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Coronavac: maiores de 60 precisam de 3 doses para proteção, diz Opas


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Coronavac: maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas
Reprodução: BBC News Brasil

Coronavac: maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas

As pessoas vacinadas com a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, devem receber uma terceira dose se tiverem 60 anos ou mais para serem consideradas totalmente vacinadas, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A vacina Sinovac tem sido amplamente utilizada em países da América Latina.

Além do Brasil, também aplicaram a Coronavac, em maior ou menor proporção, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, México, República Dominicana, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

“Todos aqueles com 60 anos ou mais que receberam Coronavac precisam obter uma terceira dose para serem considerados totalmente vacinados”, disse o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, em uma entrevista na quarta-feira (8/12).

Essa diretriz avança em relação ao esquema proposto pela Opas e pela OMS, que anteriormente indicava que duas doses de Coronavac constituíam o esquema completo de inoculação, embora recomendassem uma terceira dose para grupos de risco como maiores de 60 anos anos e imunossuprimidos, já que ao longo do tempo é observada uma queda nos anticorpos.

Países como Brasil, Colômbia ou Uruguai já implantaram a dose de reforço pelo menos para os grupos de maior risco, embora em alguns lugares a resposta da população à terceira dose tenha sido menor do que às duas primeiras.

Em alguns países, o reforço da terceira dose tem sido feito com outras vacinas ( leia abaixo sobre terceira dose no Brasil ).

Jarbas Barbosa, vice-diretor da OPAS

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Jarbas Barbosa, vice-diretor da Opas

“Da última vez que revisei os dados, (…) no Brasil provavelmente 60% dessa população já havia recebido a terceira dose. Portanto, muitas pessoas ainda precisam receber a terceira dose para se vacinarem totalmente”, acrescentou Barbosa.

Na mesma ocasião, Barbosa também se referiu aos vacinados com doses produzidas pelo laboratório chinês Sinopharm — estas aplicadas em países como Argentina, Cuba, México, Nicarágua e Peru, entre outros.

Ele disse que “todos os maiores de 60 anos que receberam as vacinas produzidas pelos laboratórios Sinovac ou Sinopharm precisam de uma terceira dose”, embora não tenha esclarecido se para os vacinados com Sinopharm o esquema vacinal será considerado completo só quando o reforço for recebido.

“Estudos mostram claramente que após seis meses a imunidade começa a diminuir significativamente entre os idosos”, acrescentou.

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Segundo Barbosa, a recomendação da OMS após ouvir o grupo vacinal independente (Sage, na sigla em inglês) é que todos os imunocomprometidos recebam uma terceira dose da vacina com intervalo de um a três meses entre a segunda e a terceira dose.

Todos os maiores de 60 anos que foram inoculados com Sinopharm ou Sinovac ​​”podem receber um reforço de qualquer dose disponível com um intervalo de três a seis meses a partir da segunda dose”, disse o vice-diretor da Opas.

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Terceira dose no Brasil

Em meados de novembro, o Ministério da Saúde anunciou que todos os brasileiros com mais de 18 anos estão aptos a tomar uma terceira dose da vacina que protege contra a covid-19.

Até aquele momento, o reforço acontecia após seis meses e só era indicado para indivíduos com mais de 60 anos, profissionais da saúde e imunossuprimidos (pessoas com problemas no sistema imunológico).

O ministro Marcelo Queiroga assegurou que o país tem doses suficientes para oferecer essa terceira aplicação em todos os adultos entre novembro de 2021 e maio de 2022, nos 38 mil postos de saúde espalhados pelo país.

Na ocasião, ao ser questionado sobre o tipo de imunizante que será utilizado como reforço, Queiroga afirmou que o ministério segue apostando no esquema heterólogo.

“A preferência é que essa dose adicional seja de uma vacina diferente, que é uma decisão baseada em dados e na evidência científica”, explicou.

Em outras palavras, isso significa que quem tomou duas doses de AstraZeneca receberá uma terceira da Pfizer e vice-versa.

A tendência, de acordo com o ministro, é que a maioria dos adultos receba o produto da Pfizer como terceira dose, até porque o imunizante da AstraZeneca foi o mais utilizado como primeira e segunda doses nessa faixa etária ao longo dos últimos meses.

“No caso de um eventual desabastecimento da vacina da Pfizer, o que não deve acontecer, poderemos utilizar uma outra plataforma vacinal, de preferência de um tipo diferente do que foi usado na vacinação primária”, completou Queiroga.

A médica Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, disse que o Brasil já garantiu vacinas suficientes para aplicar a terceira dose e já avalia a necessidade de comprar mais unidades para uma eventual quarta dose em idosos no segundo semestre de 2022.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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