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O que explica explosão de Covid-19 na Rússia


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O que explica explosão de covid na Rússia, que pode ter levado país a ultrapassar Brasil em número de mortes
Paula Adamo Idoeta – Da BBC News Brasil em São Paulo

O que explica explosão de covid na Rússia, que pode ter levado país a ultrapassar Brasil em número de mortes

Paula Adamo Idoeta – Da BBC News Brasil em São Paulo

Uma combinação de falhas no enfrentamento da pandemia, estatísticas sob suspeita, vacinação lenta e explosão de casos e mortes por covid-19 retrata os últimos meses de pandemia na Rússia.

Agravando o quadro, cálculos extra-oficiais indicam que pode estar havendo uma enorme subnotificação de casos e mortes no país, o que sugere que a Rússia pode já estar ocupando o desagradável segundo lugar na lista mundial em número total de mortes por covid-19, talvez superando o Brasil e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Oficialmente, os números russos já são altos: em 11 de janeiro, o centro oficial de controle de covid-19 russo calculou haver um acumulado de 10,6 milhões de casos de covid-19 e 317,6 mil mortes.

Mas antes, em 30 de dezembro, a agência de notícias Reuters estimou , a partir de dados de excesso de mortalidade no país desde o início da pandemia, que o total de mortes pelo novo coronavírus chegaria a 658 mil – o dobro dos dados oficiais. E há quem acredite que esse número possa ser ainda maior (veja mais abaixo).

Com isso, o país ultrapassaria a marca de 620 mil mortes oficialmente registradas até o momento no Brasil, que só é superada em números oficiais de mortes pelos Estados Unidos. É bom lembrar, porém, que diversos especialistas apontam que a soma real de mortos por covid-19 no Brasil também provavelmente supera bastante a dos dados oficiais, devido a subnotificações ocorridas principalmente nos picos da pandemia.

Além disso, o Brasil vive atualmente um apagão de dados e uma escassez de testes de covid-19 , que também mascaram o atual estágio da pandemia no país.

A Reuters usou como base as 835 mil mortes excedentes registradas na Rússia desde o início do surto de covid-19, em abril de 2020.

Esse excesso de mortes – ou seja, o quanto mais se morreu em um país, em comparação com os anos “típicos”, de antes da pandemia do coronavírus – tem sido usado por estatísticos em diferentes países (também no Brasil) para estimar a subnotificação dos óbitos em meio à covid-19.

O pico de casos na Rússia ocorreu no último trimestre do ano passado e é atribuído ainda à variante delta, e agora as preocupações são com o avanço da ômicron.

Mas o que explica números tão altos e díspares no país que foi o primeiro do mundo a aprovar uma vacina contra a covid-19, ainda em agosto de 2020?

Resistência à vacina com características russas

A vacina Sputnik V foi anunciada com grande entusiasmo ainda no primeiro semestre da pandemia.

Em 11 de agosto de 2020, o presidente Vladimir Putin afirmou que seu país seria o primeiro a dar aval regulatório a um imunizante contra o coronavírus, depois de dois meses de testes em humanos, o que foi exaltado como símbolo da proeza científica de Moscou.

Vacinação na Rússia em foto de dezembro

Reuters
Rússia ainda não alcançou 50% de população imunizada contra covid-19

“Sei que (a vacina) funciona com muita eficiência, forma imunidade forte e, repito, passou em todos os testes necessários”, afirmou Putin à época.

Alguns meses depois, o centro de pesquisas Gamaleya, responsável pela Sputnik V, informou que a vacina teria eficácia de 92%, sem efeitos colaterais inesperados – abrindo o caminho para uma “vacinação em massa”. Mas muitos observadores externos, embora ressaltem que a vacina parece de fato ter boa qualidade, se queixaram da ausência de transparência na divulgação dos dados do imunizante.

Passado mais de um ano, a Sputnik V já é exportada para mais de 70 países (no Brasil, ela não recebeu o aval da Anvisa ).

E, no entanto, apesar da disponibilidade de vacinas nacionais, menos de 50% dos russos estão plenamente vacinados, aponta a plataforma Our World in Data.

