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Cursos do SENAR-SP oferecem formação profissional em Apicultura, uma atividade promissora para o produtor rural


O Programa de Capacitação na Apicultura do SENAR-SP está sendo desenvolvido em 2021 em 48 sindicatos rurais de todo o Estado de São Paulo.

O objetivo do Programa é de capacitar a mão de obra deste segmento, fazendo com que se produza com qualidade os diversos produtos apícolas, atendendo às exigências legais do mercado consumidor, além de gerar renda ao produtor e promover o desenvolvimento sustentável da propriedade.

Além do Programa, o SENAR-SP possui outros projetos pontuais nesta ocupação. Na Formação Profissional temos os seguintes temas: “Implantação do Apiário”, “Produção de Mel e Aproveitamento de Cera”, “Produção de Geleia Real e Rainhas”, “Produção de Pólen”, “Produção de Própolis”, “Gestão e Planejamento do Apiário” e “Meliponicultura – Criação de Abelhas sem Ferrão”. Na Promoção Social há ainda a atividade “Mel na Gastronomia”, que é voltado mais para desenvolvimento de receitas gastronômicas à base de mel.

Para participar do Programa e das ações/atividades citadas acima, o interessado deve procurar o sindicato rural da sua região.

Maria Izabel Palermo, coordenadora do Sindicato Rural de Pinhal, reconhece a Apicultura como uma área que ainda deve crescer muito. “É uma atividade de grande importância, pois apresenta uma alternativa de ocupação e de renda para o homem do campo. Por meio dos cursos o produtor aprende a obter resultados positivos através de planejamento e de gerenciamento dos recursos”, diz ela.

A coordenadora esclarece que o aumento da produção e da qualidade dos produtos relacionados à Apicultura têm resultados incríveis, mas que a atividade também está ligada à proteção do meio ambiente. “A questão ambiental está sempre presente, porque a Apicultura colabora para o equilíbrio do ecossistema e para a manutenção da biodiversidade”, explica Maria Izabel. Para ela, os produtores ainda encontram dificuldade em relação à comercialização dos produtos devido à burocracia e exigência de órgãos fiscalizadores para a regularização do negócio.

Além dos produtos derivados do mel ou da atividade, a apicultura e a meliponicultura podem ser consideradas fundamentais para a cadeia produtiva agrícola porque algumas culturas seriam prejudicadas não fosse o trabalho de insetos polinizadores. Algodão, canola, tomate, caju, melão castanha e maçã são algumas das culturas que precisam dessa atuação para frutificarem. Os produtos da apicultura têm aplicações das mais variadas no campo da saúde humana até a fixação do homem do campo e geração de emprego e renda, por isso apresentam um potencial de crescimento valioso.

Nos últimos anos vem crescendo em vários países a preocupação com o desaparecimento de populações de abelhas. Por isso diversas práticas agrícolas vêm sendo aperfeiçoadas para estar em equilíbrio com a preservação das abelhas e outros polinizadores.

O Estado de São Paulo é responsável, atualmente, pela produção de cerca de 4 mil toneladas de mel por ano – cerca de 50% da produção de mel. O Brasil está na oitava posição do ranking de exportação mundial de mel. São Paulo é um dos estados que mais exporta, segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel).

COMO COMEÇAR A ESTUDAR

Antes mesmo de começar algum curso, o interessado pode acessar o site do SENAR-SP e fazer o download gratuito de diversas cartilhas que tratam da implantação e gestão de apiário, produção de mel, pólen, própolis. São seis cartilhas de um total de mais de 170 disponibilizadas no site do SENAR-SP. É possível também acessar outras cartilhas por meio do aplicativo “Estante Virtual Coleção Senar”, que pode ser baixado no smartphone ou tablet nas versões iOS e Android.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP) publicou em dezembro de 2018 o Plano de Fortalecimento da Cadeia da Apicultura e Meliponicultura, que tem como objetivo fomentar a qualidade de produção, incentivar o uso de tecnologia e disponibilizar uma linha de crédito para financiamento da cadeia produtiva. O documento pode ser lido acessando este link. Há muitas informações importantes para quem quer dar o primeiro passo para se tornar um apicultor ou conhecer a importância das abelhas para a agricultura e para a conservação da biodiversidade.

