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Quais vacinas protegem contra Ômicron e quantas doses devem ser usadas


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Quais vacinas protegem contra Ômicron e quantas doses devem ser usadas
Hélia Scheppa/ Arquivo/ SEI

Quais vacinas protegem contra Ômicron e quantas doses devem ser usadas

Com o avanço da  Ômicron pelo mundo, pesquisadores na área da saúde têm concentrado os esforços em avaliar a melhor forma de proteção contra a nova variante do coronavírus. Os estudos que avaliaram as diferentes doses de reforço da vacina (incluindo combinações entre as fabricantes) mostraram que todas apresentaram maior eficácia para a prevenção do que o uso de apenas duas doses. Mas em relação às variantes da doença, especialmente a Ômicron, o que se sabe até hoje?

O projeto britânico CoV-Boost, uma união de pesquisadores, mostrou em estudo publicado na revista médica Lancet que, além do vírus original das amostras chinesas de Wuhan, o soro dos pacientes com dose de reforço foi testado contra as variantes Beta (descoberta na África do Sul) e Delta (descoberta na Índia). A linhagem específica de vírus porém, não afetou muito o resultado das doses de reforço.

Boa notícia. Contudo, a proteção contra a Ômicron é um pouco menor do que as vacinas oferecidas contra versões anteriores do Covid, mas a dose complementar ainda deve manter muitas pessoas fora do hospital.

Pesquisadores do Reino Unido analisaram o provável impacto que uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 terá na Ômicron, e dizem que ela pode fornecer cerca de 85% de proteção contra casos graves da doença.

Veja, abaixo, os estudos mais recentes sobre a variante.

AstraZeneca

Testes clínicos realizados pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, divulgados nesta quinta-feira, mostraram que a terceira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 aumentou significativamente a resposta imunológica à variante Ômicron em comparação com resultados de apenas duas doses.

Foi concluído que duas doses das vacinas contra Covid-19 de Oxford-AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech induzem poucos anticorpos neutralizantes contra a Ômicron. A dose extra aumenta significativamente as concentrações de anticorpos.

Pfizer

As farmacêuticas Pfizer e BioNTech declararam no dia 7 de dezembro que duas doses da vacina podem não ser suficientes para proteger contra a infecção com a variante Ômicron, mas que três doses são capazes de neutralizar a nova cepa.

De acordo com os dados preliminares das empresas, uma terceira dose fornece um nível semelhante de anticorpos neutralizantes para a Ômicron ao observado após duas doses contra a cepa original ou as variantes anteriores.

Antes do surgimento da nova cepa, pesquisas apontaram que o imunizante foi capaz de reduzir o risco de internações em mais de 90%. A eficácia contra infecções em pessoas totalmente vacinadas ficou em torno de 33%.

Já um estudo da Discovery Health, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC, na sigla em inglês), divulgado no dia 14 de dezembro, apontou que duas doses da vacina Pfizer contra a Covid-19 tiveram 70% de eficácia contra hospitalizações em meio ao aumento de casos da variante Ômicron da África do Sul. A pesquisa não analisou os efeitos da dose de reforço.

Coronavac

Um estudo realizado em Hong Kong, também divulgado nesta quinta, indicou que três doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19 não produzem níveis suficientes de anticorpos para combater a variante Ômicron.

No entanto, a análise revelou que a dose de reforço da Pfizer-BioNTech forneceu “níveis protetores” de anticorpos contra a Ômicron para quem tinha completado o esquema com a CoronaVac. Segundo os pesquisadores, três doses da Pfizer também são suficientes para atingir a proteção.

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A pesquisa mais recente foi conduzida por pesquisadores da Universidade de Hong Kong e da Universidade Chinesa de Hong Kong, e financiado pelo Fundo de Pesquisa Médica e de Saúde e pelo Governo de Hong Kong. 

Contudo, outro estudo conduzido na China, liderado pelo cientista Xiangxi Wang, pesquisador do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, analisou mais de 500 unidades de anticorpos neutralizantes obtidos após a aplicação da terceira dose da Coronavac e concluiu que o reforço produz anticorpos capazes de reconhecer a variante Ômicron.

“Cerca de um terço dos anticorpos apresentaram grande afinidade de ligação com a proteína Spike das cepas de preocupação, incluindo a Ômicron, que tem mais de 30 mutações”, afirmou Wang em um comunicado do Instituto Butantan.

Janssen

Os estudos da farmacêutica Janssen sobre a eficácia das vacinas contra a Ômicron ainda estão em andamento. A empresa informou que está fazendo análises em parceria com grupos de pesquisa da África do Sul, com amostras de soro de participantes obtidas em ensaios, sobre a dose de reforço.

Além disso, a Janssen informou que pretende buscar uma vacina específica para a Ômicron, que será desenvolvida, caso seja necessário.

Moderna

A Moderna, farmacêutica americana que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid-19 atualmente em uso nos Estados Unidos, mas não no Brasil, afirmou na segunda-feira que o imunizante aumentou a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, segundo testes clínicos realizados pela companhia. A dose de reforço da vacina pode aumentar anticorpos contra Ômicron em 83 vezes.

A farmacêutica deve desenvolver uma vacina específica para a variante Ômicron, e espera avançar em testes clínicos no início de 2022.

Intercambialidade de vacinas

A análise feita em Hong Kong revelou que a dose de reforço da Pfizer-BioNTech forneceu “níveis protetores” de anticorpos contra a Ômicron para quem tinha completado o esquema com a CoronaVac. Ou seja, quem está imunizado pela CoronaVac terá imunidade contra a Ômicron se tomar a dose de reforço da Pfizer, mas não apresentará a mesma resposta imunológica sem nenhum reforço ou com a terceira dose da mesma fabricante.

A cidade do Rio privilegiará a “mistura de vacinas”, esquema conhecido por especialistas como vacinação heteróloga, na aplicação da terceira dose do imunizante contra a Covid-19. A medida visa a promover uma maior resposta imunológica do organismo, como sugerem estudos internacionais.

Ainda há poucas informações sobre a intercambialidade de vacinas em relação à Ômicron, mas em relação à forma original do vírus, ela tem se apresentado como uma alternativa positiva.

Conforme publicação da Universidade Oxford na revista Lancet, a combinação de uma dose de vacina anticovid da AstraZeneca ou da Pfizer com a 2ª dose do imunizante da Moderna ou da Novavax produz maior resposta imune do que se a 2ª dose for do mesmo imunizante para a forma original da Covid-19.

A proposta de vacinação heteróloga é promissora e vem sendo adotada como estratégia em países como o Canadá e alguns países europeus, como a Espanha. Pesquisadores concordam que a “mistura” de vacinas pode apresentar efeito positivo sinérgico na resposta imune, com reforço da resposta de células T de memória.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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