Agro Notícia
Agrinho apostou em digitalização para driblar pandemia
Com o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, o Sistema FAEP/SENAR-PR sentiu a necessidade de adaptação do Programa Agrinho. Foi preciso mudar conceitos, atualizar ações e contornar obstáculos para manter – e aperfeiçoar – o maior programa de responsabilidade social da entidade, que envolve milhares de professores e alunos do Paraná.
O fechamento das escolas e o isolamento social exigiram a digitalização da educação, uma proposta que ainda não era explorada de forma integral pelo Agrinho. Tratou-se de uma mudança sociocultural que exigiu a adoção de processos educacionais cada vez mais dinâmicos e interativos.
“O Agrinho se reinventou nesses dois anos. Fez-se necessário o desenvolvimento de materiais no formato de recursos educacionais abertos para que os professores pudessem trabalhar os conteúdos com seus alunos, fazendo uso de ferramentas tecnológicas e outros recursos midiáticos. Buscamos usar a tecnologia a favor dos processos educacionais de maneira a melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas e particulares”, destaca Patrícia Lupion Torres, consultora pedagógica do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Em 2020, o programa viveu a sua primeira experiência em formato remoto. Foi um ano atípico para todos os envolvidos, principalmente diante das incertezas que acometiam o momento, o que exigiu compreensão e versatilidade. Com a realização das campanhas “Agro pela Água” e “Todos Contra a Dengue”, o programa apostou em um formato diferente, trazendo o Agrinho para a internet.
A escolha dos temas das campanhas partiu da preocupação em debater assuntos que, além do novo coronavírus, precisavam de atenção por parte da sociedade paranaense: a crise hídrica, que assola o Estado desde 2019; e a epidemia de dengue, que deixou diversos municípios em situação de alerta.
Junto dos materiais digitais foram lançados jogos online com desafios e vídeos interativos. Os cursos de Edu cação à Distância (EaD) do Agrinho, destinados aos professores, foram atualizados para a realidade do ensino remoto, com revisão de metodologias, além do desenvolvimento de novos títulos já em consonância com esse novo processo educacional. Assim como as campanhas, o concurso também foi realizado de forma remota, com revisão de itens e categorias.
Segundo o gerente do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/ SENAR-PR, Arthur Piazza Bergamini, todos os parceiros do programa contribuíram para que o Agrinho fosse reajustado e realizado de forma online, mantendo sua essência e minimizando os impactos negativos da pandemia. “Algumas ações já estavam previstas na reformulação do programa, mas acabaram acontecendo em meio à pandemia, o que culminou em um processo generalizado de aprendizagem e definição de novas estratégias”, afirma.
Mobilização digital
Com a continuidade da pandemia, o Agrinho manteve seu formato remoto em 2021. No entanto, após um ano, foi possível avaliar o desempenho do programa e construir um novo processo de aprendizagem. “A educação é um processo contínuo. O Sistema FAEP/ SENAR-PR está sempre se adaptando e estudando alternativas para que o Agrinho amplie o envolvimento de professores e alunos do Paraná e esteja de acordo com suas necessidades”, aponta Josimeri Grein, técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Resultado disso é que, na edição deste ano do concurso, foram mais de 4,8 mil inscrições – número que se aproxima da mobilização de 2019, antes da pandemia, quando o Agrinho recebeu cerca de 6 mil trabalhos.
Parcerias
Para 2021, o programa também trouxe novidades. Foram firmadas parcerias com a Federação das Apaes do Estado do Paraná (Feapaes-PR) e com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e do Esporte (Seed), que resultaram em novas categorias para o concurso.
O Agrinho voltou sua atenção para a educação especial, cujos alunos sofreram mais os impactos da transição abrupta para o ensino remoto. Além das novas categorias, foram desenvolvidos materiais adaptados para auxiliar estes alunos e seus professores no processo educacional e no retorno às atividades presenciais, muitas vezes combinando o ensino remoto – o formato “híbrido”.
“O Agrinho sempre atendeu estes estudantes, mas agora sentimos a necessidade de trazer um olhar mais direcionado, incluindo novas ferramentas e especificações no concurso que vão ao encontro das necessidades educacionais das escolas”, observa Bergamini.
