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Cigarro, sexo e idade podem acelerar queda de proteção das vacinas, diz pesquisa


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Cigarro, sexo e idade podem acelerar queda de proteção das vacinas, diz pesquisa
Eduardo Lopes/ Fotos Públicas

Cigarro, sexo e idade podem acelerar queda de proteção das vacinas, diz pesquisa

Diversas pesquisas já mostraram queda na proteção induzida pela vacina contra a Covid-19 pelo menos seis meses após a segunda dose. Mas um novo estudo realizado no Japão identificou três fatores relacionados a uma maior diminuição da imunidade em pessoas que completaram o esquema vacinal com o imunizante da Pfizer: idade, sexo e tabagismo.

O estudo foi realizado no hospital da cidade de Tochigi, com 365 profissionais de saúde vacinados, e está publicado na plataforma de preprints MedRxiv.

A diminuição da proteção relacionada à idade já é bastante conhecida. É a chamada imunossenescência, ou seja, o envelhecimento do sistema imune. Os adultos mais velhos tinham níveis de títulos de anticorpos significativamente mais baixos, com quase metade desses níveis observados em pessoas na casa dos 20 anos.

“O sistema imunológico da pessoa mais velha não funciona da mesma forma. De cara já produz menos anticorpos, e quanto menos anticorpos, maior a queda”, afirma o geneticista Salmo Raskin, presidente do Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira.

Os pesquisadores ajustaram os dados porque variáveis externas, como hipertensão, podem ter influenciado os resultados relacionados à idade. Após uma reanálise, apenas o tabagismo foi significativamente correlacionado com títulos de anticorpos mais baixos.

Segundo o estudo, em termos de tabagismo, os títulos ajustados por idade tiveram diferença expressiva de queda entre fumantes e pessoas que nunca fumaram.

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O estudo identifica os fatores que podem estar relacionados à queda, mas não chega a explicar as causas por trás deles.

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Uma das possibilidades levantadas por Raskin se refere a um estudo divulgado há cerca de um mês que mostra como o fumo pode alterar a produção de interferon, que é um mecanismo de defesa do organismo, nas pessoas contaminadas pelos SARS-CoV-2:

“Se tem comprovação que pode diminuir a defesa do organismo na infecção natural, podemos entender que ele possa não responder tão bem também às vacinas. E se está comprovado que uma das defesas, os níveis de interferon, são diminuídos, poderíamos extrapolar e pensar que ocorre o mesmo na produção de anticorpos. É uma hipótese”.

De acordo com o estudo japonês, as mulheres experimentaram uma taxa de declínio 6,5% mais rápida do que os homens.

O achado vai de encontro a outros estudos. Um artigo publicado na revista New England Journal of Medicine, em outubro, com 3.808 pessoas, mostra o oposto: que títulos de anticorpos caem mais rápido em homens do que em mulheres.

A conclusão também surpreendeu Salmo Raskin: “É surpreende porque morreu menos mulher na pandemia, elas tiveram quadros menos graves, o que sempre nos levou a pensar que as defesas da mulher seriam melhores que as dos homens. É algo que precisa ser mais bem estudado”, afirma.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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