Saúde
CoronaVac: maioria na Anvisa apoia o uso para crianças acima de 6 anos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa, nesta quinta-feira, a autorização emergencial da vacina CoronaVac para crianças e adolescentes a partir de 3 anos. Em seu voto, a relatora do tema na agência, Meiruze Freitas, votou pela aprovação do pedido, mas restringindo ao público de 6 a 17 anos. O diretor Alex Campos acompanhou a relatora. Outros três diretores ainda votarão.
O voto de Meiruze Freitas segue a área técnica da Anvisa, que argumentou que os dados disponíveis ainda não permitem identificar benefício e segurança já a partir de 3 anos. Freitas acatou ainda a recomendação de que a vacina não deve ser aplicada em crianças imunocomprometidas, também por não haver informações sobre ganho significativo para esses grupos.
Além dos dados fornecidos pelo Butantan, um parecer conjunto de três sociedades médicas (Imunizações, Pediatria e Infectologia), levado em consideração pela área técnica da Anvisa, apoiou a aprovação para crianças acima de 6 anos.
Em seu voto, Meiruze afirmou que dados colhidos em estudos feitos no Chile com cerca de 1,9 milhão de crianças acima de 6 anos mostram a efetividade da vacina.
“Os resultados sugerem que a vacina CoronaVac foi signifiticativamente efetiva contra hospitalizações e internações em UTIs e óbitos na população pediátrica. Tais resultados são importantes na luta para salvar vidas e reduzir efetivamente o impacto no sistema de saúde” , afirmou.
Para Meiruze, é importante reforçar a vacinação infantil em um momento no qual há aumento exponencial de casos devido à variante ômicron.
“À medida que as infecções aumentam na Europa em meio a preocupações com a nova variante Ômicron, países de todo o mundo estão expandindo os programas de vacinação contra a COVID-19 para incluir crianças menores. Por enquanto, crianças menores de 5 anos permanecerão vulneráveis, especialmente enquanto aguardamos dados para a aprovação da vacina para as faixas etárias iniciais. Assim, a chave para proteger as crianças que não são elegíveis para a vacinação é garantir que todos ao seu redor sejam vacinados e reforçados” , argumentou Meiruze, completando:
Leia Também
“Nenhuma criança deve morrer de doenças evitáveis.”
A relatora disse ainda que a aprovação da CoronaVac para esse grupo é importante para viabilizar a vacinação de mais crianças já no primeiro trimeste, levando em conta a disponibilidade de doses. Até o momento, a vacina da Pfizer é o único imunizante aprovado para crianças e adolescentes, na faixa etária a partir de 5 anos. O Ministério da Saúde deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro, totalizando 20 milhões até março. As doses pediátricas da Pfizer são diferentes daquelas aplicadas em adultos.
No caso da CoronaVac a vacina para crianças é a mesma utilizada para adultos. A área técnia da Anvisa indica que o produto deve ser aplicado também em duas doses em um intervalo de 2 a 4 semanas. A Anvisa levou em consideração estudos conduzidos no Chile, onde já há aplicação da CoronaVac em crianças, e pesquisas feitas sob coordenação da China em cinco países (Chile, Malásia, Filipinas, Turquia e África do Sul).
Em agosto a Anvisa havia rejeitado por unanimidade pedido do Instituto Butantan para autorizar o imunizante para esta faixa etária, por considerar que faltavam dados sobre o desempenho da vacina neste grupo.
De acordo com o Gerente-geral de Medicamentos, Gustavo Mendes, a aprovação da vacina para essa faixa etária ganha ainda mais importância em um contexto no qual não há medicamentos contra Covid-19 voltados para crianças.
“A análise sugere que há benefícios e segurança para utilização da vacina na população pediátrica. Para essa população específica, abaixo de 12 anos, não há tratamentos medicamentosos aprovados. Os que estão aprovados hoje não são indicados para crianças abaixo de 12 anos. Além do fato de que esses produtos têm utilização limitada por conta da não incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS), isso também pesa na (importância da) vacinação” explicou Mendes.
Nesta semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que compraria a CoronaVac para crianças e jovens de 3 a 17 anos desde que a vacina fosse aprovada pela Anvisa. Segundo Butantan, há 12 milhões de imunizantes prontos à disposição do governo.
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
-
Cidade4 anos atrás
Cavalarianos desfilam pelas ruas do Alegrete em homenagem ao 20 de Setembro
-
Polícia4 anos atrás
Racismo em Alegrete. Idosa é gravada xingando com injúria racial
-
Manchete4 anos atrás
Jovem médica alegretense morre em acidente na 290
-
Polícia8 meses atrás
Acidente fatal faz vítima fatal mulher jovem de 28 anos
-
Esportes3 anos atrás
Pauleira em baile viraliza nas redes sociais
-
Polícia2 anos atrás
Advogada é surpreendida por depoimento de Emerson Leonardi
-
Cidade5 anos atrás
Folia e diversão no enterro dos ossos da descida dos blocos 2020
-
Polícia4 anos atrás
Atualizado. Carro com placas de Alegrete é esmagado por Scânia em Eldorado