Saúde
Foco de Covid surge em cidade chinesa; 13 milhões são confinados
Os 13 milhões de habitantes da cidade chinesa de Xian iniciaram, nesta quinta-feira, um confinamento rígido devido a um pequeno foco de Covid-19 a pouco mais de um mês dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022. A quarentena ocorre ao mesmo tempo em que vários países já registraram um rápido aumento de casos da variante Ômicron, o que provocou novas restrições na Europa.
Apesar de registrar apenas dezenas de casos por dia — muito longe dos 100 mil do Reino Unido ou 60 mil da Espanha — a China aposta em uma estratégia de erradicação do vírus. Após a detecção de pouco mais de 100 casos em Xian, conhecida pelos ‘Guerreiros de Terracota’, os 13 milhões de moradores da cidade devem permanecer em casa.
Apenas uma pessoa por casa está autorizada a sair para fazer compras a cada dois dias, e todas as empresas consideradas “não essenciais” suspenderam as atividades. A abordagem de extrema precaução permitiu ao país asiático, onde o vírus foi detectado pela primeira vez há dois anos, manter o número de pessoas infectadas com o coronavírus em pouco mais de 100 mil.
Os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim acontecerão com as medidas mais restritivas para um evento esportivo desde o início da pandemia: sem a presença de torcedores que moram em outros países e com todos os participantes dentro de uma “bolha” sanitária, que incluirá testes diários.
Essa não é a primeira vez que uma cidade chinesa passa por uma quarentena para conter a propagação do vírus. Em outubro, autoridades impuseram um confinamento na cidade de Lanzhou, de quatro milhões de habitantes, para conter um foco de Covid-19 depois de a China registrar 29 contágios locais dias antes da medida.
O Reino Unido superou o número total chinês de contagios em apenas um dia, com um recorde de 106 mil contágios na quarta-feira. A Espanha também registrou um recorde de infecções diárias, com mais de 60 mil casos, quase metade com a variante Ômicron. Diante dessa situação, o governo da Espanha, que tem uma das populações com maior taxa de vacinação da Europa, aprovou o retorno da obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre, medida que fora suspensa há seis meses.
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Com a multiplicação de casos, os governos retomam as restrições e tentam acelerar a vacinação com as doses de reforço, assim como a imunização das crianças de 5 a 11 anos. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou contra a ilusão de que a administração de doses de reforço seria suficiente para acabar com a pandemia de Covid-19.
“Isso poderia até prolongar a pandemia ao invés de acabar com ela, ao desviar as doses disponíveis para países com altas taxas de vacinação, dando ao vírus mais possibilidades de se propagar e sofrer mutações” , explicou.
O caráter altamente infeccioso da nova variante pode neutralizar sua aparente menor gravidade, observada em um primeiro momento na África do Sul e agora reforçada por dois estudos britânicos, desenvolvidos na Escócia e na Inglaterra. Os estudos mostraram que as infecções com a variante Ômicron têm menos probabilidade de resultar em hospitalização em comparação com a variante Delta, e o estudo escocês indica que o risco de hospitalização é dois terços menor.
Apesar de sua aparente menor gravidade, a rápida propagação pode aumentar a base de pessoas infectadas, o que faria com que, em números absolutos, as hospitalizações e mortes com a Ômicron fossem iguais ou maiores do que com a variante Delta.
A nova variante foi detectada em 18 países e territórios das Américas, informou na quarta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ao anunciar que o continente superou 100 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia.
De acordo com os dados mais recentes da organização, na última semana houve diminuição das infecções em partes da América Central e do Sul, mas foi constatado aumento no Caribe.
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
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