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Seminário em BH: parcerias fortes são a chave para a sanidade no campo


Atenção para a biosseguridade e olho vivo para os sintomas de doenças e o cumprimento da legislação sanitária. A importância do trabalho em parceria entre entidades públicas e privadas para manter o produtor bem informado e o rebanho seguro foi uma das principais conclusões do Seminário de Defesa Agropecuária Integrada, que reuniu cerca de 200 pessoas nesta quinta-feira (16) na Escola de Veterinária da UFMG, em Belo Horizonte.

A febre aftosa e a iminente retirada da vacinação foram tema central do encontro. “A mudança promete um novo patamar à produção brasileira de carne”, lembrou o presidente do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos, Antônio de Salvo, durante a abertura.

Seminário em BH: parcerias fortes são a chave para a sanidade no campo - SENAR MINAS

Ao longo de nove palestras, os participantes acompanharam mais detalhes sobre as principais doenças que podem acometer os animais de produção e como identificá-las e notificar. Os palestrantes também ressaltaram o impacto econômico que rebanhos doentes podem ter no mercado – nacional e internacional. Planos regionais e nacionais para contenção e erradicação dessas enfermidades, fitossanidade e legislação ambiental também foram pautas do dia de debates.

O encontro, promovido pelo Sistema FAEMG e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) foi o primeiro de uma série de seis seminários sobre o tema – os próximos serão feitos em diferentes regionais de Minas. O objetivo é fortalecer a atuação conjunta das iniciativas públicas e privadas para que mais profissionais estejam aptos a reconhecer problemas e, desta forma, contribuir para a vigilância sanitária no campo.

Trabalho conjunto

“A presença da febre aftosa dá um status negativo a toda nossa cadeia produtiva. Estamos prontos para nos livrar desta enfermidade ano que vem. Precisamos trabalhar juntos; o estado fazendo sua parte e a iniciativa privada também. Só assim vamos conseguir avançar. É preciso uma vigilância constante dentro das propriedades. Temos a capacidade de continuar sendo o maior produtor e exportador de carne do mundo, e ainda nem começamos a trazer toda a tecnologia que a agricultura tem para dentro da pecuária. Quando isso acontecer, vamos ter carne boa, barata e de qualidade e, podem ter certeza, livre de aftosa sem vacinação” – Antônio de Salvo, presidente do Sistema FAEMG.

Seminário em BH: parcerias fortes são a chave para a sanidade no campo - SENAR MINAS

“Hoje, a prioridade está na retirada da vacina contra febre aftosa. O IMA tem feito seu papel, graças aos servidores e às parcerias com as entidades privadas. Isso vai abrir mercado e gerar segurança. Vai mostrar para o mundo inteiro que o serviço veterinário brasileiro é robusto e tem condições de conduzir isso. Já somos área livre de várias doenças, mas essa parceria fundamental entre setor público e privado é que fortalece todo o sistema. Esse é só o primeiro evento – vamos buscar parcerias para estarmos cada vez mais próximos do produtor, porque ele ainda não entende, na sua plenitude, a importância da defesa agropecuária. Queremos o entendimento para que o nosso setor fique sempre na prateleira de cima” – Thales Fernandes, diretor-geral do IMA.

“Estamos caminhando junto com parceiros de longa data a favor da agropecuária brasileira. Esse seminário remete a parceria, colaboração, coparticipação. A possibilidade dessa integração de agentes da iniciativa privada, que atuam no campo junto com o produtor, com ações da vigilância sanitária e defesa agropecuária, com certeza vai mudar o patamar dos nossos programas sanitários. A oportunidade de diálogo que está sendo colocada aqui possibilitará esclarecimentos e explicações, mas também os desafios para que essas medidas sejam implementadas no campo” – Zélia Lobato, diretora da Escola de Veterinária da UFMG.

Benefícios na ponta

“Como técnica, esse evento vem reforçar cada vez mais a importância dos controles a serem realizados na propriedade, o que reforça para levarmos as informações para o produtor e contribuir para que elas sejam realizadas” – Laurita Letícia Oliveira – zootecnista, supervisora do Programa ATeG Balde Cheio.