Em comparação, o Brasil, que começou sua campanha de vacinação com atraso, já vacinou com duas doses mais de 67% da população.

A lentidão russa se deve a uma resistência à imunização com características bem peculiares, não necessariamente igual aos focos “antivacina” vistos no Ocidente, segundo especialistas.

A tecnologia por trás da Sputnik V é sólida e seu preço internacional é competitivo, mas a forma pouco transparente como ela foi apresentada pelo governo russo acabou, inadvertidamente, desencorajando a população russa a tomar a vacina, avalia a pesquisadora americana Judy Twigg, professora na Universidade de Virgínia Commonwealth, especializada em saúde global e Rússia e Eurásia.

“Existe um sentimento antivacina na Rússia que, assim como no Ocidente, vem de muitas fontes: dos rumores, da pseudociência, dos médicos que espalham desinformação, tudo isso muito antes da covid-19. (Mas), sob Putin, há um segmento da população que não confia em nada que venha do governo – a ideia é de ‘se o governo nos diz para fazer algo (como vacinar), é porque deve ser a coisa errada a fazer'”, explica Twigg à BBC News Brasil.

“E há também a desconfiança quanto à Sputnik V em si, da ideia de que a Rússia não poderia ter criado algo eficiente nesse (curto) período de tempo. Muitos desconfiaram porque a vacina foi desenvolvida rapidamente, porque foram feitas alegações prematuras e exageradas a respeito da segurança e eficácia. Isso causou desconfiança”, ela agrega.

Além disso, avalia a pesquisadora, o fato de o governo russo ter repetidamente criticado as vacinas produzidas no Ocidente acabou sendo contraproducente, porque gerou uma resistência ainda maior da população russa contra a imunização de modo geral.

O Serviço Russo da BBC explica que, em um país onde as pessoas não são autorizadas a protestar livremente, resistir à vacina tem sido visto por alguns como uma forma de se rebelar contra as autoridades.

Falhas na condução da pandemia

A questão das vacinas é crucial para explicar a alta de casos e mortes, mas não é a única.

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Analistas e até mesmo locais afirmam que a comunicação e a estratégia de enfrentamento à covid-19 na Rússia foi errática e mais orientada à política, do que à ciência – com semelhanças em relação aos governos de Donald Trump nos EUA e Jair Bolsonaro no Brasil, avalia Judy Twigg.

Pessoas andando em Moscou, em foto de dezembro

EPA
Pessoas andando em Moscou, em foto de dezembro; após avanço da delta, preocupação é com os efeitos da ômicron em uma população com baixas taxas de imunização

Depois de um lockdown implementado no início da pandemia, a Rússia tem tido dificuldades em convencer parte importante de sua população a usar máscaras ou a aderir a medidas de isolamento social e de restrições de espaços e eventos a pessoas vacinadas.

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O jornal Moscow Times explica que, durante o verão no Hemisfério Norte, a capital Moscou tentou colocar em prática um “passaporte” que determinava que apenas vacinados pudessem frequentar restaurantes. Diante da resistência desses estabelecimentos, porém, o programa foi abandonado.

Um projeto de lei estabelecendo um passaporte vacinal nacional via QR code acabou sendo arquivado em dezembro, depois de sofrer críticas de parte da opinião pública.

Em novembro, a agência Reuters entrevistou um paramédico da cidade de Oryol que contou que pacientes com covid-19 vinham tendo de esperar diversas horas para conseguirem ser atendidos por uma ambulância.

Dmitry Seregin opinou que a baixa taxa de vacinação em Oryol se devia a problemas na comunicação oficial sobre a vacinação. “Os comunicados oficiais trazem informações diferentes vindas das mesmas pessoas, o que faz com que o povo desconfie do Estado”, disse o paramédico.

Para a pesquisadora americana Judy Twigg, “o governo priorizou a política à saúde durante a pandemia”.

Em 2020, Twigg escreveu um artigo traçando paralelos entre a resposta à pandemia do então presidente dos EUA, Donald Trump, e a de Vladimir Putin.

