Saúde
Com a falta de testes, saiba como medir tempo de isolamento
Em um cenário de explosão de novos casos de Covid-19 e escassez de testes, a Ômicron deixou um rastro de dúvidas no país. Cada vez mais gente apresenta quadros gripais compatíveis com a doença, mas, sem diagnóstico preciso, tem que tomar decisões sobre o isolamento social na escuridão total. A situação se complicou depois que o Ministério da Saúde alterou as recomendações sobre o período de quarentena de infectados, na semana passada.
Segundo as novas regras, o isolamento pode ser abreviado para cinco dias desde que a pessoa esteja sem sintomas e tenha em mãos um teste negativo. Mas e se o teste estiver indisponível ? Para os especialistas ouvidos pelo EXTRA, o período de sete dias sem sair de casa pode ser considerado um parâmetro seguro. Ele deve ser contado desde o início dos sintomas ou de um diagnóstico positivo, no caso de pessoas assintomáticas.
“Mas nos outros três dias complementares, é importante usar máscara em período integral, evitar qualquer tipo de aglomeração e contato com pessoas de risco”, diz o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), referindo-se à recomendação mais conservadora de quarentena, adotada anteriormente, de dez dias.
Crise de testes
Um levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e da plataforma online Clinicarx mostrou que, entre 3 e 9 de janeiro, o número de testes positivos para Covid-19 realizados em estabelecimentos do tipo foi quase duas vezes maior do que o alcançado em novembro. A semana de janeiro também superou os diagnósticos positivos em todo o mês de dezembro.
A alta demanda repentina por testes gerou risco de desabastecimento generalizado. Na última quarta, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomendou que os laboratórios privados brasileiros cessassem a testagem de pessoas com poucos sintomas ou assintomáticas.
Essa crise fez com que médicos e entidades se voltassem para os parâmetros de mais fácil controle, como presença ou não de sintomas e tempo de isolamento. Como no caso da orientação da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “Recomendamos para os pacientes com Covid-19 sintomáticos sete dias de afastamento em isolamento respiratório domiciliar, desde que estejam sem febre nas últimas 24 horas e com melhora dos sintomas. Para os que se mantém sintomáticos no sétimo dia, manter o isolamento por 10 dias”, diz a nota dos médicos associados.
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Vale dizer que a saída está liberada a partir do oitavo e não do sétimo dia.
Um estudo recente feito pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) mostra que o risco de transmissão da doença após sete dias completos de isolamento é de 15,8%. Após dez dias, a probabilidade cai para 5,1%.
“Precisamos considerar que não há 100% de probabilidade de transmissão nem 0%, por isso sempre haverá algum risco. Mas evidências mostram que o maior pico de contágio ocorre um dia antes do aparecimento dos sintomas até cinco dias após o início”, explica o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunicações (SBim).
Entretanto, ele acredita que o isolamento para sete dias deveria ser aplicado apenas a indivíduos vacinados e sem doenças imunocomprometedoras.
“Vacinados transmitem menos”, afirma.
Pessoas que tiveram um contato muito próximo com um indivíduo que testou positivo ou que vivem na mesma residência devem fazer quarentena assim que receberem a notícia. Se possível, realizar o teste RT-PCR cinco dias após o contato, mesmo sem sintomas. Se o resultado for positivo, recomeça a contagem. Na impossibilidade de realizar o exame, a recomendação é realizar a quarentena de pelo menos uma semana.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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