“Vejo esse evento como um marco histórico e muito importante na parceria entre iniciativa privada e setor público. Todas essas palestras técnicas vêm colocar para os profissionais da iniciativa privada nosso trabalho de fiscalização do dia a dia no campo, e é fundamental que essa informação se dissemine cada vez mais para podermos fazer um trabalho cada vez mais próximo do produtor rural” – Felipe Almeida – engenheiro agrônomo, coordenador regional do IMA em Almenara.

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Notifica IMA

O Seminário de Defesa Agropecuária Integrada também marcou o lançamento do aplicativo Notifica IMA – uma ferramenta que funciona via WhatsApp e facilitará a notificação de doenças de forma mais célere e mais inteligente, mais econômica, como disse a diretora técnica do IMA, Cristiane Almeida.

A secretária estadual de Agropecuária, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, participou do lançamento do app. “O setor está crescendo muito, as modificações no agro são muito dinâmicas e é preciso um esforço de mudança de procedimento, de entendimento do próprio produtor rural da necessidade das novas exigências. Esse aplicativo vai ajudar mais ainda todo esse projeto de trazer mais eficiência ao setor agropecuário”, disse.

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Lançamento do Notifica IMA – a partir da esquerda: Bruno Divino; Coronel Henrique; Zélia Lobato; Ana Valentini; Thales Fernandes; Altino Rodrigues Neto

| Realização

O Seminário de Defesa Agropecuária Integrada foi realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, em parceria com a Escola de Veterinária da UFMG e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Também compareceram ao evento o deputado estadual Coronel Henrique, vice-presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; o deputado estadual Antônio Carlos Arantes; o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais, Bruno Divino Rocha; o superintendente do SENAR MINAS, Christiano Nascif; e o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Marcílio de Sousa Magalhães.

Fonte: CNA Brasil

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Incêndio em silo de arroz em Itaqui deixa dois mortos e vários intoxicados Itaqui

Um trágico incêndio em um silo de arroz, situado na rodovia de acesso ao trevo de Itaqui, marcou a manhã deste domingo (23), resultando na morte de duas pessoas e deixando diversas outras intoxicadas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h19 para debelar as chamas que consumiam a estrutura e realizar o resgate de trabalhadores.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas fatais eram dois trabalhadores que entraram no secador de arroz sem a devida autorização da guarnição, vindo a desmaiar no interior da estrutura.

Apesar do rápido resgate e encaminhamento ao hospital, os dois homens não resistiram e faleceram.
Além das vítimas fatais, a ocorrência deixou dez pessoas intoxicadas, sendo quatro militares do Corpo de Bombeiros e seis civis.

Os militares que apresentaram sintomas foram prontamente atendidos e já receberam alta médica. Os civis, por sua vez, permanecem sob observação em unidade de saúde.

O incêndio teve início em um dos secadores de arroz do silo e demandou um intenso trabalho das equipes de bombeiros. Até o momento, os profissionais continuam no local realizando o resfriamento da estrutura para evitar novos focos.

Joicemar Ifran da Rosa(Pank), de 52 anos, e Ademir Ferreira da Roza Junior, de 34 anos, foram as vítimas fatais.

 

Os outros três colegas que foram prontamente socorridos e encaminhados ao Hospital São Patrício permanecem internados, recebendo os cuidados médicos necessários.

O Tenente Alex, comandante do pelotão do Corpo de Bombeiros, está à frente das operações no local.

As causas do incêndio e as circunstâncias que levaram à entrada não autorizada dos trabalhadores no secador estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.

A comunidade de Itaqui lamenta profundamente o ocorrido e aguarda atualizações sobre o estado de saúde dos civis que permanecem em observação. A identidade das vítimas fatais não foi divulgada até o momento.

