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Ômicron: o que se sabe até agora sobre a nova “variante de preocupação”


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Variante ômicron preocupa especialistas ao redor do mundo
Viktor Forgacs / Unsplash

Variante ômicron preocupa especialistas ao redor do mundo

Uma  nova variante do coronavírus identificada na África do Sul preocupa as autoridades de saúde do mundo todo. A cepa, que foi nomeada ômicron (B.1.1.529) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), parece se espalhar relativamente rápido e já está presente em outros quatro países. Mutações são comuns no coronavírus e são elas que dão origem a novas variantes. Desde o início da pandemia, diversas cepas surgiram, mas, até o momento, apenas quatro foram alvo de preocupação por alterarem negativamente o efeito do vírus no organismo. A ômicron é a quinta delas e, de acordo com o médico geneticista Salmo Raskin, diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba, essa é a variante que mais acumulou mutações.

“Ela tem uma mistura de mutações presentes nas outras quatro variantes de preocupação e ainda tem uma série de mutações inéditas. Esse é o ponto principal que chamou a atenção nela. Embora existem evidências de que ela pode ser mais transmissível e escapar das defesas do sistema imunológico, ainda é muito precipitado fazer qualquer afirmação sobre isso”, explica o especialista.

Confira abaixo as respostas para as principais dúvidas sobre a Ômicron:

Onde, como e quando ela surgiu?

A nova variante surgiu na África do Sul. O primeiro caso confirmado da B.1.1.529 foi em um paciente testado no dia 9 de novembro, segundo informações da OMS. Desde então, o país identificou cerca de 100 casos da variante, principalmente em sua província mais populosa, Gauteng. Ainda não se sabe exatamente como ela surgiu. Uma das hipóteses, formulada por um cientista do UCL Genetics Institute em Londres, é que o novo coronavírus tenha evoluído durante uma infecção crônica de uma pessoa imunocomprometida, possivelmente em um paciente com HIV/AIDS não tratado. Acredita-se que outra variante de preocupação, a beta, identificada no ano passado também na África do Sul, pode ter vindo de uma pessoa infectada pelo HIV.

Por que ela recebeu esse nome?

A OMS utiliza letras do alfabeto grego para nomear as chamadas “variante de preocupação” (VOC) e “de interesse” (VOI). A cepa sul-africana foi classificada como VOC. A terminologia é usada para cepas que alteram negativamente a epidemiologia da doença, por exemplo, ao elevar a taxa de transmissão, mudar os sintomas da doença ou reduzir a efetividade de medidas de saúde, como vacinação e tratamentos. Surpreendendo cientistas do mundo todo, a entidade decidiu usar a 15ª letra e não a 13ª para nomear a nova variante, chamada ômicron. Ainda não há justificativa para essa decisão. Esta é a quinta cepa classificada como variante de preocupação. As anteriores são alfa, beta, gama e delta.

Por que ela se tornou uma preocupação tão rápido?

Essa variante apresenta 50 mutações no total. Isso é quase o dobro do número de mutações da Delta. Apenas na proteína spike, usada pelo vírus para invadir as células e que é alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19, são mais de 30. Evidências preliminares sugerem que ela aumenta o risco de reinfecção, é mais transmissível e menos suscetível às defesas geradas pelas vacinas.

Ela é mais transmissível e mais grave?

Dados da África do Sul indicam que ela pode ser mais transmissível. Mas isso não significa que ela seja mais agressiva. Ambas as suspeitas ainda precisam ser confirmadas. A taxa de infecção diária do país quase dobrou na quinta-feira, passando para 2.465 e o número de casos dessa variante parece estar aumentando em quase todas as províncias da África do Sul. 

“O número de pessoas que rapidamente foram infectadas em uma semana no país levanta a suspeita de que ela possa ser bem mais transmissível que a delta. Ela tem todas as ferramentas para ser mais infecciosa , para escapar das respostas das vacinas e do próprio corpo. Mas, neste exato momento, é tudo especulação”, diz Raskin.

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As vacinas protegem contra a nova cepa?

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Algumas das mutações presentes na nova variante indicam que ela pode ser resistente aos anticorpos neutralizantes. Mas, até o momento, não há evidências que as vacinas não são eficazes contra a ômicron. Alguns desenvolvedores de vacinas, como a Pfizer e sua parceira BioNTech, e a AstraZeneca em sua parceria com a Universidade de Oxford, já anunciaram o início de testes para avaliar a eficácia do imunizante contra a nova variante . A expectativa da Pfizer é ter uma resposta dentro de duas semanas.

Ela pode ser detectada pelo exame PCR?

Sim. Diversos laboratórios indicaram que no teste de PCR usado, um dos três genes-alvo para detecção do vírus não é encontrado. Isso é chamado dropout do gene S. No entanto, essa falha não significa que o vírus pode passar despercebido neste teste e oferecer um resultado falso-negativo. Pelo contrário. Indica que o PCR pode ser usado como um marcador para a variante, enquanto a confirmação do sequenciamento é aguardada.

Causa os mesmos sintomas das variantes anteriores?

Até o momento, nenhum sintoma incomum foi relatado após a infecção com a variante B.1.1.529. Como nas outras cepas, há casos de indivíduos assintomáticos.

Em quais países ela já foi detectada?

Além da África do Sul, foram confirmados casos da nova variante em Botswana, Hong Kong, Israel e Bélgica. Para evitar a disseminação da nova variante, países da Europa, Oriente Médio e Ásia suspenderam voos oriundos do sul da África.

Quais medidas o Brasil adotou para impedir que ela chegue aqui?

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou no Twitter que o governo pretende proibir os voos provenientes de seis países africanos a partir de segunda-feira. A decisão segue uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pediu a restrição à entrada de passageiros vindos de seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. O Ministério da Saúde emitiu um alerta de risco às secretarias de saúde sobre a nova variante. O comunicado orienta as redes para que façam notificação imediata caso haja detecção de casos da nova cepa. Segundo a pasta, em caso de diagnóstico suspeitos em pacientes vindos de países com histórico dessas variantes, as redes devem monitorar viajantes com sintomas por até 14 dias e sem sintomas por até 7 dias.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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