Fonte: CNA Brasil

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Rio Grande do Sul enfrenta perdas bilionárias devido à estiagem

De 2020 a 2024, estado acumula prejuízo de R$ 117,8 bilhões em sua produção agrícola, segundo Farsul

Desde dezembro do ano passado, o governo federal reconheceu os decretos de situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Sul.

Esses municípios foram afetados por uma severa estiagem que comprometeu a produção agrícola do estado. A falta de chuvas resultou em uma perda estimada de 50% da produção agrícola gaúcha.

As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), oficializando a situação de emergência em diversas cidades. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a emergência em 22 municípios entre os dias 6 e 7 de março de 2025.

Entre os afetados estão Caçapava do Sul, Canguçu e Colorado, entre outros. Notavelmente, 12 desses municípios estão localizados na metade Sul do estado.

A situação em Bagé ilustra a gravidade da estiagem. A cidade anunciou racionamento de água a partir de 8 de março, evidenciando a crise hídrica.

A Barragem de Arvorezinha, esperança para mitigar os efeitos da seca, tem sua conclusão prevista apenas para 2028, após 17 anos de obras intermitentes. Em Bagé, as perdas na agricultura já superam R$ 70 milhões.

Em Canguçu, o impacto financeiro atingiu R$ 61 milhões até o momento do decreto de emergência. A estiagem não é um problema novo para o Rio Grande do Sul. De 2020 a 2024, o estado enfrentou perdas estimadas em R$ 117,8 bilhões, conforme dados da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

Confira as cidades gaúchas com situação de emergência oficializada pelo governo federal até agora

  • 07/03 – Alecrim, Bossoroca, Entre-Ijuís, Esmeralda, Guarani das Missões, Inhacorá, Lavras do Sul, Maximiliano de Almeida, Monte Belo do Sul, Pinhal Grande, Porto Vera Cruz, São José do Inhacorá e São Valério do Sul;
  • 06/03 – Caçapava do Sul, Canguçu, Colorado, Miraguaí, Quatro Irmãos, Salvador das Missões, Santa Maria, Santa Rosa e São Borja;
  • 26/02 – Dilermando de Aguiar, Entre Rios do Sul, Erval Seco, Quevedos, Rio dos Índios, Rolador, Sant’Ana do Livramento, Santa Bárbara do Sul e São Paulo das Missões;
  • 25/02 – São Pedro do Butiá e Vitória das Missões;
  • 20/02 – Faxinalzinho, Jaguari e Pirapó;
  • 17/02 – Itacurubi, Jari, Roque Gonzales, São Gabriel, São Miguel das Missões e Silveira Martins;
  • 14/02 – São Francisco de Assis e Unistalda;
  • 12/02 – Cacequi, Esperança do Sul, Itaqui, Santiago e São Nicolau;
  • 10/02 – Capão do Cipó, Independência, Maçambará, Porto Lucena, Toropi e Tupanciretã;
  • 07/02 – Júlio de Castilhos, Nova Esperança do Sul, Rosário do Sul, Uruguaiana e Vila Nova do Sul;
  • 03/02 – Manoel Viana e Santa Margarida do Sul;
  • 19/02 – Doutor Maurício Cardoso e Arambaré

 

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Leonel Zinelli é homenageado pela Federarroz

Leonel Zinelli, de torneiro mecânico a inventor premiado, impulsiona a modernização da agricultura no Brasil

Rodeado de familiares, amigos, produtores rurais e lideranças do agro, este obstinado inventor subiu ao palco principal da Festa Nacional da Colheita do Arroz, na noite desta terça-feira para ser homenageado e ovacionado pelo público. 