Com informações do Portal do Ferreira

Imagem: reprodução SB News/ Portal do Ferreira

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Safra gaúcha de grãos deve atingir 36,34 milhões de toneladas, estima Conab

Levantamento da estatal aponta queda na produção de soja e aumento nas produções de arroz, feijão, milho e trigo_

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou, nesta quinta-feira (13), que o Brasil pode alcançar um novo recorde na safra de grãos. O 6º levantamento da safra 2024/2025 projeta um volume de 328,31 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% (30,56 milhões de toneladas) em comparação à safra anterior.

O crescimento da produção e produtividade, especialmente para soja, milho e arroz, somado a um aumento de 2,1% na área plantada, é atribuído à conjuntura mercadológica favorável e à expectativa de condições climáticas mais adequadas ao desenvolvimento das culturas.

No Rio Grande do Sul, a produção deve atingir 36,34 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação à safra passada. O estado se mantém na posição de terceiro maior produtor de grãos no país, atrás de Mato Grosso e Paraná, seguido por Goiás. Já a área plantada está prevista em 10,45 milhões de hectares, um aumento de 0,3%.

A queda na produção foi motivada pela estiagem, que impactou principalmente a cultura da soja. No entanto, há perspectiva de excelente produção nas safras de arroz e milho.

Durante o levantamento, realizado no final de fevereiro, a estiagem persistia no estado. As lavouras foram impactadas por chuvas irregulares e mal distribuídas, com temporais associados às altas temperaturas, o que gerou a escassez de precipitações significativas, afetando reservatórios de água.

“O nosso estado, que produz 11% da safra nacional de grãos, enfrentou novamente desafios climáticos que impactaram negativamente a cultura da soja. No entanto, o 6º levantamento apresenta perspectivas positivas para as safras de milho e arroz, o que representa um benefício significativo para o estado e para o Brasil, já que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional de arroz e de milho 1ª safra”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.

*Os números da safra gaúcha

Arroz e feijão – A produção de arroz deve atingir 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 15,9% em relação ao ciclo anterior. A área plantada está estimada em 951,9 mil hectares, com crescimento de 5,7%. A expectativa é de aumento da área cultivada em todas as regiões produtoras, especialmente na Sul e na Fronteira Oeste, devido à boa rentabilidade da cultura no momento do plantio, ao bom volume de água nas barragens e rios durante o plantio e à possibilidade de preparo antecipado das áreas, o que favorece boas produtividades.

A produção de feijão deve alcançar 76,9 mil toneladas, um aumento de 7,3%. A área plantada está prevista em 48,5 mil hectares. O cultivo de feijão cores da 1ª safra está concentrado no Planalto Superior, onde se utiliza de bons pacotes tecnológicos. A semeadura começou em dezembro e foi concluída em janeiro. Mais de 60% das lavouras estão no enchimento de grãos e 30% em florescimento. Embora a estiagem tenha impactado o desenvolvimento, as condições climáticas na região foram menos severas, e as lavouras ainda apresentam bom potencial produtivo.

A semeadura do feijão preto da 2ª safra continua no estado. Iniciada em janeiro, a operação avançou lentamente até fevereiro, quando as chuvas melhoraram as condições do solo, permitindo um aumento rápido da área semeada, que atingiu 88% no final do mês. No Planalto Médio, que é a principal região produtora, as expectativas são boas, especialmente devido à alta proporção de lavouras irrigadas. Nessa região, 90% da área foi semeada, 20% está em emergência e 80% em desenvolvimento vegetativo.

Soja – A produção de soja está estimada em 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior, posicionando o estado como o 4º maior produtor da oleaginosa, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. A área cultivada deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um incremento de 74,4 mil hectares (1,1% a mais que na safra 2023/2024).

As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares. As semeadas mais tarde sofreram prejuízos significativos, com perdas que podem ser irreversíveis. A estimativa de produtividade é de 2.495 kg/ha, uma redução de 7,5% em relação ao levantamento anterior, 16,1% abaixo da estimativa inicial e mais de 30% em relação ao potencial da cultura.

