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Entrevista: Crise de contêineres afeta movimentação em Paranaguá


Os agentes de importação e exportação já sentem na prática um dos efeitos colaterais da pandemia do coronavírus: a falta generalizada de contêineres ocasionada pelo descompasso entre a estagnação econômica no início de 2020 e a retomada das atividades neste momento. Além da logística desfavorável, com a maioria dos contêineres concentrada nos portos do outro lado do globo, também houve redução na fabricação destes equipamentos durante a pandemia, o que reduziu ainda mais a oferta.

No Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), a situação não é diferente. A falta destes equipamentos para o transporte de cargas especiais já causa impacto. A situação fica ainda mais grave pelo fato do terminal ser responsável por 40% da exportação da proteína animal brasileira.

Sobre o tema e seus desdobramentos, confira a entrevista com o diretor comercial e institucional da TCP, Thomas Lima.

Boletim Informativo – Nos últimos meses diversos relatos de empresas e profissionais do setor portuário dão conta de uma falta de contêineres nos terminais brasileiros. No TCP de Paranaguá esse problema também acontece? Se sim, em que medida?

Thomas Lima – Sim, é um problema global que atingiu todos os principais portos do mundo por uma momentânea demanda maior do que a oferta de equipamentos e espaço nos navios. BI – Quais as causas aparentes dessa situação? TL – A pandemia desacelerou alguns mercados e indústrias no início. Entretanto, desde o começo desse ano, com a volta ao chamado “normal”, notamos uma retomada acentuada impulsionada, principalmente, pelas demandas que estavam reprimidas pela pandemia.

BI – Essa é uma situação do Brasil ou mundial?

TL – Mundial.

BI – De que forma a falta de contêineres tem impactado o preço do frete marítimo?

TL – É a lei da oferta e da procura. A demanda por transporte marítimo atual está consideravelmente mais forte do que a oferta de capacidade, ocasionando em aumento no valor dos fretes. Por exemplo, o frete Brasil-Ásia girava em torno de US$ 1 mil a US$ 2 mil e, hoje, está próximo dos US$ 10 mil.

BI – Com o avanço da vacinação e retomada do comércio, essa situação deve se agravar ainda mais no futuro?

TL – O sistema estava sendo utilizado em sua capacidade máxima (portos e navios) e, de forma geral, os clientes relatavam que não era possível conseguir espaço com menos de dois meses de antecedência (durante esses picos, nosso terminal chegou a 95% de ocupação estática). Hoje estamos com a ocupação média normal e, segundo relato dos clientes, é possível conseguir espaço com um mês de antecedência (mesmo com níveis de fretes marítimos altos). Com os dados e tendências que analisamos nesse momento, acreditamos que o sistema logístico estará equalizado no primeiro semestre de 2022.

BI – Quais são os principais produtos que chegam por contêiner em Paranaguá. E quais os principais produtos exportados por este sistema?

TL – Produtos importados são, na maioria, matérias-primas para a indústria do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. Além disso temos os agroquímicos e fertilizantes que alimentam o agronegócio nacional. Na exportação, o maior volume é de proteína animal, com aproximadamente 40% do exportado, sendo o TCP o maior exportador desse segmento no país. Além disso, os segmentos florestal e alimentício são relevantes no fluxo.

BI – Que produtos foram mais prejudicados pela falta de contêineres?

TL – Temos um impacto geral em praticamente todos os segmentos.

BI – Que tipo de medida pode ser tomada para contornar esse problema? Embarcar os produtos nos porões dos navios é uma opção?

TL – Temos notícias sobre grandes encomendas de navios e contêineres que devem alentar o mercado em 2022 e 2023. Além disso, para o curtíssimo prazo estamos aumentando nossa capacidade de movimentação (mais pessoas e equipamentos) e viabilizando mais rotas em Paranaguá. Recentemente anunciamos um novo serviço para a Ásia com a coreana Hyundai que deve aumentar a oferta aos clientes. Quanto ao uso dos porões dos navios, a carga geral é uma alternativa. Temos ofertado esse serviço para o segmento madeireiro e outros.

BI – O senhor acredita que existe solução possível para este impasse no curto prazo?

TL – Para o curto prazo, acredito que teremos um pouco mais de oferta de espaço decorrentes de algumas novas linhas. O sistema como um todo irá se ajustar por duas vias: gerenciamento do backlog para aliviar o sistema e o próprio aumento nos fretes está inviabilizando algumas cargas o que reduz a procura e aumenta o espaço – cargas migram para carga geral.

Fonte: CNA Brasil

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Pedidos de recuperação judicial crescem entre produtores rurais

 No segundo trimestre de 2024, solicitações aumentaram mais de três vezes, com produtores de soja liderando

Fatores como juros altos e custos de produção elevados impactam negativamente o setor, especialmente em MG e MT. Agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes e o primeiro semestre de 2024 registra alta em pedidos de recuperação judicial, refletindo a pressão sobre o agronegócio.

Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (23 de outubro de 2024), mostrou um aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais no Brasil. No segundo trimestre de 2024, o número de solicitações cresceu de 34 para 121. Esse aumento representa um crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtores de soja lideram com 53 pedidos.

Marcelo Pimenta, chefe de agronegócios da Serasa Experian, atribuiu o crescimento a uma série de fatores adversos. “O aumento dos juros, o preço ameno das commodities e os custos mais altos para a produção impactaram de forma negativa aqueles que já estavam comprometidos financeiramente”, afirmou. Essa situação destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor, marcado por custos elevados e retornos financeiros incertos.

