Saúde
Variante Ômicron: as boas e más notícias da nova variante da covid
James Gallagher – BBC News
O mundo está sendo atingido pelo tsunami da ômicron. Cientistas, políticos e, na verdade, todos nós estamos lutando para descobrir o que isso significa para nossas vidas.
As restrições estão aumentando em vários países para lidar com a nova variante do novo coronavírus.
Há um fluxo constante de novas informações – algumas preocupantes, outras positivas. Então, em que pé estamos?
Não voltamos ao passado
É fácil esquecer, mas estamos em uma situação muito melhor do que nesta época do ano passado, quando muitos de nós não pudemos encontrar a família no Natal.
A disseminação da variante alfa no final de 2020 levou a novas medidas de isolamento, e a vacinação estava apenas começando ao redor do mundo.
A ômicron é menos perigosa
Se você pegar a ômicron, é menos provável que adoeça gravemente do que com as variantes anteriores.
Estudos em todo o mundo estão pintando um quadro consistente de que a ômicron é menos agressiva do que a variante delta, com uma chance até 70% menor de pessoas infectadas acabarem no hospital.
A ômicron pode causar sintomas de resfriado, como dor de garganta, coriza e dor de cabeça, mas isso não significa que causará uma covid leve em todos – alguns ainda ficarão gravemente doentes.
As alterações no vírus parecem tê-lo tornado menos perigoso, mas a maior parte da gravidade reduzida se deve à imunidade como resultado da vacinação e episódios anteriores de covid.
Mas a ômicron está se espalhando muito rápido
A menor gravidade da nova variante é apenas metade da equação, porque mesmo que as chances de alguém ir parar no hospital seja menor, se muitas pessoas se infectarem, os dois efeitos se cancelam, e voltamos à estaca zero.
E o verdadeiro talento da ômicron é infectar pessoas. Ela se espalha mais rápido do que outras variantes e pode contornar parte da proteção imunológica de vacinas e infecções anteriores.
Não temos certeza do que acontecerá quando a ômicron atingir os idosos
A idade avançada sempre foi o maior fator de risco para adoecer gravemente de covid.
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No Reino Unido, a maioria dos casos de ômicron são de pessoas com menos de 40 anos de idade, então não sabemos ao certo o que acontecerá quando ela atingir populações idosas e vulneráveis.
A capacidade da ômicron de burlar parcialmente a imunidade significa que há potencial para que mais pessoas idosas sejam infectadas do que durante a onda da variante delta.
Muita gente recebeu doses de reforço, mas a proteção cai com o tempo
A proteção gerada por duas doses de vacina parece ser insuficiente contra a ômicron, o que levou a uma expansão massiva da campanha de doses de reforço em vários países.
No entanto, a proteção contra a ômicron parece cair após cerca de dez semanas. A proteção após manifestações mais graves da doença tende a durar muito mais tempo.
Mas agora temos medicamentos antivirais
Novos medicamentos devem manter ainda mais pacientes fora do hospital.
Eles estão sendo dados a pessoas com alto risco de morte devido à covid, incluindo pacientes com câncer e pessoas que fizeram algum transplante de órgão.
O molnupiravir é um medicamento antiviral que interrompe a capacidade de replicação da ômicron dentro de nossos corpos e reduz em 30% as internações hospitalares.
O sotrovimab é uma terapia com anticorpos que adere ao vírus e reduz as internações em 79%.
Ambos suprimem o vírus, o que dá tempo para o sistema imunológico reagir.
Os hospitais estão sentindo a pressão
O grande número de pessoas pegando a ômicron já está sendo sentido por médicos, enfermeiras e o resto da força de trabalho dos hospitais.
Na Inglaterra, esse já é considerado o período de Natal mais movimentado de todos os tempos.
No geral, 94,5% dos leitos de adultos estão ocupados em comparação com 89% no ano passado.
As próximas semanas são fundamentais
A questão é: mesmo se tudo correr a nosso favor – vírus mais brandos, antivirais, doses de reforço -, será suficiente para lidar com uma variante que se espalha mais rápido do que qualquer coisa que vimos antes? Ou serão necessárias mais restrições?
A velocidade com que tudo isso está acontecendo significa que saberemos muito em breve essas respostas.
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Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
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