agrícola, segundo Farsul

Desde dezembro do ano passado, o governo federal reconheceu os decretos de situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Sul.

Esses municípios foram afetados por uma severa estiagem que comprometeu a produção agrícola do estado. A falta de chuvas resultou em uma perda estimada de 50% da produção agrícola gaúcha.

As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), oficializando a situação de emergência em diversas cidades. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a emergência em 22 municípios entre os dias 6 e 7 de março de 2025.

Entre os afetados estão Caçapava do Sul, Canguçu e Colorado, entre outros. Notavelmente, 12 desses municípios estão localizados na metade Sul do estado.

A situação em Bagé ilustra a gravidade da estiagem. A cidade anunciou racionamento de água a partir de 8 de março, evidenciando a crise hídrica.

A Barragem de Arvorezinha, esperança para mitigar os efeitos da seca, tem sua conclusão prevista apenas para 2028, após 17 anos de obras intermitentes. Em Bagé, as perdas na agricultura já superam R$ 70 milhões.

Em Canguçu, o impacto financeiro atingiu R$ 61 milhões até o momento do decreto de emergência. A estiagem não é um problema novo para o Rio Grande do Sul. De 2020 a 2024, o estado enfrentou perdas estimadas em R$ 117,8 bilhões, conforme dados da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

Confira as cidades gaúchas com situação de emergência oficializada pelo governo federal até agora

  • 07/03 – Alecrim, Bossoroca, Entre-Ijuís, Esmeralda, Guarani das Missões, Inhacorá, Lavras do Sul, Maximiliano de Almeida, Monte Belo do Sul, Pinhal Grande, Porto Vera Cruz, São José do Inhacorá e São Valério do Sul;
  • 06/03 – Caçapava do Sul, Canguçu, Colorado, Miraguaí, Quatro Irmãos, Salvador das Missões, Santa Maria, Santa Rosa e São Borja;
  • 26/02 – Dilermando de Aguiar, Entre Rios do Sul, Erval Seco, Quevedos, Rio dos Índios, Rolador, Sant’Ana do Livramento, Santa Bárbara do Sul e São Paulo das Missões;
  • 25/02 – São Pedro do Butiá e Vitória das Missões;
  • 20/02 – Faxinalzinho, Jaguari e Pirapó;
  • 17/02 – Itacurubi, Jari, Roque Gonzales, São Gabriel, São Miguel das Missões e Silveira Martins;
  • 14/02 – São Francisco de Assis e Unistalda;
  • 12/02 – Cacequi, Esperança do Sul, Itaqui, Santiago e São Nicolau;
  • 10/02 – Capão do Cipó, Independência, Maçambará, Porto Lucena, Toropi e Tupanciretã;
  • 07/02 – Júlio de Castilhos, Nova Esperança do Sul, Rosário do Sul, Uruguaiana e Vila Nova do Sul;
  • 03/02 – Manoel Viana e Santa Margarida do Sul;
  • 19/02 – Doutor Maurício Cardoso e Arambaré

 

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