“Ambos enfrentaram desafios claros a seu poder – o processo de impeachment no Congresso americano e a oposição à tentativa de Putin em mudar a Constituição e estender sua Presidência. E ambos escolheram minimizar a ameaça da covid-19 e achar que a tinham sob controle com restrições nas fronteiras e a voos logo no início”, escreveu ela.

“Essas medidas pareciam rígidas no papel, mas se mostraram porosas na prática, ignorando a realidade de que a covid-19 já estava silenciosamente avançando sobre suas respectivas sociedades. Levou muito tempo para que ambos levassem a sério a testagem e outras respostas essenciais para estar à frente da pandemia.”

Segundo Twigg, segue havendo poucos líderes russos, em âmbito local ou nacional, capazes de “de fato liderar nesta pandemia – comunicar com a população de modo eficiente, fazer o que precisa ser feito e convencer as pessoas a mudar seu comportamento e fazer os sacrifícios necessários. E usar máscaras não é um sacrifício tão grande assim”, avalia.

Estatísticas sob suspeita

Por fim, existe a dificuldade em mensurar qual é de fato o tamanho do estrago causado pelo coronavírus na Rússia.

Os dados divulgados diariamente pelo centro de enfrentamento da covid-19 não batem com o excesso de mortes tornado público pela agência oficial estatística Rosstat (número que serviu de base para os cálculos da agência Reuters mencionados no início da reportagem).

Testagem de covid-19 em Moscou

Reuters
Testagem de covid-19 em Moscou; números oficiais da pandemia não parecem trazer um cenário claro do avanço da covid-19 no país

E há suspeitas de que o excesso de mortes seja ainda maior do que o estimado pela Rosstat – e passe de 1 milhão.

Esse cálculo foi confirmado à BBC Rússia pelo demógrafo Alexey Raksha, que trabalhava na Rosstat e foi demitido da agência estatística em meados de 2020, poucos meses após tecer críticas à subnotificação nos dados de covid-19 apresentados ao público. Outros veículos independentes de mídia também confirmaram essas estatísticas.

“Há muita distorção de números, simplesmente porque ninguém quer ser responsabilizado por eles”, pondera Judy Twigg, agregando que isso é comum aos países que foram da órbita soviética, “onde há uma cultura de controle vertical que persiste até hoje, na qual ninguém quer ser o portador de más notícias”.

Além disso, diz a acadêmica, “em países autoritários (como é o caso da Rússia sob Putin), todos ficam de antena ligada tentando entender qual é a mensagem que devem passar adiante, e daí tentam adequar os números a isso, para se encaixar nessa mensagem”.

A ameaça da ômicron

Tudo isso cria um complexo cenário para ser administrado por Vladimir Putin, prossegue Twigg, num momento em que o presidente russo tenta acumular capital político por estar sob pressão do Ocidente, participando ativamente de confrontos no Cazaquistão e em tensão crescente com a Ucrânia .

Putin tem instado a população a se vacinar e disse, nos últimos dias, que a Rússia tem pouco tempo para se preparar contra uma nova onda provocada pela ômicron, que já avança – especialmente sobre os russos não vacinados.

O jornal Moscow Times informou nesta semana que as infecções com a ômicron já triplicaram no final do ano e podem passar de 100 mil por dia, segundo autoridades de saúde.

O instituto Gamaleya, por sua vez, afirmou que a Sputnik V é eficaz contra a ômicron.

O Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde, da Universidade de Washington (EUA), que faz modelagens para prever cenários da pandemia, acredita que a Rússia enfrentará uma curva levemente ascendente de casos até maio, com possíveis novos picos de mortes entre fevereiro e março.

Um ponto importante, porém, é que “o sistema de saúde russo, depois da crise inicial, se mostrou muitíssimo eficiente. O país mostrou que é capaz de deslocar recursos onde fosse necessário. Então ele é capaz de lidar com isso, mas estará sob grande estresse”, avalia Judy Twigg.

“Considerando o padrão da ômicron, é possível que a maior parte das infecções seja leve ou moderada, mas vemos nos EUA que as taxas de internação entre pessoas não vacinadas são muito altas. Então tem muito espaço para a ômicron avançar e colocar enorme pressão sobre o sistema de saúde.”


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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