Mulher
Cada vez mais mulheres escolhem ficar para “titia”
Segundo a agência de notícias britânica BBC, cada vez mais mulheres estão optando por não terem filhos e serem tias. Só no Reino Unido, em 2019, 49% das mulheres chegam aos 30 anos sem passar pela maternidade. Nos Estados Unidos os números também se repetem, cerca de 1 a cada 7 mulheres entre 40 e 47 escolheram por não serem mães, número crescente de acordo com Pew Research Center.
Em entrevista à BBC, Carolina* conta que é uma dessas mulheres. Apesar de sempre ter sonhado desde a infância estar rodeada de crianças, aos 50 percebeu que não se via como uma mãe. Ainda que ame estar perto de crianças, hoje ela dedica o seu tempo cuidando de seus 8 sobrinhos.
“Às vezes, digo que meus irmãos se reproduziram de maneira muito bem-sucedida em meu nome” contou à agência. “Tenho todas essas crianças adoráveis ao redor com quem eu realmente gosto de passar o tempo, e não tive que dar à luz ou passar noites sem dormir.”
Ainda em entrevista, ela conta que a vê a função de tia como tão gratificante quanto a maternidade e não como um prêmio de consolação, mas um bônus, levando ele com muita devoção e que gostaria que mais mulheres vissem como uma opção válida.
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Para a professora de comunicação da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos, Patricia Sotiris, a nossa comunicação é muito pobre em relação às mulheres que escolhem “ficar para a titia”, por tornar essa decisão como algo pejorativo.
Patricia Sotiris também é coautora de dois livros que debatem como a nossa sociedade enxerga mulheres que escolhem não ter filhos. E critica a mentalidade de que a maternidade é um marcador da vida adulta, sendo assim, mulheres que não se tornam mães não são apropriadamente respeitadas, “não recebem o respeito e o reconhecimento que merecem por sua importância em nossas vidas”
No Brasil, o número de brasileiras que não têm planos de terem filhos ainda é pequeno, em torno de 14% segundo o IBGE, mas já é uma demonstração de um aumento na mudança de pensamento e propósitos femininos, principalmente fomentado por um espaço cada vez maior no mercado de trabalho.
*Nome da personagem foi alterado na matéria original para preservar a identidade.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Mulher
Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres
Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.
Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Mulher
Filha de Temer revela que já foi estuprada
Luciana Temer, filha do ex-presidente Michel Temer, contou que foi vítima de estupro durante um assalto, quando tinha 27 anos. A revelação foi feita durante entrevista para a apresentadora Angélica, em seu canal no YouTube Mina Bem-Estar.
“Eu tinha 27 anos, havia saído recentemente do cargo de delegada em uma delegacia da mulher. A coisa mais natural do mundo seria registrar a ocorrência, mas não registrei. Eu pensava que nunca iriam achar, então para que me expor?”, desabafa.
Ela confessa que se arrependeu de não ter registrado a ocorrência na época e pede que as vítimas não façam o mesmo e denunciem. “A cura começa pela linguagem. A gente precisa falar para descobrir que não estamos sozinhas. Enquanto não rompermos o silêncio, essa realidade se manterá.”
Luciana é diretora do Instituto Libertas, que atua no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.
A cada ano, mais de 500 mil casos de exploração sexual infantil são registrados no País, sendo 70% ocorridos dentro de casa e estima-se que apenas 10% dos casos seja notificados.
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