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Covid ou influenza: o que fazer em caso de sintomas e como se tratar


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Covid ou influenza: o que fazer em caso de sintomas e como se tratar (e se prevenir)
Reprodução: BBC News Brasil

Covid ou influenza: o que fazer em caso de sintomas e como se tratar (e se prevenir)

Febre, coriza, congestão nasal, dores musculares, dor de cabeça…

Em tempos de pandemia, a covid-19 parece ser a primeira doença a vir à mente diante dessa combinação de sintomas, especialmente devido a uma nova variante — a ômicron.

Eis, então, que, sorrateiramente, um novo vírus aparece no Rio de Janeiro e acaba se espalhando a um ritmo veloz, inclusive para outros Estados brasileiros.

Trata-se da epidemia de influenza A – H3N2, a cepa predominante na mais recente temporada de gripe no hemisfério norte. Ela vem lotando emergências de hospitais no Brasil e gerando muita preocupação.

Também tem levado milhares de pessoas, muitas dos quais vacinadas, a pensar que contraíram o coronavírus, quando, na verdade, estão gripadas.

A BBC News Brasil entrevistou infectologistas para entender melhor as duas doenças, ambas de causa viral.

E há um consenso entre eles: não é possível distinguir a gripe ou a covid-19 apenas com base nos sintomas; eles são muito semelhantes.

Ou seja, é preciso fazer um teste.

E o diagnóstico não necessariamente se dá por exclusão.

Mulher espirrando

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Influenza A – H3N2 se espalhou pelo Brasil

O que ocorre, no entanto, é que, na prática, no Brasil, “a maior parte das Unidades Básicas de Saúde têm dificuldade em fazer a confirmação se é influenza por falta de testes, mas no mundo ideal é possível fazer confirmação”, diz à BBC News Brasil Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“Os sintomas da gripe e da covid são muito semelhantes, então não é possível fazer esse diagnóstico apenas pelos sintomas clínicos; são necessários os testes confirmatórios. Isso é possível através de exames laboratoriais rápidos, que indicarão se é covid ou influenza”, acrescenta.

Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, concorda.

“O teste é importante, pode ser teste rápido. Se tiver vínculo epidemiológico, tipo alguém em casa com diagnóstico confirmado, nem precisa de teste”, diz.

Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e responsável pelo estudo da vacina de Oxford no RS, acrescenta: “Ambas são causas de síndrome respiratória aguda. Na maioria dos casos de influenza, os sintomas são mais abruptos e na comparação entre as duas, pessoas com covid podem apresentar alterações não usuais tais como paladar e olfato alterados e diarreia”.

“O diagnóstico de certeza, contudo, é obtido com testes moleculares específicos, mas precisamos lembrar que outros vírus podem também entrar no diagnóstico diferencial, tal como vírus respiratório sincicial.”

Em suma: fazer o teste é essencial para obter o diagnóstico correto.

“Uma pessoa que tenha sintomas respiratórios, dor de garganta, dor no corpo, com ou sem febre, deve procurar atendimento presencial para realização dos exames confirmatórios. Conforme o que houver de confirmação, será feita a orientação em relação aos sinais de alarme e em relação à orientação dos contatos (quem deve fazer exame ou não) e ao tempo de isolamento”, explica Stucchi, da Unicamp.

Mas, realizado o teste, por exemplo, para covid, que pode ser feito numa farmácia ou num posto de saúde gratuitamente, é necessário ir ao pronto socorro?

“Não precisa ir ao PS, visto que os hospitais estão lotados. Só deve ir se não estiver bem”, afirma Richtmann.

Neste sentido, Marília Santini, infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), acrescenta que “só deve procurar assistência médica caso sinta que é necessário – por exemplo, se a pessoa estiver com a respiração difícil, desidratada, sem conseguir se alimentar ou se hidratar, como em qualquer outra condição de saúde”.

Homem espirrando

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Medidas de prevenção para gripe e covid são semelhantes

Tratamento e prevenção

Há medicamentos tanto para covid quanto para a gripe que podem aliviar os sintomas. Em casos graves, antivirais podem ser utilizados sob recomendação médica.

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Mas as recomendações principais são: repouso e hidratação. E, evidentemente, evitar contato com outras pessoas, por conta da transmissão.

Segundo a Fiocruz, é importante ficar atento aos sinais de gravidade, como:

– Falta de ar e dificuldade para respirar;

– Dor ou pressão no peito ou estômago;

– Sinais de desidratação, como tonturas ao ficar de pé ou não urinar;

– Confusão mental.

E nas crianças:

– Respiração rápida ou dificuldade para respirar;

– Pele azulada (cianose) ou acinzentada;

– Não tem lágrimas ao chorar (em bebês);

– Vômito acentuado ou persistente;

– A criança não acorda ou não apresenta sinais de interação (fica apática);

– Irritabilidade;

– Febre com erupção cutânea e tosse persistente.

E como podemos nos prevenir?

A transmissão da gripe ocorre de forma muito parecida à da covid.

Portanto, em ambos os casos, a imunização é de extrema importância para proteção contra a doença — mesmo que alguns estudos recentes tenham mostrado que a vacina atual contra a gripe tenha baixa efetividade contra a H3N2. Há ainda das seguintes medidas (também comuns a ambas):

– Manter a distância de 1,5 metros das outras pessoas;

– Higienizar as mãos com frequência (lave com água e sabão ou use álcool gel 70%);

– Utilização correta das máscaras cobrindo a boca e o nariz;

– Adotar hábitos saudáveis, alimentar-se bem e manter-se hidratado;

– Não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;

– Evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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