Saúde
Especialistas: vacinar crianças é seguro e ajuda a controlar pandemia
Com a a provação da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, nesta quinta-feira , o Brasil aproxima-se de outros países como Estados Unidos, Israel, Austrália e Itália, cujas agências reguladoras já autorizaram a aplicação da vacina da Pfizer para crianças.
Especialistas médicos ouvidos pelo GLOBO afirmam que a liberação — além de estar baseada em evidências científicas que determinam a eficiência do imunizante — também colabora no cenário de controle da pandemia: com a redução da transmissão do vírus, promovida por mais esse grupo imunizado, cai também a probabilidade de que surjam novas variantes do coronavírus.
O ponto mais sensível nessa decisão, contudo, é a segurança das crianças que serão submetidas ao fármaco. Especialistas na área de saúde, por sua vez, afastam a ideia de que aplicar vacinas em meninos e meninas seja uma prática arriscada. Pelo contrário, quem vacinou crianças até aqui, colheu bons resultados.
“O grupo estudado (pela Pfizer) contava com 3.000 crianças, que não apresentaram efeitos adversos graves. Os dados que existem são positivos e não sugerem nada diferente de outros grupos etários que já tomaram a vacina”, diz Marco Aurélio Sáfadi, professor da Santa Casa de São Paulo e presidente do departamento de imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Para além dos estudos clínicos, nos Estados Unidos, por exemplo, 5 milhões de crianças receberam ao menos uma dose de vacina. Após a numerosa aplicação, não foram registrados no país casos de efeitos adversos graves relacionados à imunização. Israel, outra localidade em que também é largamente utilizada a vacina da Pfizer, também não há registros conhecidos de efeitos severos relacionados a esse imunizante
Em Israel, 60 mil crianças tomaram a primeira dose do esquema vacinal da pfizer ao longo dos primeiros dez dias de campanha de vacinação. O Ministério da Saúde israelense afirmou à imprensa local que os pequenos relataram somente uma ligeira dor no braço e, alguns, febre.
“É uma necessidade vacinarmos. Não há contraindicação para aplicação em nenhuma criança, só para as que apresentarem (alta) reação com a primeira aplicação — diz Renato Kfouri médico pediatra da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e um dos especialistas consultado pela agência para autorizar o uso da vacina para os meninos e meninas.”
A chave para compreender a liberação da vacina está na relação entre risco e benefício de uso do imunizante. As agências reguladoras só liberam um imunizante quando enxergam que eventuais riscos relacionados ao seu uso (como os efeitos adversos raros) são inferiores ao benefício de estar imunizado com a vacina.
No caso das crianças, embora a participação no número geral de mortes por Covid-19 seja baixa – até novembro, por volta de 0,5% das mortes que ocorreram no país são de crianças – o número total de óbitos supera a letalidade por qualquer outra doença imunoprevenível. De acordo com o dado do Ministério da Saúde, são 2.500 brasileiros com idade inferior a 20 anos mortos por Covid-19 desde o começo da pandemia. O que faz o coronavírus mais letal que males como o sarampo, rubéola e meningite juntos.
“Outro quadro importante é a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica. Que é uma forma de apresentação a covid-19 particular às crianças. No Brasil, tivemos 85 óbitos por essa chamada SIM-P e nossos dados são muito superiores quando comparados às taxas de outros países”, explica Juarez Cunha, médico pediatra e presidente da SBIm.
Leia Também
Leia Também
A SIM-p é uma condição inflamatória associada à infecção pelo coronavírus. Crianças com essa condição apresentam febre persistente, além de diversos sintomas que podem ser conjutivite, manchas no corpo, dor abdominal, nauseas, vômito, entre outros.
Um dos pontos sensíveis para a vacinação de criança, que gera preocupação dos pais, foram relatos de quadros de miocardite — que é uma inflamação do músculo cardíaco. Na fala do gerente geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes, somente 0,007% dos infectados apresentaram quadro semelhante. Luiz Almeida, microbiologista e membro do Instituto Questão de Ciência explicou que, segundo os dados disponíveis, nenhum desses quadros evoluiu para óbito e que tudo foi normalizado dias após o aparecimento dos sintomas.
Leia Também
“A taxa conhecida é de 50 casos a cada milhão de (pessoas que receberam) aplicação de vacina e não houve mortes. Essas informações deveriam chegar com mais afinco, divulgadas pelo governo federal”, diz ele, sobre a necessidade de uma campanha nacional que ressalte a segurança do imunizante para os mais jovens,
Crianças por último
Últimas na fila da imunização, as crianças serão vacinadas em um momento da pandemia no qual já se sabe muito mais sobre as vacinas contra a Covid-19 no mundo real, explicam especialistas. Trata-se de um cenário normalmente comum ao desenvolvimento de imunizantes. Por zelo e critérios éticos, os estudos para o desenvolvimento de novos fármacos e vacinas não se debruçam tradicionalmente, em primeiro lugar, nos grupos mais vulneráveis como as crianças, os idosos e os imunossuprimidos.
