Saúde
Só em janeiro, Rio tem metade dos casos de covid de todo ano de 2021
A cidade do Rio precisou de 25 dias para alcançar mais da metade dos casos de covid-19 de todo o ano passado. Só no mês de janeiro, que ainda não acabou, foram 144.180 registros da doença na capital fluminense. Como comparação, em 2021 foram 286.894. Especialistas afirmam que a explosão de notificações pode ter relação com o aumento da oferta de testes, mas a alta se deve principalmente à circulação da variante Ômicron, que se disseminou mais rápido do que qualquer outra cepa já examinada.
“Certamente, a Ômicron é muito mais transmissível. Estamos testando mais, mas ainda temos pessoas que não conseguem acessar a testagem, como foi no período passado. É uma característica específica dessa mutação ser tão mais transmissível do que nunca foi observado antes, não só nesta pandemia, mas em relação a outros vírus que a humanidade já conhecia”, explica Chrystina Barros, pesquisadora em Saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ.
A Prefeitura do Rio diz ter ampliado sua capacidade de testagem em 48 vezes deste o início do ano. Dados da Secretaria Municipal de Saúde estimam que mais de 1 milhão de testes já foram realizados. A taxa de positividade dos testes, que já esteve em 50% na segunda semana de janeiro, caiu para 39%. Significa que, em média, a cada 100 pessoas que realizam a testagem, 39 estão positivas para covid.
Cláudia Araújo, coordenadora do Centro de Estudos em Gestão de Saúde do Coppead/UFRJ, lembra que a taxa da população que teve covid-19 pode ser ainda maior, já que os sintomas da Ômicron se assemelham às sintomas gripais, e muitas pessoas não fazem o teste porque estão assintomáticas. “O número de casos dobra a cada dois ou três dias. Exatamente pelo alto poder de transmissão da Ômicron, não estamos dando conta de testar todas as pessoas que apresentam algum sintoma”, afirma a especialista. “Além disso, como os sintomas são em geral leves, muitas pessoas optam por não fazer o teste. Com isso, mesmo com os dados alarmantes, podemos afirmar que ainda há muitos outros casos que não foram computados”, completa. Nesta terça, a reportagem do DIA esteve no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca. O posto de testagem tinha movimentação tranquila.
Taxa de letalidade despenca, mas especialistas alertam para número de internados A linha do tempo das notificações mostra o aumento da transmissibilidade de acordo com a chegada das variantes. De março de 2020, quando a pandemia começou, até dezembro, a cidade do Rio registrou 217 mil casos; em 2021, foram 286 mil; e só no primeiro mês de 2022, 144 mil. Mas os números também dão boas notícias, e a principal delas é a quantidade de casos graves e de óbitos, que não acompanham na mesma proporção o crescimento dos casos leves. A taxa de letalidade, por exemplo, mede a proporção de mortes em relação às pessoas que tiveram a doença. Esse indicador despencou conforme a vacinação avançou: em 2020 estava em 8,7%; em 2021, 5,6%; em 2022, 0,1%.
Cláudia Araújo alerta, no entanto, sobre o aumento das internações. Atualmente, a cidade do Rio tem 841 pacientes na rede pública municipal, com outros 59 aguardando vaga. A taxa de ocupação de leitos está em 64%. “Como há um número enorme de infectados pela Ômicron, uma verdadeira ‘tsunami’ de casos, o percentual pequeno de pacientes que apresentam sintomas graves da doença representa um grande número de pessoas, pressionando o sistema de saúde, não somente aqui no Brasil, mas também em outros países, como os Estados Unidos”, compara.
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Para Chrystina Barros, além de reforçar a vacinação, inclusive a infantil, o momento é de pensar em restringir aglomerações, principalmente em espaços fechados e no transporte público. Na última reunião do Comitê Científico, segunda-feira (24), os especialistas ouvidos pela prefeitura concordaram com o adiamento dos desfiles das escolas de samba para abril, mas não orientaram sobre qualquer tipo de restrição a outros eventos.
“Não temos a mesma proporção de casos de óbitos e de casos graves. Mas na medida em que a doença expande para um volume muito grande, nós podemos ter, sim, sobrecarga do sistema. As medidas restritivas são bem-vindas, mas não de maneira isolada. É preciso avançar com a vacina, é preciso que as pessoas usem máscara – de preferência N95 -, mas também é importante que haja uma revisão da capacidade de lotação de espaços fechados, e que o transporte público seja revisto. É uma série de fatores. Não há solução única”, avalia a especialista.
Vacinação para crianças de 10 anos começa nesta quarta
O último dia da vacinação exclusiva para crianças de 11 anos teve movimentação tranquila nos postos de saúde. A partir dessa quarta-feira (26), crianças de 10 anos serão vacinados; na quinta (27), crianças de 9 anos ou mais; na sexta (28) e no sábado (29), crianças de 8 anos ou mais. A partir da próxima semana (31), o calendário segue com três dias para cada idade (7, 6 e 5 anos).
Fátima Eliana Lopes, 61, levou a sobrinha Ana Luiza Lopes, de 11 anos, para tomar a vacina no posto montado no Palácio do Catete, Zona Sul do Rio. A menina tomou a Coronavac, recentemente aprovada pela Anvisa para o público infantil – antes, apenas a Pfizer estava disponível. “Levei minha sobrinha porque sou adepta à vacina, e aproveitei o passeio para tomar a minha dose de reforço. Foi ótimo”, comemorou Fátima.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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