Saúde
Microcoágulos e inflamações estão por trás da Covid-longa, diz estudo
Um estudo feito pelos biólogos Resia Pretorius, da Universidade Stellenbosch, na África do Sul, e Douglas Kell, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, descobriu o que pode ser a causa da covid-longa, quando pacientes apresentam sintomas da doença mesmo depois de curados. O trabalho observou que moléculas inflamatórias permanecem presas em pequenos coágulos sanguíneos após a recuperação e sugere que o tratamento contínuo com anticoagulante pode beneficiar esses pacientes.
Estima-se que a covid-longa afete cerca de um terço das pessoas infectadas pelo coronavírus. Mais de 307 milhões de casos de Covid-19 já foram confirmados no mundo todo, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Em pesquisas anteriores, os biólogos e seus colegas descobriram que os pacientes com Covid-19 aguda têm grandes depósitos atípicos chamados microclotes — pequenos coágulos sanguíneos — em seu plasma sanguíneo. Os pesquisadores suspeitaram que os microclotes também poderiam desempenhar um papel importante na covid-longa.
Em seu novo estudo, publicado na revista científica Cardiovascular Diabetology, Pretorius e Kell procuraram em amostras de sangue por moléculas desreguladas que pudessem causar falta de ar prolongada e fadiga crônica, sintomas comuns em pacientes com covid-longa. Eles descobriram que os pacientes afetados por essa condição tinham os microclotes que haviam encontrado anteriormente em pacientes com o quadro agudo de infecção para o coronavírus.
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Ao analisar os microclotes, os pesquisadores encontraram várias moléculas inflamatórias e também observaram um aumento da proteína alfa-2-antiplasmina, substância que evita a quebra de coágulos, exacrebando a coagulação sanguínea. Os níveis de alfa-2-antiplasmina eram oito vezes maiores em quem sofria de covid-longa do que em pacientes normais, descobriram os cientistas.
Esses achados podem explicar os sintomas crônicos da covid-longa, como falta de ar e cansaço. A principal razão para isso é que os microclotes persistentes bloqueiam a entrada dos microcapilares, de modo que as células sanguíneas não podem entrar neles para levar oxigênio aos pulmões, explicou Kell.
O estudo sugere que incluir anticoagulantes no tratamento da covid-longa pode ser benéfico para pacientes. No entanto, os cientistas alertam que antes de integrar o medicamento à terapia, são precisos mais estudos para determinar o impacto da proteína alfa-2-antiplasmina na covid-longa.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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