As categorias ensinos Fundamental II e Médio foram incluídas por meio do Sistema Redação Paraná, uma plataforma de inteligência artificial para auxiliar na correção dos textos dos alunos. A ferramenta auxilia os estudantes no treino da escrita e alcance de melhores resultados nas redações, e permite que os professores tenham mais tempo para focar na argumentação e nas ideias do texto, devido à pré-correção rápida e otimizada feita pelo sistema. Na mesma proposta de digitalização, está a categoria Escola Agrinho, que premiou escolas com laboratórios de informática.
A qualificação e especialização dos docentes também foram pontos de atenção em 2021, principalmente, no sentido de fomentar o engajamento dos professores diante da nova realidade de ensino. Por isso, foi realizado o 3º Seminário de Formação de Professores do Programa Agrinho, com participação de autores dos livros didáticos, formando um espaço de debate entre professores, diretores das escolas e pedagogos. Posteriormente, o evento foi adaptado e disponibilizado em formato de curso EaD, com oferta até o final de 2021 e emissão de certificado de 40 horas aos aprovados.
Apesar das mudanças em relação ao ano passado, o debate em torno da saúde foi uma escolha a ser mantida. A prolongação da pandemia trouxe a necessidade de reforçar os cuidados relacionados à saúde física, mental, emocional e social. Dessa forma, com o tema “Do campo à cidade: saúde é prioridade”, o Agrinho manteve o foco no bem-estar da comunidade escolar.
Para 2022, mesmo com a retração da pandemia, a digitalização do Agrinho vai continuar. Além dos novos materiais didáticos, que trazem conteúdos sobre as tecnologias digitais na educação e ensino híbrido, o processo de adesão ao programa e a solicitação da edição física dos materiais passarão a ser 100% online. “Uma das características do Agrinho, além do compromisso com a educação, é a contemporaneidade, com ou sem pandemia. Todo esse movimento está indo em favor disso”, conclui Bergamini.
Agro Notícia
Pedidos de recuperação judicial crescem entre produtores rurais
No segundo trimestre de 2024, solicitações aumentaram mais de três vezes, com produtores de soja liderando
Fatores como juros altos e custos de produção elevados impactam negativamente o setor, especialmente em MG e MT. Agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes e o primeiro semestre de 2024 registra alta em pedidos de recuperação judicial, refletindo a pressão sobre o agronegócio.
Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (23 de outubro de 2024), mostrou um aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais no Brasil. No segundo trimestre de 2024, o número de solicitações cresceu de 34 para 121. Esse aumento representa um crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtores de soja lideram com 53 pedidos.
Marcelo Pimenta, chefe de agronegócios da Serasa Experian, atribuiu o crescimento a uma série de fatores adversos. “O aumento dos juros, o preço ameno das commodities e os custos mais altos para a produção impactaram de forma negativa aqueles que já estavam comprometidos financeiramente”, afirmou. Essa situação destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor, marcado por custos elevados e retornos financeiros incertos.
Minas Gerais e Mato Grosso foram os estados mais afetados, com 31 e 28 pedidos, respectivamente. No primeiro semestre de 2024, 207 produtores rurais buscaram recuperação judicial, um número significativamente maior que no mesmo período de 2023. Além disso, 94 empresas do agronegócio também solicitaram recuperação judicial no segundo trimestre de 2024, um aumento de 71% em comparação ao ano anterior.
Os desafios financeiros não se limitam a produtores individuais. O setor agrícola como um todo enfrenta problemas, afetando desde pequenos produtores até grandes corporações. A situação dos produtores de soja é particularmente preocupante, com preços desfavoráveis e custos de produção elevados. A volatilidade dos preços das commodities e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes e combustíveis, exercem pressão adicional sobre os agricultores, muitos dos quais operam com margens de lucro reduzidas
Agro Notícia
Crianças vivenciam o agro na prática durante à Exposição Agropecuária
Associação De olho no material escolar? Isto mesmo existe uma associação criada no RS, dentro da Farsul, que está se espalhando pelo Brasil inteiro. Na Exposição Agropecuária de Alegrete ela está atuando para um público que participa ativamente. Tem sido assim manhã e tarde.
A Comissão Jovem do SRA, através do projeto Vivenciando a prática, abraçou à idéia Associação de olho no material escolar, a partir da associada Martha Louzada e aí às aulas fluiram.
Nesta quinta-feira foi uma turma do Colégio Luíza de Freitas Valle Aranha. Os alunos são acolhidos e inicia um tour pelo parque.