Milho – O RS é o maior produtor de milho 1ª safra. A semeadura foi concluída, e a colheita já ultrapassa 80%. A produção está prevista em 5,5 milhões de toneladas, um aumento de 13,7%. A área plantada pode chegar a 719,6 mil hectares, uma redução de 11,7%. A estimativa de produtividade média foi ajustada para 7.664 kg/ha, um aumento de 16% em relação ao mês anterior. Embora as lavouras ainda no campo tenham apresentado perdas, as lavouras já colhidas possibilitaram esse incremento. Apesar dos resultados positivos, algumas lavouras apresentaram perdas consolidadas devido à estiagem.

Trigo (safra 2025) – O estado gaúcho é o maior produtor de trigo no país. Para a safra de inverno de 2025, a produção deve crescer 4,4%, chegando a 4,1 milhões de toneladas. A área cultivada está prevista em 1,29 milhão de hectares, uma redução de 3,8% em relação ao ciclo de 2024. A produtividade média estimada é de 3.172 kg/ha. Os dados para o trigo, que será implantado por volta de maio, são baseados em modelos estatísticos e análises de mercado.

Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa

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Rio Grande do Sul enfrenta perdas bilionárias devido à estiagem

De 2020 a 2024, estado acumula prejuízo de R$ 117,8 bilhões em sua produção agrícola, segundo Farsul

Desde dezembro do ano passado, o governo federal reconheceu os decretos de situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Sul.

Esses municípios foram afetados por uma severa estiagem que comprometeu a produção agrícola do estado. A falta de chuvas resultou em uma perda estimada de 50% da produção agrícola gaúcha.

As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), oficializando a situação de emergência em diversas cidades. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a emergência em 22 municípios entre os dias 6 e 7 de março de 2025.

Entre os afetados estão Caçapava do Sul, Canguçu e Colorado, entre outros. Notavelmente, 12 desses municípios estão localizados na metade Sul do estado.

A situação em Bagé ilustra a gravidade da estiagem. A cidade anunciou racionamento de água a partir de 8 de março, evidenciando a crise hídrica.

A Barragem de Arvorezinha, esperança para mitigar os efeitos da seca, tem sua conclusão prevista apenas para 2028, após 17 anos de obras intermitentes. Em Bagé, as perdas na agricultura já superam R$ 70 milhões.

Em Canguçu, o impacto financeiro atingiu R$ 61 milhões até o momento do decreto de emergência. A estiagem não é um problema novo para o Rio Grande do Sul. De 2020 a 2024, o estado enfrentou perdas estimadas em R$ 117,8 bilhões, conforme dados da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

Confira as cidades gaúchas com situação de emergência oficializada pelo governo federal até agora

  • 07/03 – Alecrim, Bossoroca, Entre-Ijuís, Esmeralda, Guarani das Missões, Inhacorá, Lavras do Sul, Maximiliano de Almeida, Monte Belo do Sul, Pinhal Grande, Porto Vera Cruz, São José do Inhacorá e São Valério do Sul;
  • 06/03 – Caçapava do Sul, Canguçu, Colorado, Miraguaí, Quatro Irmãos, Salvador das Missões, Santa Maria, Santa Rosa e São Borja;
  • 26/02 – Dilermando de Aguiar, Entre Rios do Sul, Erval Seco, Quevedos, Rio dos Índios, Rolador, Sant’Ana do Livramento, Santa Bárbara do Sul e São Paulo das Missões;
  • 25/02 – São Pedro do Butiá e Vitória das Missões;
  • 20/02 – Faxinalzinho, Jaguari e Pirapó;
  • 17/02 – Itacurubi, Jari, Roque Gonzales, São Gabriel, São Miguel das Missões e Silveira Martins;
  • 14/02 – São Francisco de Assis e Unistalda;
  • 12/02 – Cacequi, Esperança do Sul, Itaqui, Santiago e São Nicolau;
  • 10/02 – Capão do Cipó, Independência, Maçambará, Porto Lucena, Toropi e Tupanciretã;
  • 07/02 – Júlio de Castilhos, Nova Esperança do Sul, Rosário do Sul, Uruguaiana e Vila Nova do Sul;
  • 03/02 – Manoel Viana e Santa Margarida do Sul;
  • 19/02 – Doutor Maurício Cardoso e Arambaré

 

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