Minas Gerais e Mato Grosso foram os estados mais afetados, com 31 e 28 pedidos, respectivamente. No primeiro semestre de 2024, 207 produtores rurais buscaram recuperação judicial, um número significativamente maior que no mesmo período de 2023. Além disso, 94 empresas do agronegócio também solicitaram recuperação judicial no segundo trimestre de 2024, um aumento de 71% em comparação ao ano anterior.

Os desafios financeiros não se limitam a produtores individuais. O setor agrícola como um todo enfrenta problemas, afetando desde pequenos produtores até grandes corporações. A situação dos produtores de soja é particularmente preocupante, com preços desfavoráveis e custos de produção elevados. A volatilidade dos preços das commodities e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes e combustíveis, exercem pressão adicional sobre os agricultores, muitos dos quais operam com margens de lucro reduzidas

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Crianças vivenciam o agro na prática durante à Exposição Agropecuária

Associação De olho no material escolar? Isto mesmo existe uma associação criada no RS, dentro da Farsul, que está se espalhando pelo Brasil inteiro. Na Exposição Agropecuária de Alegrete ela está atuando para um público que participa ativamente. Tem sido assim manhã e tarde.

 

A Comissão Jovem do SRA, através do projeto Vivenciando a prática, abraçou à idéia Associação de olho no material escolar, a partir da associada Martha Louzada e aí às aulas fluiram.

Nesta quinta-feira foi uma turma do Colégio Luíza de Freitas Valle Aranha. Os alunos são acolhidos e inicia um tour pelo parque.

O objetivo do “De olho”, segundo Martha é “gerar um conhecimento sobre a importância do agro no cotidiano destas crianças”.

A caminhada inicia com a entrega de uma folha com as respectivas estações que ao longo do percurso vão sendo preenchidas com adesivos até à chegada na mina do tesouro. Cataventos para orientação climática e meio ambiente.

 

Eles são levado às baias, tocam nos cavalos, são sensibilizados sobre a importância dos animais na lida do campo, já no box dos bovinos, a turma pode falar e aprender um pouco mais sobre a produção leiteira e carne, e tiveram ainda a experiência de um couro estaqueado, sendo preparado para os guasqueiros.

 

Em todas estas paradas, eles
portanto, ali na prática, dezenas de crianças tomaram ciência de outro vasto léque de produtos feitos à partir do couro com impacto no cotidiano das pessoas, como gelatinas, capsulas, shampus e é claro, calçados, cintas e outros subprodutos.

 

Os alunos ainda visitaram os bretes dos ovinos, interagindo e aprendendo mais sobre os diversos usos tanto da carne como da lã.

 

Depois fizeram fotos e a caminhada prosseguiu. No setor de máquinas agrícolas outra aula entusiasmada, alegre e interativa. A penúltima.
Conduzidos pela turma da Comissão Jovem, em todo o trajeto, não escondem a expectativa do fechamento fo circuíto. Enfim, chegaram ao estande do Sicredi.

 

Lanche, atividade lúdica, com filme da turma da Mônica, sobre educação financeira e questionamentos sobre mesada, como gastar o dinheiro, uso racional da renda familiar, pagamentos das despesas, o que o dinheiro compra e o que não compra(valores éticos, afetivos e morais) e até sonho das carreiras profissionais.

Este era o tesouro, acompanhado de brinde e um baita lanche, fotos e muita alegria e novos aprendizados.

 

“Este projeto vem crescendo, porque nasceu da necessidade de termos dados para contrapor a base curricular injusta e preconceituosa com relação ao agro”, explica Martha Louzada.

Os sindicatos rurais, outras entidades e associados particulares, pagam para que insituições como a USP e a Embrapa façam levantamentos e criem acervos robustos em defesa do agro, para que sejam semeadas versões pedagógicas para públicos que vão desde alunos da primeira infância, até contrapontos na esfera política.

 

“Os dados levados à Brasília, junto à congressistas fez adiar a aprovação do novo texto do Plano Nacional de Educação. “O texto distorcia e tornava o agro como bandido na bibliografa que seria distribuída massivamente nas escolas brasileiras”, dispara Martha.
A difusão deste projeto está tomando corpo para “evitar os estragos de uma pedagogia distorcidade sobre à produção agropecuária e sua vasta cadeia produtiva” assegura ela.

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Produtores de Alegrete se somam ao grande protesto do agro gaúcho

Em Alegrete a concentração dos tratores, máquinas e caminhões acontece próximo do posto Texacão, na Br 290.
O movimento divulgou a pauta e o apartidarismo dos produtores.
Confira os 10 pontos que mobiliza o agro neste dia 8.

❌❌ *REGRAS 

Nosso objetivo é o *direito para os produtores*, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:

01. Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da *agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva* no estado do Rio Grande do Sul.

02. Inclusão e Representatividade:

• *Todos os produtores*, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, psicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, *toda a cadeia produtiva*, etc.), são essenciais e bem-vindos.

03. Apartidarismo e Foco no Produtor:

• Nosso movimento é *apartidário*, *sem uso de quaisquer bandeiras*, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não seja as do objetivo do grupo. Buscamos aqui *renegociação* de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. *Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS AGRO RS.*

04. Apoio à Farsul e a FETAG:

• Comprometemos-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), e pela FETAG.

05. *Defesa da Agricultura e Pecuária e de toda sua cadeia produtiva*

• Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua *viabilidade* e crescimento sustentável.

06. Transparência e Democracia:

•Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação *igualitária* de todos os membros.

07. Mobilização Responsável:

• Nosso engajamento será sempre *pacífico* e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.

08. Diálogo e Negociação:

• Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.

09. Respeito e Solidariedade:

• Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.

10. Compromisso com o Futuro:

• Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o *ESTADO* do Rio Grande do Sul.”

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