 

Ao receber a Pá da Federarroz, das mãos do Presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete  Gustavo Thompson Flores, consolidou uma trajetória de uma vida inteira dedicada a desenvolver soluções em equipamentos revolucionários para à lavoura do RS e que rompeu as barreiras até em outros países da América Latina.

 

A Pá do Arrozeiro, é uma distinção especial da Federarroz entregue aquelas pessoas que desempenham papel de grande relevância para o segmento.

Leonel Zinelli, um inventor e empresário de 90 anos, tem sido uma figura marcante no setor agrícola brasileiro por sua capacidade de inovar e perseverar.

Nascido em Mata/RS e criado em uma família de agricultores, Zinelli iniciou sua carreira nas lavouras de arroz antes de se mudar para Alegrete em 1953.

Aqui, ele usou sua formação como torneiro mecânico para abrir uma oficina especializada no conserto de máquinas agrícolas.

Durante sua carreira, Zinelli criou vários equipamentos agrícolas inovadores. Em 1969, ele introduziu as caçambas ‘Scraper’, seguidas pela tração traseira LEZY para colheitadeiras em 1970, e a tração dianteira para tratores em 1980.

 

Sua invenção mais notável, o ROTOR AXIAL LEZY, foi lançada em 1997, representando um avanço significativo na tecnologia de colheitadeiras na América do Sul.

Em 2005, ele desenvolveu o primeiro ROTOR AXIAL DUPLO da região, consolidando ainda mais sua reputação como inovador.

 

O reconhecimento de Zinelli veio em 2006, quando recebeu o prêmio GERDAU MELHORES DA TERRA na Expointer, em Esteio/RS, por sua invenção do ROTOR AXIAL LEZY, que pode ser adaptado a qualquer colheitadeira.

 

Este prêmio é considerado a maior honraria no setor de máquinas e implementos agrícolas da América do Sul.

A história de Zinelli é um testemunho da importância da inovação e determinação no empreendedorismo. Seu legado vai além das invenções que transformaram a indústria agrícola; ele também serve de inspiração para as futuras gerações.

 

Aos 90 anos, Zinelli continua trabalhando todos os dias, demonstrando sua paixão pelo progresso contínuo.

Sua trajetória se desenrolou principalmente em Alegrete, RS, onde estabeleceu sua oficina e desenvolveu suas invenções, impactando significativamente a modernização da agricultura na região.

O futuro das invenções de Zinelli é evidente que terá uma influência duradoura no setor agrícola.

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Enfim, Alegrete decreta emergência devido à estiagem severa

Medida visa mobilizar apoio estadual e federal para comunidade e economia local afetadas

Em resposta à grave estiagem que afeta a região, a Prefeitura de Alegrete (RS) tomou medidas significativas para auxiliar a comunidade e a economia local.

No dia 31.jan.2025 (sexta-feira), foi anunciado o decreto nº 046, estabelecendo situação de emergência nas áreas mais impactadas. Esta decisão tem como objetivo facilitar a mobilização de recursos e apoio em níveis estadual e federal.

Gabriela Weiler, à frente da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural de Alegrete, destacou a importância do reconhecimento da situação pela Defesa Civil do Estado e pela União.

Os próximos passos são o reconhecimento pela Defesa Civil do Estado e, posteriormente, pela União para reconhecimento federal“, disse Weiler.

Este reconhecimento é crucial para que produtores locais possam acessar mecanismos de apoio, como seguro e renegociação de dívidas.

A situação é alarmante, com a produção de soja prevendo perdas de até 35%. A apicultura e as frutíferas também foram severamente afetadas, com estimativas de perda de 50% e 20%, respectivamente.

A Defesa Civil de Alegrete, sob coordenação de Renato Grande, já distribuiu mais de 60 mil litros de água potável para mais de 24 propriedades, como parte das ações emergenciais permitidas pelo decreto.

O decreto autoriza medidas como entrada em residências para socorro, uso de propriedade particular em caso de perigo público e dispensa de licitação para aquisição de bens essenciais. Estas ações visam não apenas a resposta imediata, mas também a reabilitação das áreas afetadas.

 

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