Saúde
Surto de gripo no Rio: postos aplicam 100 mil doses de vacina em dois dias
O surto de gripe na cidade do Rio provocou uma corrida aos postos de vacinação nos últimos dois dias, quando foram aplicadas 100 mil doses da vacina contra a Influenza. Dessas, 67 mil foram aplicadas apenas nesta quinta-feira. As informações são da Secretaria municipal de Saúde (SMS).
Na quarta-feira, a pasta convocou os cariocas a atualizar sua imunização contra a gripe, que tem provocado um aumento na busca por atendimentos nas redes de urgência e emergência. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a cidade registrou pelo menos 6.300 casos de Influenza A nos últimos oito dias. Dessas ocorrências, 26 resultaram em internação, sendo 24 hospitalizações de crianças. Até agora, não houve morte registrada pela doença.
Apesar do aumento de procura pela vacina nas últimas 48 horas, a prefeitura mantém o apelo para que a população carioca vá aos postos. De acordo com Soranz, o município tem estoque cerca de 160 mil doses do imunizante contra a Influenza, e deve receber outras 160 mil neste sábado, do Ministério da Saúde.
Orientações
Embora a campanha de vacinação contra a gripe no município hoje inclua toda as idades, crianças com 6 meses ou mais e maiores de 60 anos são considerados grupos prioritários, pois têm maiores de chances de desenvolver quadros respiratórios graves por infecção pelo vírus. A Secretaria municipal de Saúde (SMS) reforça que integrantes desses grupos devem procurar se vacinar imediatamente se estiverem com a imunização atrasada.
A pasta orienta que, em caso de sintomas de síndrome gripal, é preciso ir a uma unidade de Saúde para descartar o diagnóstico de Covid-19. O teste aplicado nas unidades municipais é o de antígeno, que, segundo especialistas, tem um nível elevado de confiabilidade.
“Para descartar a Covid-19, também submetemos ao teste RT-PCR a maior parte daqueles que apresentaram resultado negativo no exame de antígeno. Mas 99% desses testes RT-PCR estão confirmado o resultado negativo”, informa o secretário.
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Na segunda-feira, a rede de vigilância epidemiológica do município enviou 300 amostras colhidas de unidades para monitoramento genômico ao Lacen e à Fiocruz. Segundo Soranz, das amostras cujo resultado já saiu, 73% apontaram a presença da Influenza A.
Para o pesquisador Leonardo Bastos, do grupo de Métodos Analíticos em Vigilância Epidemiológica da Fiocruz (Mave-Fiocruz), o número de casos levantados pela secretaria é alto.
“Além do atendimento médico, quem estiver com sintomas deve procurar usar máscara o tempo todo e manter o distanciamento social, para não infectar os outros. Assim como a Covid-19, a Influenza não tem tratamento específico, mas apenas tratamento aos sintomas. As vacinas são importantes para prevenir novos casos”, reforça o epidemiologista.
Atualmente, o subtipo da Influenza que predomina na cidade é o H3N2, de acordo com a SMS. O pesquisador Marcelo Gomes, também do Mave-Fiocruz, que acompanha o histórico de circulação do vírus Influenza no Brasil, informa que o H3N2 tende a causar efeitos mais brandos no organismo do que o H1N1, por exemplo.
De todo modo, reforça o especialista, é indispensável manter os protocolos para evitar a contaminação. Ele lembra que os cuidados para combater a transmissão do patógeno são “rigorosamente os mesmos” que os da Covid-19, com especial atenção para as crianças e os idosos, mais suscetíveis aos efeitos da doença.
“No caso dos mais velhos, é bom que estejam isolados daqueles com sintomas de síndrome gripal. Quanto às crianças, é importante não levar para a escola, para festas e ocasiões sociais caso estejam com indícios. Aprendemos com a pandemia de Covid-19 que não podemos mais normalizar quadros de gripe e achar que está tudo bem. O uso de máscara por pessoas sintomáticas ajuda a reduzir muito a transmissão”, diz.
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
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