Essa aplicação, apesar de aparecer praticamente um ano após a aplicação de vacina em adultos, não se configura como de algo secundário. Os médicos pontuam que as crianças são ponto crítico também na transmissão da doença. O que lembra o infectologista Marcos Boulos, professor da faculdade de medicina da USP, está diretamente relacionado ao surgimento de novas variantes. O cálculo é simples: quanto mais o vírus passa de uma pessoa para outra, mais variações ele sofre. E há um ponto crítico relacionado ao organismo das crianças.
“Com seu sistema imune ainda em formação, aprendendo com novas infecções, a criança tende a apresentar uma carga viral maior, o que se traduz em maior eficiência de transmissão. Com essa vacinação e com a insistencia de aplicação de doses nos adolescentes, vamos controlar a pandemia de maneira mais definitiva”, afirma Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury.
CoronaVac
Em paralelo, uma segunda vacina se coloca como candidata à vacinação das crianças. A CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biontech e operacionalizada no Brasil pelo Instituto Butantan, é alvo de um segundo pedido de autorização de uso em menores de idade. O primeiro foi rejeitado pela mesma Anvisa em agosto por falta de documentos.
Com essa vacina, a liberação se daria em uma faixa etária diferente: de 3 a 17 anos – por enquanto, o imunizante tem uso emergencial liberado para todos os adultos com 18 anos em diante.
Diferente da Pfizer, a CoronaVac utilizará a mesma quantidade de vacina em crianças e adultos. Além disso, o Instituto Butantan diz que reservará 12 milhões das doses paradas na instituição para a vacinação desta faixa-etária.
Apesar dos entraves regulatórios, os pediatras enxergam nessa vacina uma boa c,andidata para vacinar os mais jovens.
“O principal trunfo da CoronaVac é seu perfil de segurança, não houve constatação de nenhum efeito adverso muito diferente. A principal limitação é a menor eficácia, o que pode se mostrar um problema menor, já que as crianças respondem muito bem”, diz Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria.s
Saúde
HOSPITAL SANTA CASA DE CARIDADE RECEBE EMENDA DO DEPUTADO FREDERICO ANTUNES
Nesta quinta-feira (22/5), o Hospital Santa Casa de Caridade de Alegrete, recebeu a confirmação do pagamento de uma emenda parlamentar de autoria do deputado estadual Frederico Antunes (Progressistas), no valor de R$ 200 mil. O recurso será utilizado para equipar a nova UTI Adulto, que irá contar com 10 novos leitos intensivos.
No total, o Avançar na Saúde já investiu R$ 10,2 milhões na Santa Casa, que foi o único hospital do estado beneficiado em todas as fases do programa. Além dos R$ 2,2 milhões do ambulatório e da casa de acolhimento, outros R$ 980 mil foram repassados para a construção da UTI. A previsão da direção do hospital é de que seja concluída até o final do ano.
“Só tenho a agradecer ao governador Eduardo Leite e a secretária Arita por mais essa parceria com a área da saúde do nosso Alegrete”, destacou Frederico Antunes. Todos esses recursos tem qualificado ainda mais os serviços prestados pelo hospital, que atualmente recebe 72% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Saúde
Vacinação contra a gripe é ampliada para todas as idades em Alegrete
Alegrete agora oferece a vacina contra a gripe para toda a população a partir dos seis meses de idade
A medida segue a decisão da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de liberar a imunização para todas as faixas etárias. De acordo com Juliana Michael, chefe da vigilância epidemiológica de Alegrete, os moradores podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para se vacinar e devem verificar os horários de funcionamento de cada unidade.
Até a última quinta-feira, 15 de maio, Alegrete alcançou uma cobertura vacinal geral de 32,25%. As taxas de vacinação para os grupos prioritários são: 37,66% entre idosos, 15,21% entre crianças e 30,39% entre gestantes. A meta do município é atingir 90% de cobertura nesses grupos.
No Rio Grande do Sul, mais de 1,4 milhão de pessoas já receberam a vacina contra a gripe este ano, o que representa 28,5% de cobertura entre crianças, idosos e gestantes. Para reforçar os estoques nos municípios, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) está distribuindo mais 703 mil doses de vacinas às coordenadorias regionais da SES.
A ampliação da vacinação para todas as idades visa aumentar a proteção da população contra a gripe, especialmente com a chegada do outono e inverno, períodos de maior circulação do vírus.
A vacina é segura e eficaz na prevenção das formas mais graves da doença e suas complicações. Portanto, procure a UBS mais próxima e garanta sua proteção e a de sua família.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
-
Cidade5 anos atrás
Cavalarianos desfilam pelas ruas do Alegrete em homenagem ao 20 de Setembro
-
Polícia5 anos atrás
Racismo em Alegrete. Idosa é gravada xingando com injúria racial
-
Manchete4 anos atrás
Jovem médica alegretense morre em acidente na 290
-
Polícia1 ano atrás
Acidente fatal faz vítima fatal mulher jovem de 28 anos
-
Polícia2 anos atrás
Advogada é surpreendida por depoimento de Emerson Leonardi
-
Esportes3 anos atrás
Pauleira em baile viraliza nas redes sociais
-
Cidade5 anos atrás
Folia e diversão no enterro dos ossos da descida dos blocos 2020
-
Polícia5 anos atrás
Atualizado. Carro com placas de Alegrete é esmagado por Scânia em Eldorado