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Ômicron e delta estão causando ‘tsunami’ de casos no mundo, alerta OMS


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BBC News Brasil

Ômicron e delta estão causando 'tsunami' de casos no mundo, alerta OMS
Reprodução: BBC News Brasil

Ômicron e delta estão causando ‘tsunami’ de casos no mundo, alerta OMS

A ocorrência simultânea de infecções pelas variantes delta e ômicron está causando um perigoso “tsunami” de casos de covid-19, disse diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As palavras de Tedros Adhanom Ghebreyesus vêm em um momento que alguns lugares do mundo estão registrando recordes e avanços impressionantes em dados relativos à covid.

Pelo segundo dia consecutivo, a França relatou o maior número diário de casos já registrados na Europa: 208.000.

Na semana passada, os Estados Unidos tiveram uma média recorde de 265.427 casos por dia, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

Dinamarca, Portugal, Reino Unido e Austrália também registraram recordes recentes.

Entretanto, algumas autoridades alertaram que os dados mais recentes podem estar aumentados em parte por conta de atrasos e subnotificações no Natal.

Além disso, uma redução rápida de casos na África do Sul traz alguma esperança a cientistas .

Mas em outros lugares do mundo a onda continua a preocupar. A Polônia teve 794 mortes relacionadas à covid-19 na quarta-feira (29/12), o maior número em sua quarta onda da pandemia. Mais de três quartos das vítimas não haviam sido vacinadas.

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Estudos sugerem que a ômicron é tende a causar uma infecção mais leve do que a variante delta, mas é mais contagiosa. Rapidamente, a ômicron se tornou dominante em vários países.

Tedros alertou que a “ameaça dupla” representada pelas duas variantes está “levando a um tsunami de casos”. No momento, cerca de 900 mil novos casos estão sendo registrados em todo o mundo diariamente, segundo números contabilizados pela agência de notícias Reuters.

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“É isso que continuará a colocar uma pressão imensa sobre os profissionais de saúde exaustos e os sistemas de saúde à beira do colapso”, acrescentou Tedros.

O aumento de casos na Europa e nos Estados Unidos levou a uma maior demanda por doses de reforço das vacinas. No Reino Unido, 57% das pessoas com mais de 12 anos receberam as três doses.

No entanto, o diretor da OMS afirmou a repórteres que as campanhas de reforço em grande escala dos países mais ricos “provavelmente prolongarão a pandemia”, pois desviaram os suprimentos de países mais pobres e menos vacinados, “dando ao vírus mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações”.

Coronavírus

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Diretor da OMS alertou que a ‘ameaça dupla’ das variantes ômicron e delta está levando a um aumento preocupante de casos no mundo

Ele pediu “a todos que façam uma resolução de Ano Novo para apoiar a meta de vacinação de 70%” do planeta até meados de 2022. Quase 100 países ainda não atingiram a meta inicial de imunizar 40% de suas populações, afirma a OMS.

De acordo com um relatório publicado pela organização na terça-feira (28), o número de novas infecções por covid, incluindo todas as variantes, cresceu na semana anterior a 26 de dezembro em 57% na Europa e 30% nas Américas.

Esses números ainda parecem estar subindo, com ainda mais recordes na quarta-feira (29):

  • A França registrou 208.000 casos, 53 pessoas em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 184 mortes;
  • O Reino Unido relatou 183.037 novos casos e 57 mortes;
  • A contagem de novos casos diários da Itália aumentou de 78.313 na terça-feira para 98.020 novos casos na quarta-feira;
  • A Dinamarca registrou um recorde de 23.228 novos casos. Destes, cerca de 1.205 já tinham tido covid anteriormente;
  • Portugal notificou 26.867 casos, contra 17.172 na véspera;
  • A Austrália registrou 18.241 —muito mais do que o recorde de 11.300 de terça-feira;
  • A Grécia também teve um novo recorde no número de casos em 24 horas: 28.828.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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