Saúde
Covid-19: Rio tem aumento de 6.778% de casos da Ômicron em 20 dias
A cidade do Rio vive nesses primeiros dias do ano uma explosão de casos de Covid-19. Desde segunda-feira, o cenário é de longas filas de pessoas com sintomas da doença diante postos de saúde, farmácias e laboratórios. O aumento da procura por testes após as festas coincide com a chegada da variante Ômicron ao município. E, apesar do apagão no banco de dados do Ministério da Saúde, os números oficiais já começam a mostrar um crescimento vertiginoso de casos de coronavírus.
O painel da prefeitura do Rio mostra que, no dia 12 de dezembro, apenas 18 pessoas tiveram o diagnóstico da doença. No dia 25, o número de infectados pulou para 269 e, em 1º de janeiro, saltou para 1.238. Em uma semana, do Natal para o réveillon, a alta foi de 360%. Se considerar o período de 20 dias, a escalada foi de 6.778%.
A capital não tinha tantas pessoas confirmadas com a doença em um único dia desde 30 de agosto, quando ainda enfrentava a onda da doença provocada pela variante Delta. Esse número de 1.238, que se refere ao total de pacientes que relataram ter começado a sentir os sintomas da infecção no dia 1º, deve subir já que novos casos atendidos nos próximos dias ainda podem ser inseridos no sistema.
Números represados
Outra estatística divulgada pelo painel da prefeitura mostra o número de registros de casos diários. Na segunda e na terça-feira, foram 6.307 notificações, mas a Secretaria municipal de Saúde ressalta que o número foi afetado pelo represamento provocado pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde em 10 de dezembro.
O avanço da doença se reflete na taxa de positividade dos testes para diagnosticar a Covid-19, que subiu de 13% na semana passada para 41% nos primeiros dias do ano. Esse é um dos indicadores que apontam que a curva de contágio deve subir ainda mais. O dado inclui testes realizados nas redes pública e privada. Somente em unidades da prefeitura, a positividade foi de 17% ontem. O grande volume de pessoas que estão fazendo os exames tem atrasado a inclusão dos resultados nos sistemas.
Desde a primeira semana de 2021, quando o Rio enfrentava a segunda onda do coronavírus, a cidade não tinha um percentual de casos positivos tão alto como agora. Desde então, a cidade não tinha ultrapassado a barreira dos 40%. Naquela época, no entanto, o número de internados girava em torno de mil, sendo 500 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
Corridas aos postos
As filas desta quarta-feira no Parque Olímpico, na Barra, onde há um posto de vacinação e testagem, são o retrato desse recrudescimento da doença. Morador do Cachambi, o motorista de aplicativos Julio Friques, de 47 anos, começou a ter sintomas de resfriado na segunda-feira. Nesta quarta-feira, ele e a mulher foram em busca do exame: os dois estão com Covid-19.
“Passei o réveillon com a família, mas sou motorista de aplicativo e posso ter sido infectado no trabalho. Chegamos ao posto por volta das 12h30, e tive o primeiro atendimento duas horas depois, mas foram quase quatro horas até ser liberado. Tomei as duas doses e iria tomar a terceira agora”, conta.
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Em 2021, o Rio viveu três ondas da doença na cidade, que coincidiram com a chegada de variantes do coronavírus. Especialistas avaliam que, com a entrada da Ômicron na cidade, a tendência é que o processo se repita.
Diego Xavier, epidemiologista e pesquisador do Monitora Covid-19, da Fiocruz, observa que as experiências de outros países com cobertura vacinal parecida com as daqui mostram que o número de casos deve subir. Segundo ele, é preocupante o fato de ter tantas pessoas viajando nas férias de janeiro:
“Tudo está indicando que teremos um “susto”, mas temos uma atenuante que é a vacina. O lado bom é que não temos acompanhado um aumento de óbitos e casos graves, o que acontecia em outras ondas da doença, e isso só pode ser efeito da imunização”.
Em todo o estado, 312 casos já tiveram resultados de triagem positivos para a Ômicron e são alvo de análise genética por laboratórios, como o da Fiocruz. Se esses casos forem confirmados, a Ômicron já terá se tornado a cepa predominante no Rio.
“Estamos vendo perto da gente o aumento de casos. Vínhamos com 17 semanas de redução e, de repente, a gente começa a ter um aumento muito rápido. É claro o indicativo de uma nova variante. Felizmente, não tem gerado casos graves, óbitos e internações”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em transmissão on-line anteontem.
Gulnar Azevedo, professora de epidemiologia da Uerj e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), destaca que o bloqueio vacinal tem se mostrado efetivo contra a variante até o momento:
“Não estamos conseguindo testar suficientemente para identificar o quanto a Ômicron é a responsável pelos casos. Mas há grande chance de ser. Importante lembrar, no entanto, que o aumento dos casos, independentemente de qual variante, tem a ver com as festas de fim de ano. O relaxamento no uso de máscaras e as aglomerações, mesmo que entre famílias, aumentarão, sem dúvida, a circulação do vírus”.
Com o avanço na vacinação, os casos de Covid-19 na cidade vinham em queda desde o fim de agosto. Em dezembro, apesar da epidemia de gripe, o Rio teve os menores índices de novos casos e óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020. Foram esses indicadores que embasaram a decisão dos comitês científicos da prefeitura do Rio e do governo estadual para liberar queimas de fogos em Copacabana e outros pontos da cidade.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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