O objetivo do “De olho”, segundo Martha é “gerar um conhecimento sobre a importância do agro no cotidiano destas crianças”.
A caminhada inicia com a entrega de uma folha com as respectivas estações que ao longo do percurso vão sendo preenchidas com adesivos até à chegada na mina do tesouro. Cataventos para orientação climática e meio ambiente.
Eles são levado às baias, tocam nos cavalos, são sensibilizados sobre a importância dos animais na lida do campo, já no box dos bovinos, a turma pode falar e aprender um pouco mais sobre a produção leiteira e carne, e tiveram ainda a experiência de um couro estaqueado, sendo preparado para os guasqueiros.
Em todas estas paradas, eles
portanto, ali na prática, dezenas de crianças tomaram ciência de outro vasto léque de produtos feitos à partir do couro com impacto no cotidiano das pessoas, como gelatinas, capsulas, shampus e é claro, calçados, cintas e outros subprodutos.
Os alunos ainda visitaram os bretes dos ovinos, interagindo e aprendendo mais sobre os diversos usos tanto da carne como da lã.
Depois fizeram fotos e a caminhada prosseguiu. No setor de máquinas agrícolas outra aula entusiasmada, alegre e interativa. A penúltima.
Conduzidos pela turma da Comissão Jovem, em todo o trajeto, não escondem a expectativa do fechamento fo circuíto. Enfim, chegaram ao estande do Sicredi.
Lanche, atividade lúdica, com filme da turma da Mônica, sobre educação financeira e questionamentos sobre mesada, como gastar o dinheiro, uso racional da renda familiar, pagamentos das despesas, o que o dinheiro compra e o que não compra(valores éticos, afetivos e morais) e até sonho das carreiras profissionais.
Este era o tesouro, acompanhado de brinde e um baita lanche, fotos e muita alegria e novos aprendizados.
“Este projeto vem crescendo, porque nasceu da necessidade de termos dados para contrapor a base curricular injusta e preconceituosa com relação ao agro”, explica Martha Louzada.
Os sindicatos rurais, outras entidades e associados particulares, pagam para que insituições como a USP e a Embrapa façam levantamentos e criem acervos robustos em defesa do agro, para que sejam semeadas versões pedagógicas para públicos que vão desde alunos da primeira infância, até contrapontos na esfera política.
“Os dados levados à Brasília, junto à congressistas fez adiar a aprovação do novo texto do Plano Nacional de Educação. “O texto distorcia e tornava o agro como bandido na bibliografa que seria distribuída massivamente nas escolas brasileiras”, dispara Martha.
A difusão deste projeto está tomando corpo para “evitar os estragos de uma pedagogia distorcidade sobre à produção agropecuária e sua vasta cadeia produtiva” assegura ela.
Agro Notícia
Produtores de Alegrete se somam ao grande protesto do agro gaúcho
Em Alegrete a concentração dos tratores, máquinas e caminhões acontece próximo do posto Texacão, na Br 290.
O movimento divulgou a pauta e o apartidarismo dos produtores.
Confira os 10 pontos que mobiliza o agro neste dia 8.
❌❌ *REGRAS
Nosso objetivo é o *direito para os produtores*, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:
01. Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da *agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva* no estado do Rio Grande do Sul.
02. Inclusão e Representatividade:
• *Todos os produtores*, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, psicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, *toda a cadeia produtiva*, etc.), são essenciais e bem-vindos.
03. Apartidarismo e Foco no Produtor:
• Nosso movimento é *apartidário*, *sem uso de quaisquer bandeiras*, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não seja as do objetivo do grupo. Buscamos aqui *renegociação* de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. *Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS AGRO RS.*
04. Apoio à Farsul e a FETAG:
• Comprometemos-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), e pela FETAG.
05. *Defesa da Agricultura e Pecuária e de toda sua cadeia produtiva*
• Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua *viabilidade* e crescimento sustentável.
06. Transparência e Democracia:
•Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação *igualitária* de todos os membros.
07. Mobilização Responsável:
• Nosso engajamento será sempre *pacífico* e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.
08. Diálogo e Negociação:
• Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.
09. Respeito e Solidariedade:
• Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.
10. Compromisso com o Futuro:
• Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o *ESTADO* do Rio Grande do Sul.”
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